Oi pessoal, minhas leituras de maio foram muito boas, como sempre estou tentando acabar com algumas séries já iniciadas. E estou aproveitando para indicar quando um dos livros lidos tem disponível no Kindle Unlimited, assim para quem assina, já sabe que vai poder ler de graça.
Mostrando postagens com marcador Leya. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Leya. Mostrar todas as postagens
Como podem ver estou cumprindo minha meta de ler mais livros nacionais, quero terminar o ano com no mínimo 40% de livros nacionais. E cada vez mais estou lendo no meu Kindle, pela facilidade e pelos preços, por exemplo, a série Fortaleza Negra de Kel Costa, comprei a 6,99 cada e-book (e nesta modalidade não pagamos fretes), enquanto que os físicos saem a no mínimo 40 reais cada um, é uma economia fantástica. Contudo ainda não aderi ao Kindle Unlimited.
![]() |
Ed. Leya, 2016 - 528 páginas |
- "A saga de Ases e Coringas continua no 5º volume da série Wild Cards! Quando um vírus alienígena atingiu a Terra quatro décadas atrás, ele transformou parte da população mundial em raças de super-humanos conhecidas como Ases e Coringas. Agora, no Bairro dos Coringas em Nova York, uma selvagem guerra de rua começa entre a Máfia e a gangue conhecida como Punhos Sombrios. Enquanto isso, uma corajosa companhia de heróis precisa ir ficar nas sombras para travar sua própria guerra contra os poderes do submundo. Desfrute da ação de dez dos mais talentosos escritores de ficção científica explorando novas e desconhecidas áreas desse assombroso mundo compartilhado."
![]() |
Ed. Leya, 2017 - 864 páginas |
- "George R.R. Martin é um dos maiores fãs da literatura de Robin Hobb, que, no mundo todo, é uma das mais celebradas e cultuadas autoras contemporâneas de literatura fantástica. Em "Saga do Assassino", Robin Hobb retorna, numa nova trilogia, "Os Mercadores de Navios-Vivos", ao universo ficcional conhecido como o Reino dos Antigos. Nesse primeiro volume, O navio arcano, Robb faz referências a clássicos como Moby Dick e Mestre dos mares para conduzir o leitor por uma aventura marítima repleta de magia, contando a história de um orgulhoso grupo de famílias que navega por mares bravios repletos de piratas e serpentes, a bordo do seu protagonista: os seus navios-vivos - embarcações raríssimas e mágicas feitas de madeira-arcana, capazes de adquirir vida própria. Com personagens muito bem caracterizados, tanto física quanto psicologicamente, Robin Hobb tece uma trama envolvente e complexa, que seduz o leitor a cada página."
![]() |
Ed. Leya, 2015 - 544 páginas |
- "Uma viagem pelo mundo que pode mudar o destino da humanidade! Nova York ainda se recupera da carnificina da comemoração dos 40 anos do acidente que foi um marco na história dos Estados Unidos e do mundo. O Dia do Carta Selvagem de 1986 ficaria para a história como um dos mais sangrentos desde a chegada do vírus no planeta. Este cenário é o ponto de partida para as páginas a seguir. A grande viagem de mapeamento dos efeitos do vírus carta selvagem pelo mundo, postergada há muitos anos, é organizada às pressas pelo senador Gregg Hartmann e pela Organização Mundial de Saúde. Tirar os principais ases e curingas de Nova York e ainda realizar um programa humanitário parecia a jogada certeira para garantir a candidatura do senador à presidência dos Estados Unidos. Mas ele não esperava as consequências nefastas desta volta ao mundo a bordo da aeronave apelidada de Cartas Marcadas. Nos cinco meses de viagem, a comitiva passará por 30 países nos cinco continentes em busca dos irmãos infectados pelo carta selvagem. Das favelas haitianas aos morros cariocas, dos desertos africanos aos confins australianos, os integrantes desta jornada enfrentarão grandes desafios e muitas verdades que até então não haviam sido reveladas."
Eu nem acredito que 2017 está terminando! Passou voando para mim! Minha meta de leitura para 2017 era ler 100 livros. Consegui ler 97 livros e estou bastante satisfeita. E vocês, tiveram um ano de leituras produtivas?
Aproveito também para desejar a todos um Feliz Ano Novo! E agradecer a presença de vocês aqui no blog, e espero encontrar todos aqui neste novo ano que se inicia.
Um grande abraço!!
Aproveito também para desejar a todos um Feliz Ano Novo! E agradecer a presença de vocês aqui no blog, e espero encontrar todos aqui neste novo ano que se inicia.
Um grande abraço!!
![]() |
Ed. Leya, 2017 - 752 páginas |
- "Vaelin Al Sorna precisa ajudar a Rainha a retomar o Reino Unificado e defendê-la de uma nova ameaça – algo com poderes tão sombrios quanto os piores pesadelos do herói. “O Aliado está lá, mas sempre como uma sombra, uma catástrofe inexplicada ou um assassinato cometido por ordem de um espírito sombrio e vingativo. Separar verdade de mito costuma ser uma tarefa infrutífera.” Depois de escapar da morte por um fio, a Rainha Lyrna está determinada a expulsar os invasores volarianos e retomar o controle do Reino Unificado. Mas, para isso, ela precisará fazer mais do que reunir seguidores leais: deverá se juntar às forças que, no passado, achou repugnantes – pessoas com os estranhos e variados dons das Trevas – e levar a guerra para o território inimigo. A vitória está nas mãos de Vaelin Al Sorna, agora nomeado Senhor da Batalha. Seu caminho, no entanto, não será nada fácil, pois o Império Volariano possui uma nova arma: o misterioso Aliado, capaz de estender a vida de seus servos. Como Vaelin poderá matar o que não pode ser morto, agora que sua canção do sangue, o poder que o tornou um feroz guerreiro, ficou subitamente emudecida? "
10.10.17
Caçador em Fuga - Sobreviver é a Única Lei [George R. R. Martin, Gardner Dozois e Daniel Abraham]

![]() |
Ed. Leya, 2017 - 304 páginas |
- "Uma aventura surpreendente sobre a liberdade, escrita pelo mestre George R.R. Martin. Ao despertar num lugar escuro, Ramón Espejo não se lembra de como foi parar ali. Logo ele descobre que é refém de uma raça alienígena e que, para recuperar sua liberdade, será forçado a ajudá-los a encontrar outro humano como ele – um fugitivo. Quando a caçada começa, no entanto, Ramón recupera algumas lembranças: a miséria e as péssimas condições de trabalho e de vida no México; a decisão de deixar a Terra e explorar um novo planeta-colônia, São Paulo; o sonho de encontrar metais valiosos e enriquecer; o desejo de uma nova chance. Agora, envolvido numa estranha perseguição nesse mundo hostil e imprevisível, Ramón precisa encontrar uma maneira de escapar de seus captores... e depois, de alguma forma, sobreviver. No entanto, à medida que suas memórias se fortalecem, Ramón descobre que seu pior inimigo pode ser ele mesmo."
![]() |
Ed. Leya, 2017 - 736 páginas |
- "George R. R. Martin apresenta as mulheres mais perigosas dos livros de fantasia. No ano em que o filme Rogue One chega às telas com uma heroína que reina absoluta, forte e autônoma, você vai conhecer as mulheres mais perigosas da literatura de fantasia mundial. Editada por George R. R. Martin, esta antologia traz 21 histórias inéditas sobre magia, ciúme, ambição, traição e rebeldia para Joana D’Arc nenhuma botar defeito. Esqueça o estereótipo de mulheres vítimas e heróis másculos enfrentando sozinhos qualquer perigo. Aqui você irá encontrar mulheres guerreiras, intrépidas pilotas, destemidas astronautas, perversas assassinas, heroínas formidáveis, sedutoras incorrigíveis e muito mais. Assinado por monstros da ficção científica e fantástica como Brandon Sanderson, (“Mistborn”), Megan Lindholm (“A Saga do Assassino”, sob o pseudônimo Robin Hobb), Melinda M. Snodgrass, Caroline Spector (“Wild Cards”) e novos nomes da literatura jovem como Megan Abbott (A febre) e Diana Gabaldon (“Outlander”), o volume conta ainda com uma novela do próprio Martin sobre A dança dos dragões, a guerra civil que assolou Westeros dois séculos antes dos acontecimentos de A guerra dos tronos. Mulheres perigosas é um livro simplesmente imperdível, daqueles que você não consegue parar de ler. Prepare-se para todo o tipo de perigo e para perder o fôlego com essas mulheres mais que poderosas."
![]() |
Ed. Leya, 2014 - 400 páginas: |
Vingança é a palavra de ordem. E a vida parece estar por um fio... Depois da invasão alienígena que sacudira o mundo, curingas e ases de Nova York têm muito a comemorar. E o auge dessas comemorações acontece no dia 15 de setembro, data em que outra intervenção alienígena mudou por completo a vida de todos os seres humanos e de alguns alienígenas, como de Jube e do próprio Dr. Tachyon. E também a do Astrônomo, que volta neste volume da série para uma fria e bem-calculada vingança. Neste romance-mosaico reencontramos Ira, Ceifador, Nômada, Jack, Brennan, Kid Dinossauro, Uivo e muitos outros ases e curingas que se reúnem para o Dia do Carta Selvagem. Entre roubos e buscas desesperadas, gritos supersônicos e dinossauros-mirins, o destino desses personagens é posto em xeque a cada hora deste dia, considerado um dos mais festivos para a cidade de Nova York e certamente um dos mais sangrentos desde a queda do meteoro que trouxe o vírus carta selvagem para a Terra.
