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28.8.13

Sonhe Mais [Jai Pausch]

Sonhe Mais
Ed. Novo Conceito, 2013 - 256 páginas:
      Jai Pausch passou por um trauma: a perda do marido para um câncer de pâncreas. A doença de Randy Pausch também destruiu as verdades e as certezas em que Jai acreditava. Pega de surpresa pela doença, que avançou rapidamente, ela precisou inverter suas prioridades. E, apesar de todas as alterações pelas quais passou, foi capaz de registrar a maior parte de suas experiências, dúvidas e medos. Este registro acabou se constituindo num relato vigoroso sobre como a morte muda o relacionamento entre as pessoas e sobre como é possível sobreviver, passo a passo, a essas mudanças. Sonhe Mais é referência para todos os que estão vivendo uma fase de transição, para aqueles que passaram, ou estão passando, por um momento de dor.


Sonhe mais é escrito por Jai Pausch, viúva do PHD em ciências da computação Randy Pausch, autor do Best seller a lição final.

Jai Pausch relata sob a sua ótica a perda do marido para o câncer de pâncreas, não se trata de um livro de autoajuda mas de uma biografia dramática. Não obstante o peso que a história já tem por si só, a autora põe o foco do livro nos momentos de maior apelo sentimental.

Trechos como: “Então fui até meu marido, o homem que me amava, que demonstrava que me amava que me tratava como se me amasse, e disse a ele que sentiria muito a sua falta quando ele fosse embora. Eu chorei e chorei. Minha máscara de força se rompeu, derretida sob as lagrimas, e mostrei meu eu vulnerável, a flor da pele. E Randy sentiu-se confortado. Naquele momento de tristeza, nós nos abraçamos, sabendo, em nosso coração que nos amávamos na saúde e na doença, até que a morte nos separasse.”.

E como... ”Dylan apareceu e perguntou a Randy, sem rodeios, se o câncer tinha voltado e se ele morreria. Sem perder um segundo, Randy respondeu que estava fazendo o melhor que podia para lutar contra o câncer e falou sobre os medos pontos que eu havia falado. Ele estava de bom humor; Randy não. Pedi a Rachel para levar as crianças ao parquinho por um tempo, assim, eu poderia ficar a sós com Randy. Logo que o carro saiu da garagem, Randy caiu no chão, em prantos. Ele estava arrasado; eu podia imaginar o que estava sentindo. Tudo que podia fazer era ampará-lo. Que maneira de terminar seu último Dia dos Pais!”.

Trechos assim reforçam a ideia da biografia dramática, por ser uma história real e por ela ter perdido o marido tendo três filhos para criar a história já é triste o suficiente. É impossível não se envolver com a narrativa muito menos ser indiferente a ela, apesar de não ter apreciado a forma como a autora descreve os fatos é possível enxergamos que Randy Pausch foi um grande homem. Sua característica mais marcante era o otimismo, inteligência emocional e garra, durante toda a narrativa não há relatos de momentos em que ele teve pena de si mesmo. Essas características podem ser vista claramente nesse vídeo que foi a sua ultima palestra: http://www.youtube.com/watch?v=traiLmn3SZs vale muito a pena ver.)

Em contra partida infelizmente não pude me identificar com Jai Pausch, embora respeite sua dor e admire sua luta e esforço para estar junto a Randy naquele difícil momento. Porém demonstra ser uma mulher extremamente dependente e enxergava sua família como um conto de fadas onde o único mágico capaz de dar cor a historia era Randy.

Creio que o trecho abaixo é um dos grandes responsáveis pela minha apatia à personalidade de Jai :
“A série crepúsculo foi puro escapismo, uma leitura fácil, sem uma narrativa complicada, repleta de personagens e linhas de enredo simples, que não desafiavam meu cérebro já superlotado... Eu me identificava com os personagens: a dor que Bella sentiu quando perdeu o amor de sua vida e as paginas brancas representando seu retiro do mundo eram tão parecidas com tudo que eu estava sentido...”
(Crises filosóficas a parte...)

Essas características da autora de ser uma mulher frágil, que sente necessidade de ser protegida todo o tempo, dependente e com as emoções a flor da pele me afastaram de Jai o que culminou nessa apatia em relação a ela.

Apesar de sua personalidade frágil, não seria justo deixar de mencionar a forma como ela encarou a experiência da perda de Randy, e possível notar que após a perda ela começa a se tornar uma mulher mais independente e destemida, ai vem à parte leve e libertadora do livro em que ela aprende a caminhar sozinha e percebe que a mágica de colorir a vida está dentro de cada um de nós.

Por varias vezes me senti tentada a desistir da leitura pelo seu peso emocional, mais à medida que ia lendo sentia ainda mais vontade de conhecer Randy Pausch, e o legado de inteligência emocional, otimismo, força e garra que ele deixa em cada atitude tomada. O relato dramático da sua esposa que na verdade se dá pelo fato do livro ser esboço de um diário onde ela depositava as emoções que não tinha coragem de compartilhar, mesmo assim ela deixa sempre claro o homem incrível que foi Randy Paush.

