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15.12.22

Você Não é Invisível [Lázaro Ramos]

Lázaro Ramos

Cortesia do Grupo Companhia das Letras

Faz algum tempo que já havia sentido curiosidade em conhecer a escrita do talentoso Lazaro Ramos, dentre suas formas de arte, a escrita com certeza é a que mais despertou o meu interesse. E enfim, esse momento chegou e agora vamos à história.
10.5.21

Na Corda Bamba [Kiley Reid]

Kiley Reid

Cortesia da Editora Arqueiro

Such a Fun Age venceu o Goodreads Awards 2020 na categoria Romance de Estreia. O livro chamou a atenção do mercado literário e a Editora Arqueiro foi rápida em trazer o livro da americana Kiley Reid aqui para o Brasil.

Na Corda Bamba, como o título foi traduzido, é um drama contemporâneo que fala sobre temas importantes para os dias atuais.
15.12.20

Mia & Kalisson: Um amor à prova de tudo [André Tressoldi]

André Tressoldi

Cortesia do Autor

Há livros que nos tira da nossa zona de conforto e nos irrita. Há livros que nos tira da zona de conforto e nos surpreende, e há livros que nos tira do comodismo e nos quebra por completo. Mia e Kalisson se enquadra neste último argumento.

Demorei um certo tempo, bem mais do que o normal, para terminar este livro. Além de uma ressaca literária que tive, a trama trágica deste livro me abalou demais pelos temas abordados.
8.6.20

Com amor, Anthony [Lisa Genova]

Olá pessoal, venho escrever sobre um livro que foge um pouco da minha leitura habitual, porém como minha irmã mesmo me disse uma vez não há nada que queiramos aprender que não possa ser pelos livros, e mesmo uma história de ficção pode muito nos ensinar. Esse livro que escrevo pra você hoje foi um presente de um amigo por que sua história é sobre um assunto que passou a fazer parte da minha vida com o meu sobrinho, o autismo. Não tenho problemas em falar sobre isto, agradeço a Deus a cada dia pela vida dele e por ele ser tão especial. Mas isto fez com que eu lesse mais livros que abordam este tema independem se através de uma biografia ou uma ficção.
17.2.20

Todas as suas (im)perfeições [Colleen Hoover]

Cortesia do Grupo Editorial Record

Tudo começa com Quinn e Graham se conhecendo num momento terrível. Pois eles descobrem que estão sendo traídos por seus respectivos parceiros.
7.1.19

Caçadora De Estrelas [Raiza Varella]

Cortesia do Grupo Editorial Record

Olá pessoal! Tudo bem com vocês? Espero que sim... No dia 27/10/2018 aconteceu em São Paulo o evento de lançamento da nova versão de Caçadora de Estrelas. Obrigada Amor por me levar!!! Foi muito incrível ir ao lançamento e poder prestigiar a querida autora Raiza Varella.

Raiza Varella

Bem, Caçadora de Estrelas foi publicado em 2016 de maneira independente pela Amazon (Resenha da antiga versão - Clube do Farol). Essa primeira versão ficou por muito tempo no top da Amazon e até saiu na lista de e-books da Veja.

Sendo assim, a Editora Verus ouviu os fãs e publicou em 2018 a versão física e midificada da obra. Poderia falar que a segunda versão foi uma releitura, mas como mais de 50% do conteúdo do livro foi mudada, posso falar que Caçadora de Estrelas – Editora Verus é um NOVO LIVRO.
11.10.18

No Ritmo do Amor [Brittainy C. Cherry]

Ed. Record, 2018 - 336 páginas
- "Duas almas atormentadas unidas por uma grande paixão. A linda e encantadora Jasmine Greene nasceu para brilhar. Cantora nata, ela cresceu sabendo que tinha vindo ao mundo para ser famosa, pois sua mãe não a deixava se esquecer disso um minuto sequer. A vida da jovem de 16 anos se resume a estúdios, aulas de dança e canto e a inúmeros testes para ser o grande nome da música pop. Ela não tem tempo nem de ir à escola, é educada em casa e sofre com a rotina atribulada. Para Jasmine, o pior de tudo é não poder cantar soul, sua paixão.Mas ela não reclama, porque, na verdade, seu maior sonho é fazer com que a mãe tenha orgulho dela. Elliott Adams é uma alma atormentada. Para ele, cada dia é uma batalha a ser vencida. O rapaz tímido, humilde e franzino sofre bullying na escola por causa de sua aparência e por ser gago. Mas ele é mais forte do que imagina e encontrou em seu saxofone uma válvula de escape."
26.6.18