Onde comprar:
A megalomania de um vilão quase imortal
É difícil resenhar livros de séries sem soltar algum spoiler. Então, só para relembrar sobre a trama: Após a detonação de uma bomba alienígena contendo um vírus (qualquer semelhança com o “agente laranja” parece não ser mera coincidência), parte considerável da população é dizimada. Uma parcela dos sobreviventes é afetada. Alguns recebem habilidades físicas ou mentais e são chamados de ases, outros sofrem transformações grotescas e tornam-se coringas. Ases e curingas vivem em constante conflito e no meio deste conflito encontram-se os limpos (que não foram afetados pelo vírus) e alguns alienígenas.
O Astrônomo é o grande vilão de Apostas mortais: Wild Cards – Livro 3 (Leya, 400 páginas) e talvez da série toda. Prometeu vingança ao grupo que desmantelou sua gangue de maçons e não descansará enquanto não se der por satisfeito. Comanda sacrifício de jovens mulheres para ganhar maiores níveis de energia e controlar um arsenal de habilidades que o deixam à beira da imortalidade.
Para alcançar seus objetivos o Astrônomo obrigará alguns asseclas arrependidos a tomarem partido nesta empreitada. Passa a amedrontar Spector (pode matar apenas com o olhar), e a incitar o ódio que Roleta (envenena o parceiro durante o sexo) carrega por Dr.Tachyon, afinal muitos o culpam por serem como são, querem vingança e só vão sossegar com o alienígena morto.
Como podem perceber, “vingança” está no prato do dia. Entre os componentes do grupo que enfrentou o Astrônomo temos Fortunato (amplia seus poderes através do prazer). Provavelmente é o único com poder para equiparar-se com o vilão.
Nos primeiros dois romances o universo de Wild Cards foi sendo criado, o mosaico ia se expandindo inúmeras vezes, as histórias se tocavam em alguns pontos, mas também se afastavam. Neste já podemos notar a convergência, as inúmeras conexões se confundindo como uma rede neural. Gostei mais, pois agora se tornou uma história única com vários envolvidos. Cada capítulo é uma determinada hora do dia e o desenrolar da trama acontece em 24 horas – mortes, revelações, conflitos, guerra.
Lembrando que a saga se iniciou nos anos 80, é impossível não compará-la às HQs de heróis da Marvel e da DC, que parecem quase pueris comparados a esta. Sou capaz de imaginar o rebuliço causado dentro das redações e departamentos de criação ao notar o sucesso de Wild Cards. Esta mudança de paradigma, alteração para uma temática voltada ao público adulto, redundaria em “Watchmen” do mago Alan Moore. Mas aí já é outra história.
O enredo continua calcado no pensamento que ganhou forma nos anos 80, mas acabou solapado pela nova era Trump, truculenta e egoísta, assim como acabou enterrando nosso expoente maior – o poeta Gentileza. Prova disso é o discurso proferido pelo Dr.Tachyon no “Dia do Carta Selvagem”, observado tanto por ases, quanto por curingas:
E, logicamente, a grande epidemia que tomou conta do planeta nos anos 80 não poderia ficar de fora. Ela estava lá para levar aqueles que não o foram pelo vírus Carta Selvagem:
Os dois primeiros romances da série têm histórias individuais, como se fossem contos para cada personagem. Há problemas com o ritmo, com a maneira de escrever e a qualidade dos escritores envolvidos. Parecia uma colcha de retalhos bem costurada pelo talentoso George R.R.Martin, mas ainda assim uma colcha de retalhos.
Neste há uma amarração com um posfácio explicando este grande mosaico e afirmo ter valido a pena ter lido cada um deles, principalmente este terceiro. O universo de Wild Cards é apetitoso e pode seguir por caminhos tão incríveis e fantasiosos (são super-seres vivendo entre nós) que já não vejo a hora de me jogar no quarto livro da série. Quero viajar novamente pelos caminhos de Fortunato, Nômada, Kid Dinossauro, o grande Tartaruga, Uivador, Dr.Tachyon e também enfrentar com eles os vilões Astrônomo, Ceifador, Roleta e tantos outros.
A grande sacada e o objetivo maior deste livro parece ser a indicação das mazelas de nosso mundo e a busca de mecanismos para combatê-las, tocar na ferida de forma ficcional com propósito de atingir o real. E não se enganem: este é um livro para adultos. Seu final é digno de um filme – perfeito!
É difícil resenhar livros de séries sem soltar algum spoiler. Então, só para relembrar sobre a trama: Após a detonação de uma bomba alienígena contendo um vírus (qualquer semelhança com o “agente laranja” parece não ser mera coincidência), parte considerável da população é dizimada. Uma parcela dos sobreviventes é afetada. Alguns recebem habilidades físicas ou mentais e são chamados de ases, outros sofrem transformações grotescas e tornam-se coringas. Ases e curingas vivem em constante conflito e no meio deste conflito encontram-se os limpos (que não foram afetados pelo vírus) e alguns alienígenas.
O Astrônomo é o grande vilão de Apostas mortais: Wild Cards – Livro 3 (Leya, 400 páginas) e talvez da série toda. Prometeu vingança ao grupo que desmantelou sua gangue de maçons e não descansará enquanto não se der por satisfeito. Comanda sacrifício de jovens mulheres para ganhar maiores níveis de energia e controlar um arsenal de habilidades que o deixam à beira da imortalidade.
“— Sabe que dia é hoje?
— Dia do Carta Selvagem. Todo mundo sabe disso. — Spector pegou as calças de veludo cotelê do chão.
— Sim, mas também é outra coisa. O Dia do Juízo Final. — O Astrônomo entrelaçou os dedos.
— Dia do Juízo Final? — Ele vestiu as calças. — Do que você está falando?
— Daqueles desgraçados que arruinaram meu plano. Intervieram em nosso verdadeiro destino. Impediram que dominássemos o mundo. — Os olhos do Astrônomo reluziam. Havia uma loucura neles que nem mesmo Spector tinha visto antes. — Mas há outros mundos. Este aqui não esquecerá tão cedo do meu tiro de misericórdia nos malditos que ficaram no meu caminho.”
— Dia do Carta Selvagem. Todo mundo sabe disso. — Spector pegou as calças de veludo cotelê do chão.
— Sim, mas também é outra coisa. O Dia do Juízo Final. — O Astrônomo entrelaçou os dedos.
— Dia do Juízo Final? — Ele vestiu as calças. — Do que você está falando?
— Daqueles desgraçados que arruinaram meu plano. Intervieram em nosso verdadeiro destino. Impediram que dominássemos o mundo. — Os olhos do Astrônomo reluziam. Havia uma loucura neles que nem mesmo Spector tinha visto antes. — Mas há outros mundos. Este aqui não esquecerá tão cedo do meu tiro de misericórdia nos malditos que ficaram no meu caminho.”
Para alcançar seus objetivos o Astrônomo obrigará alguns asseclas arrependidos a tomarem partido nesta empreitada. Passa a amedrontar Spector (pode matar apenas com o olhar), e a incitar o ódio que Roleta (envenena o parceiro durante o sexo) carrega por Dr.Tachyon, afinal muitos o culpam por serem como são, querem vingança e só vão sossegar com o alienígena morto.
“— Ah, minha preciosa. É assim que você se esconde de sua alma? Minha pequena tola. Você deveria abraçar o ódio, lambê-lo, comê-lo, deleitar-se com ele. Estou lhe oferecendo uma oportunidade única de vingança. Para retribuir a perda com dor...
... E o fluxo de memória voltou. A coisa deformada nojenta que jazia entre suas pernas. O resultado líquido de tantas horas de parto doloroso. Um monstro tão grotesco que até mesmo as enfermeiras odiaram tocá-lo.”
... E o fluxo de memória voltou. A coisa deformada nojenta que jazia entre suas pernas. O resultado líquido de tantas horas de parto doloroso. Um monstro tão grotesco que até mesmo as enfermeiras odiaram tocá-lo.”
Como podem perceber, “vingança” está no prato do dia. Entre os componentes do grupo que enfrentou o Astrônomo temos Fortunato (amplia seus poderes através do prazer). Provavelmente é o único com poder para equiparar-se com o vilão.
“Fortunato sentiu as pernas saírem do chão e dobrarem-se em posição de lótus. Os dedões tocaram os indicadores e pousaram sobre os joelhos. Ele sentiu como se o orgasmo final... ainda estivesse acontecendo. Quando ela o abraçou e lançou o poder de volta para dentro dele, foi como explodir em átomos e se reunir com o universo inteiro dentro dele. Sentia-se como o centro do sol, com as labaredas de energia saindo dele de forma incontrolável. Sentia como se nunca fosse acabar.”
Nos primeiros dois romances o universo de Wild Cards foi sendo criado, o mosaico ia se expandindo inúmeras vezes, as histórias se tocavam em alguns pontos, mas também se afastavam. Neste já podemos notar a convergência, as inúmeras conexões se confundindo como uma rede neural. Gostei mais, pois agora se tornou uma história única com vários envolvidos. Cada capítulo é uma determinada hora do dia e o desenrolar da trama acontece em 24 horas – mortes, revelações, conflitos, guerra.
Lembrando que a saga se iniciou nos anos 80, é impossível não compará-la às HQs de heróis da Marvel e da DC, que parecem quase pueris comparados a esta. Sou capaz de imaginar o rebuliço causado dentro das redações e departamentos de criação ao notar o sucesso de Wild Cards. Esta mudança de paradigma, alteração para uma temática voltada ao público adulto, redundaria em “Watchmen” do mago Alan Moore. Mas aí já é outra história.
