A loucura totalitária
Os que me conhecem sabem, e não é novidade alguma, que sempre tive o livro Battle Royale (Globo Alt, 663 páginas) entre minhas prioridades. E quando temos em mãos um livro tão desejado e esperado chegamos perto da plenitude, é quase como um orgasmo (desculpem-me os puritanos).
E por que todo esse furor? Entre o ano 2000 e 2001, não lembro bem, um colega apareceu em casa com um filme japonês estranhíssimo – “Batoru rowaiaru” – filme completamente diferente de tudo que eu já havia visto. Sanguinolento ao extremo. Fiquei extasiado ali ao final, lembro-me de ter ficado assim em dois filmes, “O exorcista” (depois banalizado em sessões picotadas à tarde) e “Canibal holocausto”. Nenhum se assemelhava no enredo, mas me fizeram ter pesadelos, deram um nó em meu estômago.