A Duquesa [Danielle Steel]

Ed. Record, 2018 - 336 páginas
- "Angélique Latham cresceu no esplendoroso Castelo Belgrave, na Inglaterra, e foi criada sob a tutela e o carinho do pai, o duque de Westerfield. Aos 18 anos, ela é a menina dos olhos do duque, mas, assim que ele morre, seus meios-irmãos mais velhos lhe viram as costas, abandonando-a completamente. Porém, com sua inteligência aguçada, uma beleza arrebatadora e um baú de dinheiro que seu pai lhe deu em segredo no leito de morte, ela fará de tudo para sobreviver. Sem conseguir arrumar emprego por não ter uma carta de referência, mesmo depois de um tempo trabalhando como babá, Angélique tenta a sorte em Paris. E é lá que o destino coloca em seu caminho uma prostituta, vítima dos maus-tratos de Madame Albin. Ao ajudar a jovem, Angélique vê uma oportunidade: abrir um bordel de luxo para atender aos homens mais abastados da cidade e onde pudesse proteger essas mulheres."
15.11.17

Sempre Haverá Você [Heather Butler]

Ed. Novo Conceito, 2017 - 256 páginas
- "Quando o George escreve as coisas, destaca suas palavras preferidas em negrito. As palavras de que ele não gosta, escreve em letras pequenas e bem magrinhas. Ele adora a escola, mas detesta o Carl, que é malvado e gosta de colocar medo nas outras crianças. Ele ama o seu irmãozinho, Theo, mas de vez em quando perde a paciência com ele. O jogo preferido do George é aquele em que ele e a mamãe brincam com palavras novas. Na verdade, a mamãe é a pessoa favorita do George no mundo inteiro. Ele gosta mais dela do que do seu melhor amigo, Dermo, ou do seu cão fedorento, mas adorado, que se chama Goffo. Agora que a mamãe ficou doente, está cada vez mais difícil sorrir e inventar versos com o Theo. Sempre haverá você conta sobre uma família diferente da sua, mas um pouquinho parecida. E de um menino que está aprendendo algumas coisas. Você quer ser amigo dele?"
22.5.17

Resistência [Affinity Konar]

Resistência
Ed. Rocco, 2017 - 320 páginas
      Narra a trajetória de duas irmãs gêmeas lutando pela sobrevivência na Segunda Guerra Mundial. Pearl e Stasha chegam a Auschwitz em 1944 e ainda vivem sob o encantamento da infância – têm uma conexão muito forte, se entendem, se confortam e brincam juntas. Como parte de um experimento chamado Zoológico de Mengele, as irmãs conhecem o horror e têm suas identidades fraturadas pela dor e pelo sofrimento. No inverno, Pearl desaparece; Stasha chora pela irmã, mas mantém a esperança de encontrá-la viva. Ao final do conflito, Stasha se depara com um mundo em ruínas, uma Polônia devastada pela guerra, e tenta reconstruir sua vida a partir dali. Narrado com uma voz poderosa e única, que desafia qualquer expectativa ao atravessar um dos períodos mais devastadores da história contemporânea e mostrar que há beleza e esperança até diante do caos e ganhou elogios da crítica e de autores como Anthony Doerr.

Onde comprar:

Vamos resumir e facilitar as coisas para você que pensa em ler Resistência: se tiver estômago fraco, não leia! Calma, calma, não estou dizendo que o livro é ruim, porque não é, mas é pesado, MUITO pesado, e não de uma forma bem dosada.

Mas vamos a partir do começo: Resistência conta a história de duas irmãs gêmeas idênticas, Pearl e Stasha, que no fim da Segunda Guerra Mundial vão parar em Auschwitz, no “zoológico”, como é conhecida a parte do campo de concentração dedicada aos experimentos do Dr. Menguele.

A história relata então o tempo que essas meninas passam no campo de concentração e parte do período pós-guerra.


Eu sempre fui fascinada por livros, filmes e documentários sobre a segunda guerra mundial, e talvez por isso tenha achado uma ótima ideia a proposta do livro, e sim, eu já tinha conhecimento das obras do famigerado Dr. Menguele, então a questão não é que eu não soubesse dos horrores que aconteciam por trás das portas do laboratório, mas sim como eles foram apresentados.

O estilo de escrita do livro é impecável, é um tipo de narrativa que não é tão comum de se encontrar e que nem todos os autores são capazes de desenvolver. Sabe quando você lê um livro e parece que as frases e parágrafos foram muito bem pensados? Então, Resistência é assim, e não há como negar essa qualidade.