O enredo continua calcado no pensamento que ganhou forma nos anos 80, mas acabou solapado pela nova era Trump, truculenta e egoísta, assim como acabou enterrando nosso expoente maior – o poeta Gentileza. Prova disso é o discurso proferido pelo Dr.Tachyon no “Dia do Carta Selvagem”, observado tanto por ases, quanto por curingas:
“Enfatizo as diversas conquistas desse povo notável, pois existe um novo ânimo neste país que eu acho temeroso. Surge novamente uma tentativa de delinear o que é norte-americano, de desprezar e discriminar aqueles que existem na periferia desta ‘maioria’ de contos de fadas. E é um conto de fadas. Cada pessoa é um indivíduo único no fim das contas. Não existe ‘consenso de opinião’, não há ‘jeito certo’ de fazer as coisas. Há apenas pessoas que, não importa o quanto sejam horríveis e distorcidas do lado de fora, são impulsionadas por dentro pelas mesmas esperanças, sonhos e aspirações que impulsionam a todos nós.”
E, logicamente, a grande epidemia que tomou conta do planeta nos anos 80 não poderia ficar de fora. Ela estava lá para levar aqueles que não o foram pelo vírus Carta Selvagem:
“— É o retrovírus — ele falou. — Ele é assassino. Acabei de vir do meu médico. Infelizmente, o resultado foi positivo. — Ele suspirou. — Bem positivo.
— Retrovírus? — Jack perguntou. — Você quer dizer que o carta selvagem...
— Não — Jean-Jacques o interrompeu. — O verdadeiro assassino. — A palavra parecia grudada na sua garganta. — AIDS.”
— Retrovírus? — Jack perguntou. — Você quer dizer que o carta selvagem...
— Não — Jean-Jacques o interrompeu. — O verdadeiro assassino. — A palavra parecia grudada na sua garganta. — AIDS.”
Os dois primeiros romances da série têm histórias individuais, como se fossem contos para cada personagem. Há problemas com o ritmo, com a maneira de escrever e a qualidade dos escritores envolvidos. Parecia uma colcha de retalhos bem costurada pelo talentoso George R.R.Martin, mas ainda assim uma colcha de retalhos.
Neste há uma amarração com um posfácio explicando este grande mosaico e afirmo ter valido a pena ter lido cada um deles, principalmente este terceiro. O universo de Wild Cards é apetitoso e pode seguir por caminhos tão incríveis e fantasiosos (são super-seres vivendo entre nós) que já não vejo a hora de me jogar no quarto livro da série. Quero viajar novamente pelos caminhos de Fortunato, Nômada, Kid Dinossauro, o grande Tartaruga, Uivador, Dr.Tachyon e também enfrentar com eles os vilões Astrônomo, Ceifador, Roleta e tantos outros.
A grande sacada e o objetivo maior deste livro parece ser a indicação das mazelas de nosso mundo e a busca de mecanismos para combatê-las, tocar na ferida de forma ficcional com propósito de atingir o real. E não se enganem: este é um livro para adultos. Seu final é digno de um filme – perfeito!
Clique na capa para ler as resenhas dos livros anteriores:
![]() |

Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!
![]() |
Ed. Leya, 2016 - 320 páginas: |
No livro A Joia, primeiro volume da série “A Cidade Solitária”, Violet Lasting é comprada por uma das mulheres mais poderosas da realeza, a Duquesa do Lago, e vai viver com ela na Joia, o círculo onde mora toda a nobreza. Agora, Violet tem de fugir da Joia, do círculo nobre da Cidade Solitária para salvar a própria vida e a do seu amor. Junto com seu amado e Raven, sua melhor amiga, Violet tenta se libertar da terrível vida de servidão e crueldade. Só que ninguém disse que deixar a Joia seria fácil, e ela terá que passar por grandes obstáculos. No meio disso tudo, a jovem ainda descobre que há uma revolução sendo planejada contra a realeza e que seu papel nisso é fundamental. É hora de Violet descobrir que é muito mais poderosa do que sempre imaginou!
Onde comprar:
A Rosa Branca é o segundo volume da trilogia A Cidade Solitária. Resenhar uma continuação é sempre complicado, pois não queremos revelar mais que o necessário, a fim de não estragar as surpresas para quem ainda não leio o primeiro livro.
Como em A Joia, o livro é todo narrado pela protagonista, Violet. Continuamos desvendando os mistérios que envolvem a Cidade Solitária, e acabamos sentindo a mesma revolta que cresce cada vez mais dentro de Violet, devido as grandes atrocidades que acontecem neste lugar.
A Cidade Solitária é dividida em castas, separadas por muros, impedindo que as mesmas se misturem. São cinco ao todo, da mais pobre, chamada de Pantano, passando pela Fazenda, a Fumaça e o Banco até chegar à mais rica, chama de Joia. Nascida no Pantano, Violet vive agora na Joia, em uma poderosa família da realeza, depois que foi comprada pela Duquesa do Lago para gerar seu filho.
No primeiro livro percebemos que nada é o que parece, e estas pessoas, que detêm tanto poder nas mãos, são criaturas terríveis, capazes das maiores malvadezas para realizam seus sonhos de poder. Violet com a ajuda de algumas pessoas acaba fugindo de lá, a fim de preservar a própria vida.
Neste volume Violet e seus amigos estão fugindo das garras da grande vilã da trama, ajudados por pessoas simples, que desejam mudança, pois esta menina de dezesseis anos é a grande esperança deles numa guerra contra os seus opressores. Mas Violet ainda não sabe por que é tão valiosa, o que a torna única entre tantas pessoas.
A fuga é recheada de ação e algumas partes nos leva a sentir aquele friozinho na barriga, mas acredito que seu principal propósito foi mostrar ao leitor um pouco mais de cada um dos personagens, passamos a conhecê-los melhor e acabamos por descobrir o que os motivam na luta contra a realeza que vive na Joia. Muita coisa é esclarecida deste livro, ele é uma preparação para o grande desfecho da história, que ocorrerá no próximo.
Esta trilogia é voltada para um público mais jovem e retrata uma sociedade, mesmo que fictícia, já debilitada pelo poder e a ganancia de poucos privilegiados. Mas alguns ainda sonham com uma vida melhor e estão trabalhando para libertar a população desta opressão ao qual são subjugados, mostrando que o espírito de luta ainda existe.
Um dos pontos positivos do livro, apesar de ser centralizado em Violet, é o desenvolvimento dos personagens secundários, que também crescem na trama. O linguajar é simples e a capa é linda. Alguns podem estar sentindo falta do romance, sim, ele existe, mas não quero citar nomes para não estragar a surpresa dos que ainda não leram.
Recomendado para quem gosta de Young Adult com fantasia e romance.
Clique na capa para ler a resenha do livro anterior:Como em A Joia, o livro é todo narrado pela protagonista, Violet. Continuamos desvendando os mistérios que envolvem a Cidade Solitária, e acabamos sentindo a mesma revolta que cresce cada vez mais dentro de Violet, devido as grandes atrocidades que acontecem neste lugar.
A Cidade Solitária é dividida em castas, separadas por muros, impedindo que as mesmas se misturem. São cinco ao todo, da mais pobre, chamada de Pantano, passando pela Fazenda, a Fumaça e o Banco até chegar à mais rica, chama de Joia. Nascida no Pantano, Violet vive agora na Joia, em uma poderosa família da realeza, depois que foi comprada pela Duquesa do Lago para gerar seu filho.
No primeiro livro percebemos que nada é o que parece, e estas pessoas, que detêm tanto poder nas mãos, são criaturas terríveis, capazes das maiores malvadezas para realizam seus sonhos de poder. Violet com a ajuda de algumas pessoas acaba fugindo de lá, a fim de preservar a própria vida.
Neste volume Violet e seus amigos estão fugindo das garras da grande vilã da trama, ajudados por pessoas simples, que desejam mudança, pois esta menina de dezesseis anos é a grande esperança deles numa guerra contra os seus opressores. Mas Violet ainda não sabe por que é tão valiosa, o que a torna única entre tantas pessoas.
A fuga é recheada de ação e algumas partes nos leva a sentir aquele friozinho na barriga, mas acredito que seu principal propósito foi mostrar ao leitor um pouco mais de cada um dos personagens, passamos a conhecê-los melhor e acabamos por descobrir o que os motivam na luta contra a realeza que vive na Joia. Muita coisa é esclarecida deste livro, ele é uma preparação para o grande desfecho da história, que ocorrerá no próximo.
Esta trilogia é voltada para um público mais jovem e retrata uma sociedade, mesmo que fictícia, já debilitada pelo poder e a ganancia de poucos privilegiados. Mas alguns ainda sonham com uma vida melhor e estão trabalhando para libertar a população desta opressão ao qual são subjugados, mostrando que o espírito de luta ainda existe.
"- Não está enxergando o panorama geral das coisas. Não se trata só das substitutas, mas de toda uma população escravizada para servir às necessidades dos poucos. E fica pior a cada ano. Você tem um poder que não pode nem começar a compreender. Estou tentando ajudá-la a perceber este poder e fazer algo de bom com ele."
Um dos pontos positivos do livro, apesar de ser centralizado em Violet, é o desenvolvimento dos personagens secundários, que também crescem na trama. O linguajar é simples e a capa é linda. Alguns podem estar sentindo falta do romance, sim, ele existe, mas não quero citar nomes para não estragar a surpresa dos que ainda não leram.
Recomendado para quem gosta de Young Adult com fantasia e romance.
![]() ![]() ![]() |
![]() |

Gisela Menicucci Bortoloso
Capixaba, leonina, analista de sistemas e mãe. Apaixonada por livros, sou uma leitora compulsiva e como o tempo é curto, leio em todo o lugar: esperando o elevador, dentro do ônibus, no salão de beleza... Ler é meu prazer e minha paixão!