Não me arrependi da leitura, pois me possibilitou conhecer Randy Pausch e me motivou a ler a Lição Final, mais não é um livro que recomendo, se tiver tempo e quiser ler para divertir ou até mesmo para refletir, procure outra literatura #ficadica.

Resenhado por:
Dandára Bicalho , Universitária, Autêntica, Adora ler para divertir e escrever para refletir. Se esforça para ser cada dia melhor pois acredita que bondade também se aprende.

19 comentários em "Sonhe Mais [Jai Pausch]"

  1. Eu queria ler o livro quando vi no lançamento, mas confesso que fui perdendo o ânimo com as resenhas e críticas negativas. Realmente parece uma biografia meio monótona e aparentemente não é tão fácil criar empatia com os personagens.
    Não pretendo ler no momento, mas quem sabe um dia.
    bjs

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  2. Mesmo sendo uma história real e emocionante, não faz meu estilo. Me parece ser denso e sentimental demais pra mim. Esse eu passo.

    @_Dom_Dom

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  3. Como a resenha não foi muito positiva não vou colocar o livro nem na minha lista de leitura, pois não é a primeira critica negativa que eu leio do livro. Além do mais, não gostei da sinopse do livro, não faz muito meu estilo de leitura e quando você disse que a autora se mostra ser muito dependente em sua própria descrição é que eu tive a certeza que realmente não iria curti-lo... Valeu pela dica!

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  4. Me pareceu um livro interessante, mas nada mais. Não é o tipo de livro que me chame atenção para ler.

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  5. Parece mesmo mto triste, e acho que, assim como vc, tb não teria mta empatia com a personagem principal :/

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  6. Não me chamou a atenção, pode ser bom, mas não curti. Nem entrará na minha lista de leitura. Sinopse não chamou minha atenção e a resenha me desanimou ainda mais, pra mim, só a capa salvou algo ai, bjs

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  7. Vixe, o livro não faz meu estilo. Não gosto de livro de auto ajuda e a resenhista nem recomenda o livro. O que eu posso pensar?! Rsrsr

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  8. Gostei do que li na sinopse e mesmo que não seja lá essas coisas, vale a pena ler e curtir. Não agora, mais pra frente. Quem sabe? beijos.

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  9. Nossa, desde o lançamento eu estava super ansiosa pra ler esse livro, mas agora até desanimei =(
    Não sabia muito do que se tratava a história e agora lendo sua resenha vejo que não é o tipo de história que me agrada...

    Beeijos,
    iSteh

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  10. O tema é delicado e facilmente vira apelativo. Mas tb tem um outro lado: o relado de uma dor profunda, do medo de perder alguém a quem amamos e sonhamos envelhecer juntos. Acho que sou bem dependente do meu amor tb, uma família sólida e feliz, quando abalada por um drama terrível como esse, fica mesmo despedaçada e o recomeço é bem difícil.
    Admiro Jai por sua força - que ela nem supunha ter.
    Tenho o livro e ainda não tive coragem de ler.

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  11. Achei esse livro tão real a bonito...
    Espero gostar quando ler, a expectativa é grande. A trama tem um jeito diferente, achei boa.

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  12. Não tenho esse livro.
    Penso que é uma leitura bem emotiva.

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  13. Eu tinha pensado em ler este livro pois tinha gostado da história, mas depois da sua resenha acho que não vale muito a pena.

    Abraços
    http://reaprendendoaartedaleitura.blogspot.com.br/

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  14. Desde o início o livro não me chamou a atenção. Não é um enredo que me agrada e agora, a julgar pela resenha, acho que não é um livro pra mim, não, devido a essa carga emocional que você comentou.

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  15. Hum eu não gosto de sick-lit. Já tinha sentido com a sinopse que esse livro não era para mim e sua resenha me conformou. Vou ficar longe.

    Érica Martins
    Espiral dos Sonhos

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  16. Jurava que era auto-ajuda. Mesmo assim não é pra mim, muito dramático sabe? Muita carga emocional e sou do tipo de pessoa que não aguenta ler livros desse tipo, na metade to me desmanchando em lágrimas.
    Mas parece bom pra quem gosta.
    Bj

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  17. Eu já não estava muito animada para ler esse livro após ver a sinopse, então sua resenha só me confirmou o que eu já imaginava, não vou lê-lo.

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  18. Quando vi o livro pela primeira vez me chamou muito atenção, mas é a primeira vez que leio uma sinopse e uma resenha, é um livro que tem uma biografia dramática e real da própria autora, acaba sendo triste,mas motivador e reflexivo, pois mudanças como estas afeta qualquer relacionamento sentimental e acaba afetando outras aéreas da nossas vidas, mas o bom é que ela de uma mulher frágil, acaba se erguendo e se mantêm de pé e consegue caminhar, confesso que não sou muito fã de autobiografia e lendo os comentários dos colegas e tirando minhas próprias conclusões, acho o livro interessante, mas tem muitos pontos negativos, do que positivo, se fosse um filme com certeza assistiria, mas acho que leria esse livro, não sei porque???
    :D

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