Mas existe um paradoxo narrativo que me incomodou bastante durante toda a leitura: ao passo que a autora tenta nos apresentar a história de uma forma lúdica, pelo fato das meninas serem narradoras, há partes em que há uma verdadeira “pornografia de sofrimento” e uma cena em particular da segunda parte do livro foi tão desnecessária, mas tão desnecessária, que eu tenho que confessar que preferi pular alguns parágrafos.

Resistência

A construção das personagens principais é boa, embora eu ache que a dos coadjuvantes seja melhor, já que as meninas ora são descritas como bastante precoces para a idade ora suas ações e falas denotam uma infantilidade e inocência de uma criança de 6 anos ao invés de 13, que é a idade que têm quando a história começa.

No mais o livro em si é bom, apesar do livro ter me rendido uma bela ressaca, já que a carga das cenas ainda ficaram pairando na minha mente, mas se você se interessa pelo tema e tem estômago forte: vai fundo! Perda de tempo garanto que não vai ser.

Top Comentarista de Maio

Laiara Dias
Baiana, criada no Mato Grosso, casada com um mineiro e cai de paraquedas nas terras capixabas. Viciada em Youtube e Netflix, chocólatra assumida, devoradora de chick-lits. Amo um bom romance açucarado e não resisto a um toque de pimenta na literatura, nem a uma colher de farinha no prato. Choro a toa, rio alto, e não consigo decidir entre ser ogra ou princesa! Muito prazer, essa sou eu!
Cortesia da Editora Rocco
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13.4.17

A Morte do Cozinheiro [Allan Pitz]

Allan Pitz
Above Publicações, 2010 - 80 páginas:
      A morte do cozinheiro já deve ser considerada uma das obras literárias mais intensas e atuais sobre a dor de cotovelo e o ciúme. De forma singular o autor nos guia sem medo até o amor doente de Luiz Aurélio e as psicoses novas da recente solidão induzida. A derrota do ”eu” exaltado, o abandono, e a morte que pede lugar ao descontentamento puramente egoísta caminham livres. Vemos um jogo de querer e não poder, que desenrola o frágil espírito do ser humano desiludido de amor. Usando a mescla de linguagens necessária em sua abordagem diferenciada, Allan Pitz atormenta os corações abalados neste livro memorável e instigante, fazendo enxergar com outros olhos a parte considerada cruel de uma trágica história romântica.

Onde comprar:
Mercado Livre

Confissões de um matador

Assim dizia o consagrado dramaturgo William Shakespeare – “Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.” – frase propositalmente colocada na abertura de um dos capítulos deste livro:

“É verdade, eu matei o cozinheiro. Em momento algum deste livro negarei que matei o sórdido cozinheiro com minhas próprias mãos de escrever versos.”

Assim iniciamos a leitura de A morte do cozinheiro (Above Publicações, 80 páginas), sem preâmbulos, sem meios-termos. Allan Pitz nos lança sem piedade no universo confessional de Luiz Aurélio, que vai perdendo lentamente a sanidade por conta de um amor abortado ou não correspondido.

Todo aquele que já perdeu um grande amor sabe o quão dolorido é navegar de volta à vida cotidiana. Em tempos de internet é mais difícil ainda, já que sofremos com a alegria do outro expressa em fotos e sorrisos:

“Eu via as fotos cínicas e sentia falta de mim nas imagens bobas cotidianas... sempre estavam em lugares lindíssimos, aprazíveis, verdes, festeiros; eu habitava um lugar tosco e mal acabado, um quartinho sofrível e úmido como meu rosto choroso... Eles eram felizes! Felizes, diziam as vozes! Como eu queria voar para longe daquele lugar de tantas lembranças sofridas, o cheiro dela ainda impregnava as paredes mortas de esperar por nada...”

Neste livro em primeira pessoa (narrativa sempre arriscada, ponto para a coragem do autor), o narrador dialoga o tempo todo com o leitor que, mesmo não estando desavisado se espanta, vai forçosamente tomando parte de lembranças doloridas que forjaram sua psique.

“Um namorado de infância, calhorda em vestes falsas de cordeiro que a matou sob a ponta de uma chave de fenda afiada, umas quarenta estocadas na barriga, dizia o jornal popular. As lembranças mortas voltaram vivas com a certeza da morte...”