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!
![]() |
Ed. Leya, 2016 - 688 páginas: |
O capítulo final da trilogia Mistborn, de Brandon Sanderson Após subverter a lógica dos livros de fantasia tradicional e arrebatar uma quantidade incrível de admiradores, entre eles George R. R. Martin em pessoa, Brandon Sanderson encerra a trilogia fantástica Mistborn de forma no mínimo surpreendente. Para acabar com o Império Final e restaurar a liberdade, Vin matou Lord Ruler. Mas, em consequência, poderosos terremotos causaram o retorno das trevas, e a humanidade parece estar definitivamente condenada. Resta saber como Vin poderá se livrar da culpa e reverter este cenário. A conclusão da série promete não decepcionar os leitores dos dois primeiros volumes, já que está repleta de revelações e reviravoltas, dignas dos leitores mais exigentes.
Onde comprar:
Dificilmente um autor consegue me deixar extasiado e sair do prumo. Poucos têm essa destreza tão singular de, não apenas a mim, provocar sensações diversas em várias pessoas e deixá-las atônitas, corrijam-me se eu estiver errado. E é com enorme prazer que venho aqui hoje falar de uma trilogia e de um autor que nos últimos meses vem me deixando sem fôlego toda vez que começo a falar dela. Estou falando de Mistborn: Nascidos da Bruma.
Ao término do segundo livro descobrimos que Vin sem saber de nada acabou libertando uma força destruidora que se intitula Ruína, e que nosso rei Elend Venture tornou-se um Nascido da Bruma capaz de controlar todos os metais com a Alomancia. Neste terceiro livro que se encerra toda a trama bem trabalhada e descritiva do autor, vemos não apenas um amadurecimento dos personagens, mas também da própria estória. Não que Sanderson tenha começado de forma errada, pelo contrário, já no primeiro livro vemos um potencial gigantesco de sua escrita e o quanto fascinante e incrível ela é, mas que ao passar dos acontecimentos vemos que até o diamante já lapidado torna-se mais precioso ainda. Sanderson só ascende em toda a trama.
O Império Final está cada vez mais um caos, o que ocasiona um desequilíbrio da ordem natural de seu mundo. Desde a queda do Senhor Soberano terremotos e ameaças surgiram, mas nunca tão intensas como nos dias atuais fazendo Elend temer pela vida de seu povo. É então que por meio de documentos deixados pelo próprio Senhor Soberano, Elend e seus alomânticos, sua amada Vin e o terrisano Sazed, descobrem as cavernas depósitos construídas a muito tempo pelo Senhor Soberano afim de abrigar as pessoas para o dia da destruição. Nelas ha inúmeras quantidades de água potável e alimentos de suma importância. Determinado a proteger e defender seu povo, Elend decide procurar as cavernas depósitos por todo o reino, e tomar posse de todas elas custe o que custar para o bem de todos.
Por meio disso acabamos conhecendo outras cidades, expandindo mais ainda a cultura presente na estória, cenários enriquecidos com grandiosa descrição, assim como novos personagens de extrema importância para essa conclusão perfeita.
Sanderson, neste ultimo volume, explora mais ainda o mundo que tem em mãos. Conhecemos neste enredo mais um sistema mágico. A alomancia conhecemos no primeiro livro, a Feruquemia no segundo livro, e neste somos apresentados a Hemalurgia, que se eu contar se quer um pouquinho irei acabar revelando alguns segredos crucias, e não quero dar spoilers. Não obstante, o autor vai nos apresentando mais ainda os Kandras, criaturas criadas pelo Senhor Soberano que na minha opinião são mal interpretadas. São criaturas que podem assumir um corpo e que na sua forma original recriam corpos de madeira, cristal, diamante... Suas regras são extremamente rígidas, seguem os ensinamentos do Pai –Sr. Soberano– , e presam pela perpetuação de suas palavras.
Descobrimos um pouco mais sobre os Kollos, que são criaturas enormes com uma força descomunal que mata sua própria espécie sem pensar duas vezes. Deles sabemos da sua criação e como se multiplicam, já que não há como distinguir fêmeas e machos. Assim como os terrissanos, que apesar de ficarmos cientes de sua cultura desde o primeiro livro, neste sabemos um pouco mais da vida do eunuco Sazed.
Sazed, que buscava descobrir uma religião em que se encaixasse e fizesse sentido, desde a morte de suão paixão Tindwyl, aparenta estar cada vez mais decepcionado com qualquer religião, e sua perda de fé neste livro é visível, perpassando ao leitor um certo desconforto ao lermos seus pensamentos de mundo. Mesmo assim ele é um dos melhores personagens e percebi isto desde o primeiro livro, onde ele sempre é fiel, inteligente e quer proteger quem está a sua volta.
Em meio a busca incessante pelas cavernas, nosso grupo vai se deparar com reis tiranos que regem suas cidades a mão de ferro e estão dispostos a impedir Elend. Elend está convicto do que quer e pelo bem de todos declara guerra, fazendo alguns se perguntarem e até mesmo o leitor se suas atitudes estão cada vez mais assemelhadas as do Sr. Soberano. Em contrapartida Ruína vai aparecendo para Vin na forma de seu irmão morto, Reen, e aos poucos vai deixando-a aflita, temorosa pelos dias futuros, mas simultaneamente a deixa possessa para acabar de uma vez por todas com ela.
É um livro fantástico. Todos os fios amarrados de forma brilhante e inteligente. Vemos o melhor do Sanderson em ação. Perguntas das mais complicadas as mais fáceis, são fechadas e nos deixam boquiabertos com tamanha genialidade. As brumas que vagueiam a noite, assim como as que apareceram durante o dia no segundo livro, são explicadas de forma surpreendente.
Um personagem que cresce e toma destaque é o Fantasma, que desde o livro anterior vem procurando se redimir e se mostrar mais útil e eficaz. No meu ver ele será um dos protagonistas principais da segunda era de Mistborn. Sim pessoal, para a felicidades dos fãs assim como eu, Brandon Sanderson escreveu uma outra trilogia que se passa 300 anos depois de “O Herói das Eras” e que é chamada de Segunda Era. Estou mais do que ansioso para ler.
Em suma, o final que nos é apresentando não deixa, em hipótese nenhuma, a desejar. Completamente fantástico e ficamos de cara no chão com a mente desse autor que já se tornou um dos melhores da atualidade para mim. O único ponto que não me agradou, foi algo repetido do primeiro livro. Ao chegar numa cidade para toma-la a força, eles decidem primeiro tentar conversar com o rei e decidem se infiltrar no palácio para participar do baile, algo que acontece constantemente no primeiro volume, e quando eu li virei a cara e pensei “Sério que isso vai acontecer de novo?” No mais foram cenas curtas, que não se prolongaram e eu disse “Ok”, hehehe, deu pra engolir.
Indico muitíssimo a leitura desta trilogia. Possui milhares de motivos para sua leitura. O que estão esperando?
Clique nas capas para ler as resenhas dos livros anteriores:Ao término do segundo livro descobrimos que Vin sem saber de nada acabou libertando uma força destruidora que se intitula Ruína, e que nosso rei Elend Venture tornou-se um Nascido da Bruma capaz de controlar todos os metais com a Alomancia. Neste terceiro livro que se encerra toda a trama bem trabalhada e descritiva do autor, vemos não apenas um amadurecimento dos personagens, mas também da própria estória. Não que Sanderson tenha começado de forma errada, pelo contrário, já no primeiro livro vemos um potencial gigantesco de sua escrita e o quanto fascinante e incrível ela é, mas que ao passar dos acontecimentos vemos que até o diamante já lapidado torna-se mais precioso ainda. Sanderson só ascende em toda a trama.
O Império Final está cada vez mais um caos, o que ocasiona um desequilíbrio da ordem natural de seu mundo. Desde a queda do Senhor Soberano terremotos e ameaças surgiram, mas nunca tão intensas como nos dias atuais fazendo Elend temer pela vida de seu povo. É então que por meio de documentos deixados pelo próprio Senhor Soberano, Elend e seus alomânticos, sua amada Vin e o terrisano Sazed, descobrem as cavernas depósitos construídas a muito tempo pelo Senhor Soberano afim de abrigar as pessoas para o dia da destruição. Nelas ha inúmeras quantidades de água potável e alimentos de suma importância. Determinado a proteger e defender seu povo, Elend decide procurar as cavernas depósitos por todo o reino, e tomar posse de todas elas custe o que custar para o bem de todos.
Por meio disso acabamos conhecendo outras cidades, expandindo mais ainda a cultura presente na estória, cenários enriquecidos com grandiosa descrição, assim como novos personagens de extrema importância para essa conclusão perfeita.
Sanderson, neste ultimo volume, explora mais ainda o mundo que tem em mãos. Conhecemos neste enredo mais um sistema mágico. A alomancia conhecemos no primeiro livro, a Feruquemia no segundo livro, e neste somos apresentados a Hemalurgia, que se eu contar se quer um pouquinho irei acabar revelando alguns segredos crucias, e não quero dar spoilers. Não obstante, o autor vai nos apresentando mais ainda os Kandras, criaturas criadas pelo Senhor Soberano que na minha opinião são mal interpretadas. São criaturas que podem assumir um corpo e que na sua forma original recriam corpos de madeira, cristal, diamante... Suas regras são extremamente rígidas, seguem os ensinamentos do Pai –Sr. Soberano– , e presam pela perpetuação de suas palavras.