São inúmeras citações – Machado de Assis, Nelson Rodrigues, Dalton Trevisan, Edgar Allan Poe. É preciso estar atento ao humor e à cultura de Pitz, para saborear a obra em toda sua plenitude e profundidade.

“O que seria dos pecadores sem os exemplos a saltarem dos livros?”

O livro é curto, um núcleo pequeno de três personagens, uma novela. Porém, cheio de páginas intensas com linguajar ao mesmo tempo urbano e culto, e me arriscaria a dizer “poético”.

“Nunca saberei se as verdades foram ditas ou se somente os venenos foram depositados, mas eu não poderia permitir que a sonhada noiva virginal de outrora fosse tratada como um animal abatido por aquele ser humano tão vulgar...”

No centro deste enlace dramático temos Carmen que, como na ópera Bizet, enfeitiça nosso narrador com seus encantos para depois trocá-lo, devido a algumas circunstâncias explicadas segundo a insensatez do narrador, por um grosseiro e insignificante cozinheiro.

Mesmo se sentindo superior ao cozinheiro, nunca deixa de se colocar um degrau abaixo de sua musa:

“Linda! Perfeita! Sobre mim não vale muito descrever, basta que se diga que estava acima do peso e usava óculos fundo de garrafa... Calvície chegando rasteira... Clichê, não? Mas é verdade, não posso faltar com a verdade neste livro. Eu nunca detive nos punhos a força da língua maldita. Quem me dera a força da língua.”

De certa forma é neste momento que começamos a nos identificar com o personagem tão humano, falho e muitas vezes explosivo, que consegue transmitir através da língua sua força, mas não o faz com atos. Deturpa a narrativa em busca de uma justificativa que o redima:

“Nas brigas de escola, nos campos de futebol, no sonho de ser esportista, ser pintor, aprendi a perder impecavelmente; sou um excelente perdedor, sabiam? E um mentiroso também, para compensar as mazelas de não ser nada de nada, apenas um apaixonado pela boa ficção em busca de manada amiga, integração.”

Enfim, este livro é puro deleite. Pitz deixa fluir sua criatividade sem se preocupar com normas ou possíveis críticas e por isso mesmo é feliz na escolha de seu caminho.

Espero ansioso por um romance de fôlego, com muitas páginas, repleto de personagens tão complexos quanto o narrador Luiz Aurélio. Vida longa a Allan Pitz!
Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
22.12.16

Cartas de Amor Aos Mortos [Ava Dellaira]

Ava Dellaira
Ed. Seguinte, 2016 - 334 páginas:
      Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

Onde comprar:

Todos nós temos demônios, temos marcas que ficam para sempre. Lidar com essas dores, nunca é fácil, me diga quantas vezes você tentou ignorar o sentimento para ver se ele simplesmente ia embora? Quando li a sinopse desse livro me vi maravilhada com a ideia que a autora teve. Mas quando entramos realmente na leitura, analisando todas as metáforas, sentindo absolutamente tudo, temos uma visão renovada. Um olhar para o mundo que transforma.

Tudo começa quando a professora pede para cada um escrever uma carta para alguém que já partiu. Lauren nossa protagonista, escolhe alguns famosos que marcaram época e morreram antes mesmo de suas histórias terem se concluído.

Em cada carta temos uma emoção diferente, porque acompanha as incertezas de Lauren e seu crescimento principalmente espiritual. Inicialmente vemos quão machucada ela está. Vou tentar transmitir de uma maneira bem vaga o que a autora conseguiu fazer com muita facilidade, entrar na cabeça de Lauren, e sentir como uma garota iniciando a adolescência, cheia de incertezas e pior, carregando o luto de sua irmã May, que se foi, assim como o divórcio dos seus pais logo depois e a partida de sua mãe para outra cidade.

Lauren sempre foi como um pássaro na gaiola, nunca realmente levantou voou. Quanto teve que lindar com o luto, as coisas se tornaram um pouco pior, pois a solidão veio junto. May era a inspiração de Lauren, era de certa forma uma obsessão, nunca realmente se achou tão boa quanto a irmã. Eram como duas faces da mesma moeda, a ingênua e a perspicaz, a medrosa e a corajosa. Lauren não consegue entender como a irmã sendo sua inspiração, sempre tendo certeza da vida, simplesmente foi embora.

Mas a pergunta é, o que acontecem com os seguidores quando a motivação, seu estimulo, já não estão mais lá? Difícil responder, mas o que eu aprendi com esse livro é que não importa se seu ídolo é famoso ou não, e sim o legado que deixou, entender que sempre serão apenas pessoas, que tem seus demônios, medos, frustações. Quando eles vão embora não significa que você tem que deletar tudo, como se não fosse nada, mas sim tirar tudo aquilo que deixou e seguir em frente, aprendendo cada dia mais.