Descobrimos um pouco mais sobre os Kollos, que são criaturas enormes com uma força descomunal que mata sua própria espécie sem pensar duas vezes. Deles sabemos da sua criação e como se multiplicam, já que não há como distinguir fêmeas e machos. Assim como os terrissanos, que apesar de ficarmos cientes de sua cultura desde o primeiro livro, neste sabemos um pouco mais da vida do eunuco Sazed.
Sazed, que buscava descobrir uma religião em que se encaixasse e fizesse sentido, desde a morte de suão paixão Tindwyl, aparenta estar cada vez mais decepcionado com qualquer religião, e sua perda de fé neste livro é visível, perpassando ao leitor um certo desconforto ao lermos seus pensamentos de mundo. Mesmo assim ele é um dos melhores personagens e percebi isto desde o primeiro livro, onde ele sempre é fiel, inteligente e quer proteger quem está a sua volta.
Em meio a busca incessante pelas cavernas, nosso grupo vai se deparar com reis tiranos que regem suas cidades a mão de ferro e estão dispostos a impedir Elend. Elend está convicto do que quer e pelo bem de todos declara guerra, fazendo alguns se perguntarem e até mesmo o leitor se suas atitudes estão cada vez mais assemelhadas as do Sr. Soberano. Em contrapartida Ruína vai aparecendo para Vin na forma de seu irmão morto, Reen, e aos poucos vai deixando-a aflita, temorosa pelos dias futuros, mas simultaneamente a deixa possessa para acabar de uma vez por todas com ela.
É um livro fantástico. Todos os fios amarrados de forma brilhante e inteligente. Vemos o melhor do Sanderson em ação. Perguntas das mais complicadas as mais fáceis, são fechadas e nos deixam boquiabertos com tamanha genialidade. As brumas que vagueiam a noite, assim como as que apareceram durante o dia no segundo livro, são explicadas de forma surpreendente.
Um personagem que cresce e toma destaque é o Fantasma, que desde o livro anterior vem procurando se redimir e se mostrar mais útil e eficaz. No meu ver ele será um dos protagonistas principais da segunda era de Mistborn. Sim pessoal, para a felicidades dos fãs assim como eu, Brandon Sanderson escreveu uma outra trilogia que se passa 300 anos depois de “O Herói das Eras” e que é chamada de Segunda Era. Estou mais do que ansioso para ler.
Em suma, o final que nos é apresentando não deixa, em hipótese nenhuma, a desejar. Completamente fantástico e ficamos de cara no chão com a mente desse autor que já se tornou um dos melhores da atualidade para mim. O único ponto que não me agradou, foi algo repetido do primeiro livro. Ao chegar numa cidade para toma-la a força, eles decidem primeiro tentar conversar com o rei e decidem se infiltrar no palácio para participar do baile, algo que acontece constantemente no primeiro volume, e quando eu li virei a cara e pensei “Sério que isso vai acontecer de novo?” No mais foram cenas curtas, que não se prolongaram e eu disse “Ok”, hehehe, deu pra engolir.
Indico muitíssimo a leitura desta trilogia. Possui milhares de motivos para sua leitura. O que estão esperando?
![]() ![]() ![]() |
![]() |

Douglas Brandão
Geminiano, formado em Magistério e futuro professor de História. Mora na Bahia e louco por livros. Um pouco ciumento e orgulho. Fanático por Harry Potter e chegou a receber o apelido de "Vírgula" por sempre dar uma opinião ou comentário, porque sempre usa "Entretanto", "Contudo" e "Todavia" por ser sempre "Do Contra". Sincero ao extremo e venho para compartilhar meu gosto de leitura com vocês.
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!
![]() |
Ed. LeYa, 2013 - 400 páginas: |
Estamos no início dos anos 1980. Há mais de trinta anos a humanidade convive com os atingidos pelo xenovírus Takis-A, mas a integração ainda caminha a passos lentos. Os abençoados pelo vírus, os ases, combatem os perigos da Nova York que nunca dorme. Os amaldiçoados, com suas deformidades causadas pelo vírus, lutam pela sobrevivência no Bairro dos Curingas. E, no céu, uma ameaça espreita a humanidade, aguardando a oportunidade certa para lançar seu ataque. Um ser extraterreno chamado o Enxame ruma para a Terra, ao mesmo tempo em que alguns ases planejam uma conspiração para controlar o mundo. Entre jogos de aparências, teletransportes e irmandades envoltas em mistério, forças de ases e limpos, seres humanos não infectados pelo vírus, se unem para combater o monstro alienígena e a terrível Ordem que se esconde no Mosteiro de Nova York.Onde comprar:
O perigo vem do espaço
Imaginem vocês uma infinidade de aventuras que se entrecruzam a uma multiplicidade de estilos (já que são muitos autores). Só poderia dar um nó na cabeça do leitor se não fosse editado por ninguém menos que o grande badass da atualidade: George R. R. Martins (também um dos autores). São ganchos e ligações que se encaixam com perfeição.
Se no primeiro livro da saga Wild Cards fazia-se necessária certa bagagem cultural, principalmente sobre a história norte-americana, neste já entramos direto na aventura, nem é preciso ter tanto conhecimento assim. As referências continuam a todo instante, mas são mais atuais e para leitores curiosos pode ser até instigante.
Em Ases nas alturas: Wild cards – Livro 2 (Leya, 400 páginas) as aventuras ganham nova roupagem, saem das décadas de 60 e 70, desvencilham-se de Jetboy e adentram a década perdida de 80 (não sei por que lhe chamam assim, já que me criei nela, aproveitei cada um daqueles maravilhosos dias e, entre outras coisas, vi nascer o rock nacional cheio de pulsação e inventividade, mas deixemos isso de lado).
Neste segundo livro o alienígena Jube, disfarçado de curinga, é quem liga todas as histórias. Quadros de um vitral multicolorido, caleidoscópio ininterrupto de incidentes perigosos envolvendo as vítimas do vírus carta selvagem (ases e curingas); alienígenas de olho na Terra; um androide cheio de sentimentos ao estilo Blade Runner e o restante da humanidade, sem poderes e sem deformidades (os limpos), que podem ter a vida extinta por uma ameaça vinda do espaço, aguardando o momento ideal para atacar. E ela já enviou para a Terra seus peões e eles estão famintos:
Uma terrível Ordem previu a chegada deste Mal. Trata-se de uma organização maçônica que conspira para controlar o planeta, mas não se trata da maçonaria moderna, mas da egípcia, com ritos mais antigos e primitivos, portanto ainda mais herméticos:
Alguém aí percebeu um trecho da canção “Sociedade alternativa” de Raul Seixas e Paulo Coelho (o mago)? É uma delícia quando percebemos tais referências, a leitura passa a ter outro sabor, cheia de significados ocultos. Porém, há muito mais. Lovecraft é arremessado sem piedade nesta grande salada:
Dá pra entender o porquê desta série ser tão aclamada. A grande quantidade de informações nos deixa loucos procurando por cada detalhe no google, enciclopédias e afins. E quando achamos que nada mais pode surgir deste caldeirão percebemos o quão enganados podemos estar – um androide com poderes especiais se junta à turma do bem:
Mais referências – Mary Shelley e Philip K. Dick, com mais de um século de diferença entre eles e a mesma dúvida: pode um ser criado pelo homem adquirir consciência própria e se rebelar contra o criador? Há como codificar sensações humanas ou faltará sempre o “sentir”, que tanto caracteriza nossa espécie?
Inúmeras outras referências que vão de Cagliostro a Chico Xavier estão presentes neste volume pra lá de apetitoso. E é claro que não poderiam faltar sexo e violência, que tanto caracterizam um livro voltado para o leitor adulto:
Enfim, Tachyon, Fortunato, Tartaruga (personagem que adoro) e outros ases terão que se unir aos “limpos” para enfrentar um inimigo que poderá extinguir a vida na Terra. Com tradução e edição impecáveis da editora Leya e um curador pra lá de antenado – Raphael Draccon – esta saga veio pra ficar. Vida longa a Wild Cards!
Imaginem vocês uma infinidade de aventuras que se entrecruzam a uma multiplicidade de estilos (já que são muitos autores). Só poderia dar um nó na cabeça do leitor se não fosse editado por ninguém menos que o grande badass da atualidade: George R. R. Martins (também um dos autores). São ganchos e ligações que se encaixam com perfeição.
Se no primeiro livro da saga Wild Cards fazia-se necessária certa bagagem cultural, principalmente sobre a história norte-americana, neste já entramos direto na aventura, nem é preciso ter tanto conhecimento assim. As referências continuam a todo instante, mas são mais atuais e para leitores curiosos pode ser até instigante.
Em Ases nas alturas: Wild cards – Livro 2 (Leya, 400 páginas) as aventuras ganham nova roupagem, saem das décadas de 60 e 70, desvencilham-se de Jetboy e adentram a década perdida de 80 (não sei por que lhe chamam assim, já que me criei nela, aproveitei cada um daqueles maravilhosos dias e, entre outras coisas, vi nascer o rock nacional cheio de pulsação e inventividade, mas deixemos isso de lado).
Neste segundo livro o alienígena Jube, disfarçado de curinga, é quem liga todas as histórias. Quadros de um vitral multicolorido, caleidoscópio ininterrupto de incidentes perigosos envolvendo as vítimas do vírus carta selvagem (ases e curingas); alienígenas de olho na Terra; um androide cheio de sentimentos ao estilo Blade Runner e o restante da humanidade, sem poderes e sem deformidades (os limpos), que podem ter a vida extinta por uma ameaça vinda do espaço, aguardando o momento ideal para atacar. E ela já enviou para a Terra seus peões e eles estão famintos:
“— Como eu lhe disse, meu amor... Cães e gatos desaparecendo... vira-latas, cães com dono; pessoas nessas partes não estão preocupadas com as leis da coleira. E pombas. E ratos. E esquilos. Muitos quarteirões estão simplesmente vazios da vida selvagem urbana comum. Tirando as piadas sobre a cozinha oriental, acho que isso poderia ser qualificado como evento estranho.