Depois de ver o crescimento de Lauren, me vi de certa forma crescendo também, e tenho certeza que qualquer um que leu pode concordar comigo. O poder que ele tem, cada significado que encontramos nas entrelinhas, mesmo que à primeira vista não enxergamos é simplesmente maravilhoso.

O livro é narrado em primeira pessoa, mas o diferenciado é que cada capítulo é como uma carta direcionada a um famoso que já se foi, o mais interessante é como ele encaixa cada um, em um momento de sua vida, e como vemos de certa forma semelhanças e não apenas famosos e sim seres humanos.

O mais engraçado dessa história é que me apaixonei por cada personagem, e todo o seu tumulto interior, todo o drama. Desde a amiga louca, até ao garoto misterioso, cada um tem um poder de que é só dele.

Sinceramente não sei como a autora fez isso, a intensidade chega a transbordar das páginas, sim é um livro cheio de drama, mas é verdadeiro, e de certa forma polemico em muitos momentos. Acho que o poder que esse livro tem está relacionado a cada palavra que tem muitos significados, desde uma música citada, a pessoalidade de algum personagem, tudo é muito intenso.

Recomendo esse livro para todos! E realmente dou os parabéns a autora que trouxe uma complexidade que há muito tempo não via em livros desse século. É uma lufada de ar fresco. É tocar na alma, e jogar na cara que vai ter momentos que você vai ficar mal, e que vai aprender a lidar com isso da melhor forma possível. Aprender a ser forte em seus padrões.

 Cortesia do Grupo Companhia das Letras
Gabriele Machado
15 anos, paranaense, leitora compulsiva, apaixonada por cachorros, viciada em musica e seriados, junta todos esses adjetivos, PUM! Aqui estou eu, Gaby Machado. Uma sonhadora irreversível, desastrada, pavio curto, falo sem pensar, eclética para tudo! Apaixonada por uma boa dose de cafeína e minha princesa favorita é a Mulan, por quê? Mesmo sendo uma princesa não preciso do príncipe para se salvar.
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18.11.16

O Cavaleiro de Bronze, Livro III - Tatiana & Alexander [Paullina Simons]

Paullina Simons
Ed. Novo Século, 2016 - 544 páginas:
      Tatiana agora tem dezoito anos. Viúva e grávida, ela foge da devastada Leningrado para começar uma vida nova na América. Mas os fantasmas de seu passado não descansam facilmente. Ela passa a ser consumida pela crença de que seu marido, o general do Exército Vermelho Alexander Belov, ainda está vivo e precisa desesperadamente de sua ajuda. Enquanto isso, a oceanos e continentes de distância, Alexander é forçado a liderar um batalhão de soldados considerado dispensável pelo alto comando soviético. No entanto, Alexander está determinado a conduzir seus homens pelas ruínas da Europa, numa tentativa desesperada de escapar da máquina de morte de Stálin e, de alguma maneira, encontrar o caminho que o conduza a Tatiana mais uma vez. Deixe-se envolver pela escrita encantadora de Paullina Simons neste romance atemporal aclamado em todo o mundo.

Onde comprar:

Enfim saiu o terceiro livro da maravilhosa saga O Cavaleiro de Bronze. Já tinha me apaixonado por ela nos dois livros anteriores e este só me deixou mais extasiada pela sofrida história de Tatiana e Alexander. É imperdível para quem gosta de uma leitura mais profunda, que trabalha muito bem o íntimo de cada personagem, expondo seus sentimentos.

A saga tem como pano de fundo a segunda guerra mundial, iniciando com o cerco que os alemães fizeram a Leningrado, em junho de 1941, que mudou do dia para a noite toda a vida da jovem Tatiana, então com dezessete anos e de Alexander, um cidadão americano, que se passava por um oficial do Exército Vermelho.

Este livro é bem interessante, pois mescla capítulos dos tempos atuais (1943), onde Alexander tenta a todo o custo manter-se vivo perante o exército Russo, que suspeita de sua nacionalidade americana, com capítulos que narra a vida de um Alexander ainda criança (1930), quando morava com seus pais nos Estados Unidos.

"- Pai, se não der certo podemos voltar, não podemos? - perguntou, olhando para a própria imagem no espelho, e não para o pai. - Podemos voltar para... - Ficou em silêncio para que o pai não notasse a sua voz fraquejar, então respirou e terminou a frase:
- Para a América?"

E depois nos anos subsequentes a mudança da família para a União Soviética, mostrando ao leitor como foi a adaptação dos Barrington ao comunismo, como no trecho abaixo, quando Alexander é apresentado a sua nova moradia em Moscou.

"- Mas o cheiro, pai...
- Não se preocupe, filho. - Harold sorriu. Sua mãe vai fazer uma faxina. Não é nada. São várias pessoas morando muito próximas uma das outras. - Apertou a mão de Alexander. - É o cheiro do comunismo, filho."

E todos os infortúnios que Alexander viveu até o dia em que conhece Tatiana, no livro um. Mas não para por aí, expõe também os fatos pela visão de Alexander até o final do livro dois, nos permitindo conhecer os pontos cegos dos dois livros anteriores, tornando a história completa.

Muito mais que uma história de amor (que por sinal é uma das mais bonitas do mundo literário, em minha opinião), o livro mostra de forma crua o lado negro do comunismo e também os inúmeros horrores causados pela segunda guerra mundial. E no centro de tudo isso, dois jovens tentando simplesmente sobreviver.

Os outros capítulos retratam a adaptação de Tatiana na América. Como ela esforça-se para sobreviver sem o grande amor da sua vida. Lá ela conhece Edward, um médico que a ajuda neste novo mundo e Vikki, uma enfermeira que se torna sua única amiga. Os dois gostam muito de Tatiana e tentam a todo custo faze-la entender que sua vida precisa continuar. A convivência entre a americana Vikki e a Russa Tatiana serve para mostrar os contrastes entre as duas culturas.

"- E do que mais você gosta?
- Do bacon delicioso - respondeu Tatiana. - Também do conforto. Tudo que os americanos criam e produzem é para facilitar a vida. A música é agradável e as roupas são confortáveis. As mantas não pinicam. Há leite e pão para comprar perto de casa. Os sapatos são do tamanho certo. As cadeiras são macias. É gostoso viver aqui. - Olhou pela janela ao passarem pela rua 14. - Há tanto que nem valorizam - acrescentou baixinho."

Durante todo o livro, Paullina Simons interrompe o que os personagens estão vivendo para trazer à tona recordações do seu passado e essa alternância entre presente e passado cria uma densa e empática carga emocional.

"- Você disse a Edward e a mim que ele está morto.
- E se fui precipitada? - disse, contemplando pela janela a paisagem verdejante de Massachusrtts, através da qual o trem atravessava a toda velocidade.
- Estava me procurando? - havia perguntado Tatiana uma vez, e ele respondera: "Toda vida"."

Ainda existe um quarto livro, mas este já tem um desfecho que por si só é satisfatório, pois foi incluído um epílogo com algumas cenas que fazem parte do último volume, o que desobriga o leitor o ler o próximo. Mas quem já chegou até aqui com certeza vai esperar ansiosamente pelo lançamento do The Summer Garden (O Jardim de Verão). Veja mais informações em The Bronze Horseman Brasil

A Saga O Cavaleiro de Bronze é um drama histórico que todos deveriam conhecer, mostrando que a guerra é, antes de tudo, cruel e amarga, que devora a vida e a alma dos envolvidos nela, uma verdadeira brutalização do ser humano. Com estes elementos em mãos, Paullina Simons narra sua história com uma densidade chocante.

Sensacional, emocionante, colossal. Não deixe de conhecer um dos romances mais sublimes de todos os tempos.

Clique sobre as capas para ler as resenhas dos livros anteriores:

 
 Cortesia da Editora Novo Século
Gisela Menicucci Bortoloso
Capixaba, leonina, analista de sistemas e mãe. Apaixonada por livros, sou uma leitora compulsiva e como o tempo é curto, leio em todo o lugar: esperando o elevador, dentro do ônibus, no salão de beleza... Ler é meu prazer e minha paixão!
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20.1.16

O Bangalô [Sarah Jio]

Sarah Jio
Ed. Novo Conceito, 2015 - 320 páginas:
      Verão de 1942. Anne tem tudo o que uma garota de sua idade almeja: família e noivo bem-sucedidos. No entanto, ela não se sente feliz com o rumo que sua vida está tomando. Recém-formada em enfermagem e vivendo em um mundo devastado pelos horrores da Segunda Guerra Mundial, Anne, juntamente com sua melhor amiga, decide se alistar para servir seu país como enfermeira em Bora Bora. Lá ela se depara com outra realidade, uma vida simples e responsabilidades que não estava acostumada. Mas, também, conhece o verdadeiro amor nos braços de Westry, um soldado sensível e carinhoso. O esconderijo de amor de Anne e Westry é um bangalô abandonado, e eles vivem os melhores momentos de suas vidas... Até testemunharem um assassinato brutal nos arredores do bangalô que mudará o rumo desta história. 