— Entenda isso agora, Mark. Pode não haver nada aqui. Mas, se encontrarmos o que estamos procurando, estaremos enfrentando um monstro parecido com os de filme de horror. Mas é real. É o inimigo de cada organismo vivo deste planeta e ele não tem escrúpulo nenhum.”
Uma terrível Ordem previu a chegada deste Mal. Trata-se de uma organização maçônica que conspira para controlar o planeta, mas não se trata da maçonaria moderna, mas da egípcia, com ritos mais antigos e primitivos, portanto ainda mais herméticos:
“— Não — disse ele. — Você leu Crowley. Ele não via utilidade na moralidade ordinária, nem eu. ‘Faça o que quiseres, há de ser tudo da Lei’. Quanto mais aprendo, mais percebo que tudo está aí, nessa única frase. É tanto uma ameaça quanto uma promessa.”
Alguém aí percebeu um trecho da canção “Sociedade alternativa” de Raul Seixas e Paulo Coelho (o mago)? É uma delícia quando percebemos tais referências, a leitura passa a ter outro sabor, cheia de significados ocultos. Porém, há muito mais. Lovecraft é arremessado sem piedade nesta grande salada:
“— Tem mais uma parte. A coisa que está por trás da moeda de Balsam é uma divindade suméria chamada TIAMAT. É de onde Lovecraft tirou o Cthulhu. Algum tipo de monstro imenso, amorfo, de além das estrelas. Lovecraft provavelmente criou sua mitologia a partir de documentos secretos do pai. O pai de Lovecraft era maçom.”
Dá pra entender o porquê desta série ser tão aclamada. A grande quantidade de informações nos deixa loucos procurando por cada detalhe no google, enciclopédias e afins. E quando achamos que nada mais pode surgir deste caldeirão percebemos o quão enganados podemos estar – um androide com poderes especiais se junta à turma do bem:
“Por um momento, um tremor de medo percorreu o corpo de Travnicek. O fantasma da criação de Victor Frankenstein avultou-se por instantes em sua mente. Uma rebelião por parte do androide era possível? Paixões hostis poderiam desdobrar-se contra o criador? Mas não, havia imperativos predominantes que Travnicek inscrevera no sistema.”
Mais referências – Mary Shelley e Philip K. Dick, com mais de um século de diferença entre eles e a mesma dúvida: pode um ser criado pelo homem adquirir consciência própria e se rebelar contra o criador? Há como codificar sensações humanas ou faltará sempre o “sentir”, que tanto caracteriza nossa espécie?
“...Suas percepções do mundo externo, complexas para um humano e compostas de luz infravermelha visível, ultravioleta, e imagens de radar, pareciam turvas em contraste com a vasta onda de paixão humana. Amor, ódio, luxúria, inveja, medo, transcendência... tudo alinhavava um padrão elétrico análogo na mente do androide.”
Inúmeras outras referências que vão de Cagliostro a Chico Xavier estão presentes neste volume pra lá de apetitoso. E é claro que não poderiam faltar sexo e violência, que tanto caracterizam um livro voltado para o leitor adulto:
“Black atirou quatro vezes no peito de Carroll com arma deste, então, após o policial estar caído, deu mais dois tiros na cabeça...”
Enfim, Tachyon, Fortunato, Tartaruga (personagem que adoro) e outros ases terão que se unir aos “limpos” para enfrentar um inimigo que poderá extinguir a vida na Terra. Com tradução e edição impecáveis da editora Leya e um curador pra lá de antenado – Raphael Draccon – esta saga veio pra ficar. Vida longa a Wild Cards!
Clique na capa para ler a resenha do livro anterior:
![]() |

Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!
![]() |
Ed. Casa da Palavra, 2016 - 336 páginas: |
A bordo de um Ford Cortina, os jovens londrinos Beck, Harry e Leon deixam a cidade com uma mala cheia de dinheiro. Estão fugindo de namorados ciumentos, empregos vazios, maníacos violentos e traficantes descontentes. Mas, sobretudo, estão carregando a esperança de escapar do tédio inesgotável da vida no sudeste de Londres - o lugar que sempre chamaram de casa. À medida que voltamos na história desses personagens, para o momento em que ainda não haviam partido, vemos seus dias divididos entre confiança e aversão á própria existência, solidão e desejo, uma ambição desesperada e a assustadora perspectiva de não alcançar objetivo algum.
Onde comprar:
Ao ser apresentado a listinha de lançamentos da Editora, esse livro me chamou a atenção. E, após ler sua sinopse, me convenci de que deveria lê-lo. Foi um começo um pouco conturbado, mas, após esse primeiro momento complicado, a trama fluiu satisfatoriamente.
Logo no início, somos jogados em uma cena de fuga, em que as três personagens principais (Harry, Becky e Leon) estão inseridas. Ficamos meio que perdidos, pois não sabemos quase nada do motivo em que os levou a essa fuga. Sabemos apenas que coisa boa eles não fizeram. Após essa primeira cena, a Kate Tempest faz um recuo no tempo, e vai mostrando todos os acontecimentos que culminaram nesse momento.
Uma boa parte da trama tem como cenário principal a parte sombria de uma Londres atual. São bares, pubs, boates e lanchonetes pra lá de suspeitos, em que os jovens se encontram para divertir-se, mas, principalmente, para fazerem sexo e se drogarem. E, nossas três personagens principais não estão livres dessa onda. Duas delas, inclusive, são envolvidas diretamente com o tráfico.
Um ponto forte do livro é o mergulho que a autora dá no íntimo de cada personagem. Mostra seus sonhos, desejos, mas, principalmente, seus dramas, que vão desde a falta de iniciativa perante sua vida, até ter que trabalhar em algo que não gosta, para conseguir pagar suas contas no final do mês. Essa parte é interessante, pois podemos ver que isso é mais comum do que imaginamos, afinal, tenho certeza que temos pessoas próximas a nós que passam ou já passaram por situações como essas. Outro ponto legal é que rola uma espécie de epílogo na trama. Uma passagem de um ano desde a fuga apresentada no primeiro capítulo. A parte ruim é que o desfecho do livro é um pouco brusco. Acaba em meio a um diálogo, e fiquei me perguntado se haverá uma continuação. No mais, até que achei satisfatório.
Em relação a parte gráfica, a editora, mais uma vez, está de parabéns. Capa sem grandes efeitos, mas que se comunica muito bem com a trama. E a diagramação interna, apesar de simples é bonita. Já a revisão também está bem-feita. Encontrei uns dois errinhos, mas que não atrapalharam em nada com o andamento do livro.
Finalizo a resenha indicando aos leitores que gostam de uma trama que não tem um ritmo frenético, mas tem uma autora que faz um mergulho profundo no íntimo das personagens.
Link do livro o Skoob:
https://www.skoob.com.br/os-tijolos-nas-paredes-das-casas-591991ed593070.html
Logo no início, somos jogados em uma cena de fuga, em que as três personagens principais (Harry, Becky e Leon) estão inseridas. Ficamos meio que perdidos, pois não sabemos quase nada do motivo em que os levou a essa fuga. Sabemos apenas que coisa boa eles não fizeram. Após essa primeira cena, a Kate Tempest faz um recuo no tempo, e vai mostrando todos os acontecimentos que culminaram nesse momento.
Uma boa parte da trama tem como cenário principal a parte sombria de uma Londres atual. São bares, pubs, boates e lanchonetes pra lá de suspeitos, em que os jovens se encontram para divertir-se, mas, principalmente, para fazerem sexo e se drogarem. E, nossas três personagens principais não estão livres dessa onda. Duas delas, inclusive, são envolvidas diretamente com o tráfico.
Um ponto forte do livro é o mergulho que a autora dá no íntimo de cada personagem. Mostra seus sonhos, desejos, mas, principalmente, seus dramas, que vão desde a falta de iniciativa perante sua vida, até ter que trabalhar em algo que não gosta, para conseguir pagar suas contas no final do mês. Essa parte é interessante, pois podemos ver que isso é mais comum do que imaginamos, afinal, tenho certeza que temos pessoas próximas a nós que passam ou já passaram por situações como essas. Outro ponto legal é que rola uma espécie de epílogo na trama. Uma passagem de um ano desde a fuga apresentada no primeiro capítulo. A parte ruim é que o desfecho do livro é um pouco brusco. Acaba em meio a um diálogo, e fiquei me perguntado se haverá uma continuação. No mais, até que achei satisfatório.
Em relação a parte gráfica, a editora, mais uma vez, está de parabéns. Capa sem grandes efeitos, mas que se comunica muito bem com a trama. E a diagramação interna, apesar de simples é bonita. Já a revisão também está bem-feita. Encontrei uns dois errinhos, mas que não atrapalharam em nada com o andamento do livro.
Finalizo a resenha indicando aos leitores que gostam de uma trama que não tem um ritmo frenético, mas tem uma autora que faz um mergulho profundo no íntimo das personagens.
Link do livro o Skoob:
https://www.skoob.com.br/os-tijolos-nas-paredes-das-casas-591991ed593070.html
![]() ![]() ![]() |
![]() |

Nardonio Almeida
Pernambucano, formado em Artes Cênicas e apaixonado por teatro e livros. Descobriu-se leitor depois de um empurrãozinho de uma amiga. Virginiano, pé no chão e que adora a calmaria. Leitor de quase todos os gêneros literários. Afinal, quando a trama é boa, o gênero é o que menos importa.