Veja o preço:

“Quanto Tempo você está disposto a esperar por sua felicidade?”

Cativou-me muito esse título da Sarah Jio, não conhecia a autora, porem me encantou muito sua narração, de certa forma por se tratar de uma história com Soldado me lembrou do Querido Jhon.

Em O Bangalô você vai poder ver de perto o que é uma guerra e como é tratar de tantos feridos. Anne estava de casamento marcado quando sua melhor amiga, Kitty, após mais uma desilusão amorosa, decidiu ir pra guerra desempenhar seu papel de enfermeira. Anne decidiu ir com ela, pois ainda tinha muitas dúvidas se realmente amava Gerald, o filho do bancário bem sucedido, que era perdidamente apaixonado por ela, mais que tinha uma forma simples de demostrar isso. Ao lhe dizer sua decisão, ele a apoiou, mesmo tenebroso devido aos perigos que tal ação podia levar.

Com isso Anne e Kitty embarcaram nessa nova aventura, o que Anne não esperava era se apaixonar por outro homem de maneira tão intensa. Ao chegar à ilha no Taiti onde elas iriam trabalhar como enfermeiras, Anne logo notou que Kitty já estava bem e assanhada de novo para o lado dos soldados. No refeitório, Anne e as outras enfermeiras conversavam entre si sobre os rapazes. E Anne viu de longe um soldado muito bonito, que a encarou e sorriu ao ver que ela estava olhando para ele, sem graça e em respeito ao noivo, ela baixou a cabeça. Mais tarde, naquele dia, teria uma festa em comemoração a chegada das moças, mesmo sem vontade, ela foi para fazer companhia a amiga.

O que ela não sabia era que naquele dia iria descobrir o nome do soldado que admirara. Após ser tirada para dançar, o homem estava tirando proveito dela e de repente levou um soco, ela sem saber onde enfiar a cara, voltou correndo para o quarto, mais ao passar pela ala de enfermagem viu um homem mexendo nas coisas e foi ver se o mesmo precisava de ajuda... E lá estava Westry, com a mão ensanguentada devido ao soco que havia dado no outro soldado para defesa daquela enfermeira que ele já admirava desde a troca de olhares no refeitório.

Kitty estava mesmo mal intencionada, arrastando asa para Lance, um soldado grosseiro e machista, convenceu Anne a ir com ela e os outros à praia. Lá Anne resolveu caminhar sozinha, já que estava com dois casais. Nessa caminhada acabou encontrando Westry, lindo, na areia da praia que ele dizia ser dele, convencido… Ao leva-la de volta, eles acabam encontrando o Bangalô e, talvez, já de caso pensado, Westry a convenceu de que aquele lugar seria um segredo dos dois... E isso rendeu uma linda história de amor, mortes, intrigas, decepções, traições, magoa...

60 anos depois Anne conta sua jornada a neta Jennifer que incentivou a avó a reviver a história, após ter recebido uma carta fazendo perguntas sobre o assassinato em 1943... Agora deixo a vocês a vontade de saber mais e se apaixonar como eu. E refaço a pergunta... Quanto Tempo você está disposto a esperar por sua felicidade?

 Cortesia da Editora Novo Conceito
Luana Miranda Rodrigues
Analista de Sistemas, "Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história". Bill Gates tem toda razão.
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22.12.15

Confissões de Inverno [Brendan Kiely]

Ed. Arqueiro, 2015 - 224 páginas:
      À medida que sua família se desintegra, Aidan Donovan, um adolescente de 16 anos, procura consolo em estimulantes químicos, no estoque de bebidas do pai e nas atenções do padre Greg, o único adulto que realmente o escuta. O Natal chega e seu mundo entra em colapso quando ele reconhece o lado obscuro do afeto que o padre Greg lhe dedica. Enquanto tenta dar sentido à própria vida, Aidan conta com o apoio de um grupo de amigos desajustados: Josie, a garota por quem se apaixona; a rebelde e espontânea Sophie; e Mark, o carismático capitão da equipe de natação. Confissões de inverno mostra as formas pelas quais o amor pode ser usado como uma arma contra a inocência – mas também pode, nas mãos certas, restaurar a esperança e até a fé. 