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!
![]() |
Ed. Leya, 2016 - 700 páginas: |
O senhor da torre é o segundo livro da série “A sombra do corvo”, uma fantasia épica que explora episódios de conflito, lealdade e fé. Vaelin Al Sorna, agora guerreiro da Sexta Ordem, é o maior guerreiro de sua época. Desiludido com seu Rei e pelo sangue de guerreiros derramado por causa de uma mentira, ele volta para casa, se isolando de tudo, e jura nunca mais matar. Porém, o Reino, que já está dividido entre os que apoiam o Rei Janus e os que preferem sua irmã como líder, será atacado por forças poderosas, e Vaelin, o Lâmina Negra, deverá lutar novamente.
Onde comprar:
Anthony Ryan mais uma vez nos agraciou com uma excelente fantasia épica. Em O Senhor da Torre as descrições das batalhes estão ainda mais impressionares e mesmo sendo um livro de meio, ponte para o ápice final, trás para o leitor o desenvolvimento mais profundo de outros grandes personagens da trilogia, já que o primeiro foi todo focado em Vaelin Al Sorna.
Ryan também mudou sua narrativa, aqui ele dividiu o estrelato de Vaelin com mais três grandes personagens: Reva, Frentis e Lyrna. Os capítulos são alternados pelas visões dos quatro e vão criando núcleos de ação distintos. O Leitor vai notar também outra grande mudança, se no primeiro livro as mulheres fizeram papel secundário, aqui elas são as maiores protagonistas, dominando quase toda a ação.
O Livro é dividido em cinco partes e cada uma delas sempre inicia com o relato de Verniers, cronista do Império Alpirano, aquele que no primeiro livro ouviu toda a história de Vaelin.
Vaelin Al Sorna se consagrou como o maior guerreiro de sua época. Desiludido com seu Rei, com sua fé e com sua ordem, pretende nunca mais desembaiar sua espada. Na volta para casa, depois da grande derrota sofrida na guerra contra o império Alpirano, Vaelin sofre uma tentativa de assassinato, por uma jovem chamada Reva, que está em busca da espada de seu pai, assassinado por Vaelin. Nosso herói acaba acolhendo a jovem, ensinando-a a manejar o arco e a espada e levando-a consigo para casa.
Decidido a ajudar sua meia-irmã, Alornis, a ficar com a herança de seu pai, Vaelin mais uma vez cai nas garras do reinado, agora regido pelo filho do rei Janus, Príncipe Malcius, que nomeia Vaelin Senhor da Torre dos Confins do Norte. Contudo, ao chegar nos Confins do Norte, Vaelin percebe que lá será um bom lugar para viver em paz com sua irmã Alornis.
Só que agora a guerra veio para o Reino Unificado, que está sendo atacado pelo Império Volariano e mais uma vez a lealdade de Vaelin Al Sorn fala mais alto, e este grande guerreiro parte em auxílio de seu Rei e também de seus amigos. Nesta nova jornada, Vaelin faz novos amigos e reencontra alguns de seus irmãos da sexta ordem, que tiveram um papel menor neste livro, a exceção de Frentis.
A Princesa Lyrna que no primeiro volume é ambiciosa, manipuladora e nutre uma paixão por Vaelin, tem um crescimento muito grande neste volume, ela sofre muitos golpes e transforma-se numa grande mulher. Particularmente já gostava da princesa, pois ela também era inteligente e determinada. Agora estou torcendo para que Lyrna conquiste o coração de Vaelin, mesmo sabendo que ele é apaixonado pela Irmã Sherin.
E enquanto as guerras assolam estes reinos, existe um mal maior, espreitando pelas sombras, com o intuito de destruir a todos.
Vale destacar que a Trilogia A Sombra do Corvo é composta de livros de difícil leitura, pois abusam dos detalhes, possuindo uma trama bastante complexa que necessita de extrema atenção (não achem que é só uma historinha de guerreiros medievais), além das descrições de muitas lutas e também ser bem extenso, por isso aconselho para fãs de livros de Bernard Cornwell ou mesmo Patrick Rothfuss, pois tem um estilo parecido.
Novamente Anthony Ryan surpreendeu, num livro movimentado por batalhas, intrigas, traições, lealdades, romances, profecias, magias, destacando os conflitos vividos por gente de diferentes religiões e pelas amizades nascidas entre aquelas pessoas menos prováveis. Uma leitura imperdível para os amantes do gênero.
Clique sobra a capa para ler a resenha do livro anterior:
Ryan também mudou sua narrativa, aqui ele dividiu o estrelato de Vaelin com mais três grandes personagens: Reva, Frentis e Lyrna. Os capítulos são alternados pelas visões dos quatro e vão criando núcleos de ação distintos. O Leitor vai notar também outra grande mudança, se no primeiro livro as mulheres fizeram papel secundário, aqui elas são as maiores protagonistas, dominando quase toda a ação.
O Livro é dividido em cinco partes e cada uma delas sempre inicia com o relato de Verniers, cronista do Império Alpirano, aquele que no primeiro livro ouviu toda a história de Vaelin.
Vaelin Al Sorna se consagrou como o maior guerreiro de sua época. Desiludido com seu Rei, com sua fé e com sua ordem, pretende nunca mais desembaiar sua espada. Na volta para casa, depois da grande derrota sofrida na guerra contra o império Alpirano, Vaelin sofre uma tentativa de assassinato, por uma jovem chamada Reva, que está em busca da espada de seu pai, assassinado por Vaelin. Nosso herói acaba acolhendo a jovem, ensinando-a a manejar o arco e a espada e levando-a consigo para casa.
Decidido a ajudar sua meia-irmã, Alornis, a ficar com a herança de seu pai, Vaelin mais uma vez cai nas garras do reinado, agora regido pelo filho do rei Janus, Príncipe Malcius, que nomeia Vaelin Senhor da Torre dos Confins do Norte. Contudo, ao chegar nos Confins do Norte, Vaelin percebe que lá será um bom lugar para viver em paz com sua irmã Alornis.
- Parece ser mais uma prova de que minhã mãe era uma mulher muito sábia. - Ele sorriu quando a irmã franziu o rosto, afastando os cabelos que caíram nos olhos dela. - Há sempre outra guerra."
Só que agora a guerra veio para o Reino Unificado, que está sendo atacado pelo Império Volariano e mais uma vez a lealdade de Vaelin Al Sorn fala mais alto, e este grande guerreiro parte em auxílio de seu Rei e também de seus amigos. Nesta nova jornada, Vaelin faz novos amigos e reencontra alguns de seus irmãos da sexta ordem, que tiveram um papel menor neste livro, a exceção de Frentis.
"- Lutaremos sozinhos - comentou Davoka.
- Não sozinhos - disse Frentis. - O Senhor da Torre dos Confins do Norte virá. E, quando vier, retomaremos este Reino."
- Não sozinhos - disse Frentis. - O Senhor da Torre dos Confins do Norte virá. E, quando vier, retomaremos este Reino."
A Princesa Lyrna que no primeiro volume é ambiciosa, manipuladora e nutre uma paixão por Vaelin, tem um crescimento muito grande neste volume, ela sofre muitos golpes e transforma-se numa grande mulher. Particularmente já gostava da princesa, pois ela também era inteligente e determinada. Agora estou torcendo para que Lyrna conquiste o coração de Vaelin, mesmo sabendo que ele é apaixonado pela Irmã Sherin.
- Anos atrás, eu senti isso, uma grande e profunda afeição. Senti isso o tempo todo. Por um homem que olhava para mim e via algo desprezível.
- Então ele era um tolo, e você está bem sem ele.
- Ele não era um tolo, era um herói. Não que ele soubesse disso. Poderíamos ter governado o Reino juntos, ele e eu, como meu pai ordenara. Teria sido tão fácil."
- Então ele era um tolo, e você está bem sem ele.
- Ele não era um tolo, era um herói. Não que ele soubesse disso. Poderíamos ter governado o Reino juntos, ele e eu, como meu pai ordenara. Teria sido tão fácil."
E enquanto as guerras assolam estes reinos, existe um mal maior, espreitando pelas sombras, com o intuito de destruir a todos.
"- Sei que aquilo precisa ser combatido, se você se importa com esse mundo e as pessoas que vivem nele."
Vale destacar que a Trilogia A Sombra do Corvo é composta de livros de difícil leitura, pois abusam dos detalhes, possuindo uma trama bastante complexa que necessita de extrema atenção (não achem que é só uma historinha de guerreiros medievais), além das descrições de muitas lutas e também ser bem extenso, por isso aconselho para fãs de livros de Bernard Cornwell ou mesmo Patrick Rothfuss, pois tem um estilo parecido.
Novamente Anthony Ryan surpreendeu, num livro movimentado por batalhas, intrigas, traições, lealdades, romances, profecias, magias, destacando os conflitos vividos por gente de diferentes religiões e pelas amizades nascidas entre aquelas pessoas menos prováveis. Uma leitura imperdível para os amantes do gênero.
Clique sobra a capa para ler a resenha do livro anterior:
![]() ![]() ![]() |
![]() |

Gisela Menicucci Bortoloso
Capixaba, leonina, analista de sistemas e mãe. Apaixonada por livros, sou uma leitora compulsiva e como o tempo é curto, leio em todo o lugar: esperando o elevador, dentro do ônibus, no salão de beleza... Ler é meu prazer e minha paixão!
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!