Onde comprar:

Em Confissões de inverno, Brendan Kelly nos mostra um pedaço da vida de Aidan. Além do protagonista temos alguns outros personagens que têm papel fundamental na história: Temos sua mãe, que é ausente em sua criação; Elena, a empregada e por vezes substituta da mãe quando se precisa de "amor materno"; Padre Greg, amigo e o qual é chefe de uma sessão da igreja onde protagonista trabalha e Josie, Sophie e Mark, que são da mesma escola de Aidan que ao decorrer da história formam um laço de amizade.

Uma tragédia acontece e é noticiada nos jornais, porém, segundo Aidan, os jornalistas não sabem toda a história. O livro então é um flashback dos principais fatos (na visão de Aidan) que culminaram no acontecimento. Começando na ceia de Natal, ao longo do livro vemos um envolvimento do protagonista com drogas, bebidas e confusões, mas também com dramas de uma realidade bem densa que por vezes nos faz questionar se há realmente erro nas ações dele.

Narrado em primeira pessoa, o livro segue o mesmo molde de obras como "O Apanhador no Campo de Centeio","As Vantagens de Ser Invisível" e "Perdão, Leonardo Peacock" (embora sem ser tão envolvente quantos estes). Pode ser dificil de ler para alguns, mas é mais uma opção de leitura Young Adult.


 Cortesia da Editora Arqueiro
Marcus Vinicius Casoto Zeferino
Marcus Vinícius é maranhense por nascimento e capixaba por criação. Gosta de distopias, ficção cientifica, quebra-cabeças, estatísticas esportivas e café (não necessariamente nessa ordem). É professor de matemática e espera o dia em que essa disciplina será uma paixão nacional.
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22.10.15

Cinco Dias [Julie Lawson Timmer]

Ed. Novo Conceito, 2015 - 368 páginas:
     Até que ponto você estaria disposto a se sacrificar por amor? Mara Nichols é uma advogada bem-sucedida, esposa e mãe dedicada. Ela está doente. Uma doença devastadora. Ela precisa colocar um fim ao sofrimento dos últimos tempos. Scott Coffman é um professor do ensino fundamental que precisa cuidar de um garoto de oito anos enquanto a mãe do menino cumpre pena na prisão. Mara e Scott têm apenas cinco dias para dizer adeus àqueles que amam. Essa talvez seja a maior prova de amor que poderiam dar a essas pessoas.


Onde comprar:



A história de Mara que passa por uma fase difícil de sua vida, com uma doença devastadora, cruza com a história de Scott que passa por problemas que podem mudar sua vida e de sua esposa de forma que eles não planejavam.

Mara é uma mulher independente desde criança, de origem indiana e adotada por um casal norte americano. Sempre correu atrás de seus sonhos com muita determinação, se vê imaginando como todo aquele esforço para ser uma grande advogada, boa esposa, uma mãe presente, desmoronar em um curto espaço de tempo.

Scott é professor numa escola de ensino fundamental, casado com Laurie, que esta grávida do seu primeiro filho. Mas a vida faz com que esse plano de família perfeita, imaginado pela sua esposa, seja transformado por um “imprevisto” pelo qual Scott se apaixonou e não pode mais viver sem. Ele, que sempre se envolveu muito com a realidade de seus alunos, não imaginava que sua vida fosse se ligar de forma tão definitiva a um deles.

E nos cinco dias definitivos das suas vidas tanta coisa acontece que os dois se sentem desafiados a mudar todo o rumo de suas vidas e, principalmente, de suas famílias. Mara tem uma decisão difícil para tomar e coragem para chegar até o fim para cumprir os seus planos. Scott, desafiado, pode acabar arruinando seu casamento por decisões, egoístas em sua opinião, da parte de sua esposa.

Cinco dias, duas famílias, duas vidas que vão mudar para melhor ou pior, mas que fim mostra que a felicidade se encontra, mesmo quando seus planos não saem como era esperado. Um livro de coragem e determinação que para muitos pode ser visto como uma atitude egoísta, mas que em minha opinião, foram gestos de grande amor.

 Cortesia da Editora Novo Conceito
Tainá Rodrigues Cunha
Guarapariense, gastrônoma e apaixonada por todos os tipo de arte. Ler é uma forma de escape prazeroso da nossa realidade. Assim como as comidas que cozinho me alimentam o corpo, os livros alimentam minha alma.
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