![]() |
Ed. Leya, 2014 - 640 páginas: |
Quando Vaelin Al Sorna, um garoto de apenas 10 anos de idade, é deixado por seu pai na Casa da Sexta Ordem, ele é informado que “sua única família agora é a Ordem”. Durante vários anos ele é treinado de forma brutal e austera, além de ser condicionado a uma vida perigosa e celibatária. Mesmo assim, Vaelin resiste e torna-se líder entre seus irmãos. Ao longo de sua jornada, Vaelin também descobrirá de quem foi o verdadeiro desejo para que ele fosse entregue à Ordem – o objetivo sempre foi protegê-lo, mas ele não tem ideia do quê. Aos poucos, indícios de uma esquecida Sétima Ordem e questões acerca das ações do Rei Janus fazem Vaelin Al Sorna questionar sua lealdade. Destinado a um futuro grandioso, ele ainda tem que compreender em quem confiar.
Onde comprar:
O que primeiramente me chamou a atenção para A Canção do Sangue foi sua capa, achei linda e remete a idade média, e depois livros escritos por autores masculinos, na maioria das vezes, trazem uma maneira diferente de expor os sentimentos, principalmente quando o livro é narrado em primeira pessoas, e neste caso, Vaelin Al Sorna, uma verdadeira lenda, que relata a história de sua vida a um escriba, quando é levado a um julgamento por combate para que possa responder pelo assassinato do sucessor do imperador. Durante sua narração, descobriremos os fatos por trás de sua fama, suas escolhas e como chegou à sua situação atual.
Quando um livro começa pelo final, o leitor já foi alertado que o protagonista foi capturado, é um prisioneiro e está a caminho da morte, ficamos então a cada página imaginando como ele chegou até aquele momento e depois, a medida que este grande guerreiro vai conquistando nosso coração, aflitos para saber se ele vai conseguir escapar deste destino.
Vaelin Al Sorna, agora mais conhecido como Matador do Esperança, tinha muitos outros nomes: Espada do Reino para o rei louco que o enviou para as guerras, Jovem Falcão para os homens que o seguiam pelas provações da guerra, Lâmina Negra para seus inimigos e Beral Shak Ur (a sombra do corvo) para as tribos enigmáticas da Grande Floresta do Norte e foi ganhando-os ao longo de uma vida atribulada, que começou verdadeiramente aos dez anos, após a morte de sua mãe, quando foi deixado pelo seu pai, ex-Senhor da Batalha do Rei, na Casa da Sexta Ordem, para se tornar um irmão guerreiro a serviço da fé.
Junto a um grupo de garotos da mesma idade, que também foram abandonados por seus familiares, Vaelin e seus novos “irmãos” passam por vários treinamentos militares e depois, para provarem que estão aptos, são impostos a diversos testes, onde muitos falham e acabam morrendo.
Ao longo do tempo, Vaelin e seus Irmãos criam um grande vínculo e passamos também a conhecer um pouco da história de cada um deles. Dentos, Caenis, Barkus, Nortah, e depois o agregado Frentis formam um grupo corajoso e unido, todos liderados por Vaelin.
Em um dos testes da Ordem, Vaelin sofre uma tentativa de assassinato, coisas estranhas e inexplicáveis acontecem. Vaelin percebe que existem muitos segredos escondidos pelas Ordens e ele aos poucos tenta desvenda-los. Inclusive, descobre que tem um dom mágico, que o alerta sobre os perigos que está para enfrentar, ajudando-o a se manter vivo. Só que este “dom”, conhecido como a Canção do Sangue, é proibido pela sua fé e todos que possuem outros dons como o seu, são perseguidos pela fé, considerados hereges e condenados a morte.
Vaelin também se vê envolvido nas tramas políticas do reino, o Rei Janus deseja assegurar que este grande guerreiro lute suas batalhas e assegure a perpetuidade de seu reinado, e para alcançar esse intento, Janus não tem escrúpulos ao tramar diversas intrigas para manter Vaelin ao seu lado.
As personagens femininas, tem pouco destaque, mas contribuem para o desenvolvimento da trama. A Princesa Lyrna é manipuladora, assim como seu pai, e faz de tudo para conseguir o que quer, diferente da Irmã Sherin, o grande amor de Vaelin, que dedica sua vida a Quinta Ordem e cujo único desejo é ajudar a salvar vidas através da arte da cura.
Considero A Canção do Sangue uma fantasia épica excepcional, com vários pontos positivos, desde a caracterização dos personagens até a descrição das batalhes, as intrigas, o romance, os mistérios por trás de poderes sombrios, sem contar a lealdade de Vaelin Al Sorna para com sua fé e seus irmãos, que o torna um herói admirável.
A Canção do Sangue é o primeiro livro da trilogia A Sombra do Corvo. Senhor da Torre, segundo volume, foi lançado este ano pela editora Leya. Já virei fã. Recomendadíssimo.
Quando um livro começa pelo final, o leitor já foi alertado que o protagonista foi capturado, é um prisioneiro e está a caminho da morte, ficamos então a cada página imaginando como ele chegou até aquele momento e depois, a medida que este grande guerreiro vai conquistando nosso coração, aflitos para saber se ele vai conseguir escapar deste destino.
Vaelin Al Sorna, agora mais conhecido como Matador do Esperança, tinha muitos outros nomes: Espada do Reino para o rei louco que o enviou para as guerras, Jovem Falcão para os homens que o seguiam pelas provações da guerra, Lâmina Negra para seus inimigos e Beral Shak Ur (a sombra do corvo) para as tribos enigmáticas da Grande Floresta do Norte e foi ganhando-os ao longo de uma vida atribulada, que começou verdadeiramente aos dez anos, após a morte de sua mãe, quando foi deixado pelo seu pai, ex-Senhor da Batalha do Rei, na Casa da Sexta Ordem, para se tornar um irmão guerreiro a serviço da fé.
Junto a um grupo de garotos da mesma idade, que também foram abandonados por seus familiares, Vaelin e seus novos “irmãos” passam por vários treinamentos militares e depois, para provarem que estão aptos, são impostos a diversos testes, onde muitos falham e acabam morrendo.
Ao longo do tempo, Vaelin e seus Irmãos criam um grande vínculo e passamos também a conhecer um pouco da história de cada um deles. Dentos, Caenis, Barkus, Nortah, e depois o agregado Frentis formam um grupo corajoso e unido, todos liderados por Vaelin.
Em um dos testes da Ordem, Vaelin sofre uma tentativa de assassinato, coisas estranhas e inexplicáveis acontecem. Vaelin percebe que existem muitos segredos escondidos pelas Ordens e ele aos poucos tenta desvenda-los. Inclusive, descobre que tem um dom mágico, que o alerta sobre os perigos que está para enfrentar, ajudando-o a se manter vivo. Só que este “dom”, conhecido como a Canção do Sangue, é proibido pela sua fé e todos que possuem outros dons como o seu, são perseguidos pela fé, considerados hereges e condenados a morte.
"- Dotado? É simplesmente um instinto de sobrevivência. Tenho certeza de que todos os homens o têm.
- Todos os homens o têm, mas nem todos podem ouvi-lo tão bem quanto você. E há mais na música da canção do sangue do que simplesmente um aviso de perigo. Com o tempo você aprenderá bem a melodia."
- Todos os homens o têm, mas nem todos podem ouvi-lo tão bem quanto você. E há mais na música da canção do sangue do que simplesmente um aviso de perigo. Com o tempo você aprenderá bem a melodia."
Vaelin também se vê envolvido nas tramas políticas do reino, o Rei Janus deseja assegurar que este grande guerreiro lute suas batalhas e assegure a perpetuidade de seu reinado, e para alcançar esse intento, Janus não tem escrúpulos ao tramar diversas intrigas para manter Vaelin ao seu lado.
As personagens femininas, tem pouco destaque, mas contribuem para o desenvolvimento da trama. A Princesa Lyrna é manipuladora, assim como seu pai, e faz de tudo para conseguir o que quer, diferente da Irmã Sherin, o grande amor de Vaelin, que dedica sua vida a Quinta Ordem e cujo único desejo é ajudar a salvar vidas através da arte da cura.
Considero A Canção do Sangue uma fantasia épica excepcional, com vários pontos positivos, desde a caracterização dos personagens até a descrição das batalhes, as intrigas, o romance, os mistérios por trás de poderes sombrios, sem contar a lealdade de Vaelin Al Sorna para com sua fé e seus irmãos, que o torna um herói admirável.
"Os cinco se levantaram e deram as mãoes. Dentos, Barkus, Nortah, Vaelin e Caenis. Vaelin lembrou-se de como haviam sido quando eram mais novos. Barkus musculoso e desajeitado. Caenis magro e receoso, Dentos falador e cheio de histórias, Nortah emburrado e ressentido. Agora via apenas sombras daqueles garotos nos jovens esguios e de rostos sérios à sua frente. Eram fortes. Eram matadores. Eram o que a ordem os tornara. Este é o fim de algo, percebeu. Vivendo ou morrendo, é aqui que as coisas vão mudar, para sempre."
A Canção do Sangue é o primeiro livro da trilogia A Sombra do Corvo. Senhor da Torre, segundo volume, foi lançado este ano pela editora Leya. Já virei fã. Recomendadíssimo.
![]() ![]() ![]() |
![]() |

Gisela Menicucci Bortoloso
Capixaba, leonina, analista de sistemas e mãe. Apaixonada por livros, sou uma leitora compulsiva e como o tempo é curto, leio em todo o lugar: esperando o elevador, dentro do ônibus, no salão de beleza... Ler é meu prazer e minha paixão!
*Sua compra através dos links deste post geram comissão ao blog!
Assinar:
Postagens (Atom)
Tecnologia do Blogger.