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18.10.16

O Outro Lado da Memória [Beatriz Cortez]

Beatriz Cortez
Ed. Novo Século, 2014 - 232 páginas:
      Luíza Bedim, uma jovem talentosa e cheia de sonhos, sofre uma grande decepção com a pessoa que mais ama. Depois desse período, é perseguida pelo medo e pela dor profunda do ocorrido. A garota acredita que nunca mais será feliz, e vive alimentando-se de sua solidão. Anos depois, ela conhece Arthur, um aluno novo que chama a atenção de todos por se tornar o capitão do time de basquete da escola. Luíza o ignora no início, porém, por conta de uma confusão, é obrigada a passar uma hora com ele em alguns dias da semana. Entre muitas brigas e discussões, o garoto mostra-se alguém que Luíza não esperava: uma pessoa capaz de fazer com que ela reflita sobre seu passado. Luíza, então, descobrirá que só é possível encontrar a felicidade se lutar por ela.

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Apesar de ser um livro com pouco mais de duzentas páginas e uma história que pode ser considerada “simples”, não me recordo de um livro que me deixou com mais dificuldade para escrever uma resenha e dar minha opinião.

Quando comecei a ler, fui preconceituosa, confesso! Achei que seria tudo muito clichê e mais do mesmo.

O livro conta a história de Luíza, uma garota de 18 anos que tem duas melhores amigas e vê seu mundo ser chacoalhado pela chegada de um novo garoto na escola, Arthur, o novo capitão do time de basquete. Ela antipatiza com o menino logo de cara (e de forma gratuita, eu achei!) e a partir daí vai se desenrolando o enredo porque, de uma forma ou de outra eles acabam se envolvendo e então vamos descobrindo mais do passado de Luíza e como ela lida com as pessoas à sua volta.

Concordam comigo que parece o tipo de história que já lemos milhões de vezes? Pois bem, no início do livro foi difícil de aguentar a nossa protagonista, que é extremamente irritante com suas atitudes que não faziam nenhum sentido para mim. Sim, é um romance adolescente com uma pitada de drama, um pouco de humor, um vilão também adolescente e nada de muito diferente do que estamos acostumados a ler.

Mas algo na história começou a me envolver e simplesmente não consegui parar até chegar ao final. Não quero contar muito da história nem dar dicas do que acontece para não estragar a surpresa para aqueles que pretendem ler, mas não esperem nada de fantástico, não é isso. O enredo é simples, mas de uma delicadeza incrível. O livro é escrito em primeira pessoa e é como se você estivesse lendo o diário de alguém e alguém de muita sensibilidade.

Os personagens poderiam facilmente ser pessoas do nosso convívio e acredito que muita gente vai se identificar com algum deles. Luíza, nossa protagonista, é uma garota de muita personalidade, suas amigas são “amigas” mesmo e Arthur (o garoto novo na escola) é aquele garoto dos sonhos, melhor do que príncipe encantado e eu me peguei desejando que existam muitos dele por aí. Não me considero uma pessoa romântica, mas em alguns momentos a história me fez suspirar, sim.

Outro ponto que achei bem interessante é que a narrativa não se foca em descrições detalhadas, como o ambiente em volta ou a roupa que determinada personagem está usando. Na verdade, nem sei qual o tipo físico da Luíza ... tudo fica por conta da imaginação do leitor.

Então, cheguei à conclusão de que a história trata de emoções e sentimentos: bons, ruins, intensos ou não. Tudo gira em torno de sentimentos, em uma linguagem muito acessível e com uma forma de escrever que faz o leitor chegar ao final sem nem perceber. Já aconteceu com vocês de se verem sorrindo ao terminar um livro, mesmo sem saber o porquê? Pois aconteceu comigo com “O outro lado da memória”.

Não é uma história mirabolante, é algo que pode acontecer com você ou com seus amigos, mas é escrito de uma forma muito envolvente. Para os românticos de plantão é um prato cheio. Para os jovens que estão iniciando no mundo da leitura, creio que é um excelente começo e para aqueles que, como eu, querem ler algo leve e de bom gosto é uma excelente opção.
Vanilda Procópio
Paranaense, administradora financeira e mãe. Não consigo imaginar minha vida sem os livros e leio por puro prazer, vivendo histórias e conhecendo novos lugares e pessoas a cada página aberta.
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20.7.16

Vocação para o Mal, Vol. 03 - Série Cormoran Strike [Robert Galbraith]

Robert Galbraith
Ed. Rocco, 2016 - 496 páginas:
      Quando um misterioso pacote é entregue a Robin Ellacott, ela fica horrorizada ao descobrir que contém a perna decepada de uma mulher. Seu chefe, o detetive particular Cormoran Strike, fica menos surpreso, mas não menos alarmado. Há quatro pessoas de seu passado que ele acredita que poderiam ser responsáveis por tal crime – e Strike sabe que qualquer uma delas seria capaz de tamanha brutalidade. Com a polícia focada no suspeito que Strike tem cada vez mais certeza de que não é o criminoso, ele e Robin põem as mãos à obra e mergulham no mundo sombrio e distorcido dos outros três homens. Entretanto, quanto mais acontecimentos horrendos acontecem, mais o tempo se esgota para ambos… 

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Depois de “O Chamado do Cuco” e “O Bicho-da-Seda”, chega o terceiro livro com as aventuras de Cormoran Strike, o detetive personagem da série policial de Robert Galbraith, pseudônimo de J.K. Rolling, como já foi amplamente divulgado. Apesar de ser uma série, nada impede que os livros sejam lidos em qualquer ordem porque cada caso tem sua solução definitiva, porém, para quem quer acompanhar as aventuras com mais detalhes sugiro que os livros sejam lidos na ordem em que foram lançados porque como temos personagens fixos como Cormoran Strike e sua assistente Robin, a cada história temos mais informações sobre eles e fica mais fácil entender o contexto das investigações.

Essa terceira aventura começa com Strike sendo muito procurado como detetive, já que solucionou dois casos difíceis e de grande comoção, coisa que a polícia não conseguiu. Robin já não é mais só a secretária e tem papel ativo no trabalho investigativo. Tudo estava correndo bem até que Robin recebe de um entregador uma caixa misteriosa, endereçada a ela e imagina que seja algo relacionado ao seu casamento, que está próximo. Porém, dentro da caixa há a perna decepada de uma mulher e aí começa mais uma investigação para a dupla Strike e Robin.

De imediato, Cormoran Strike imagina que isso foi feito para atingi-lo e tem em mente quatro pessoas que poderiam ter feito isso, por terem tido alguma desavença com ele no passado. Essa é uma diferença em relação aos livros anteriores: o leitor já começa com alguns suspeitos e durante a leitura vai sabendo mais sobre a história de cada um deles e o provável envolvimento com o suposto crime que culminou com a entrega macabra a Robin.

A propósito, no livro anterior, “O Bicho-da-Seda”, eu notei um toque macabro na história que se repete em “Vocação para o Mal” e pode ser que essa seja uma tendência para os próximos livros. Além disso são tratados temas pesados e polêmicos como pedofilia e acrotomofilia, que é a preferência sexual por pessoas que têm alguma parte de seu corpo amputada. Nunca tinha ouvido nada sobre o assunto e fiquei me perguntando até onde vai a mente (ou a loucura!) humana. Mesmo tratando desses assuntos, a leitura não é pesada, tudo é descrito com cuidado e nem há tantos detalhes assim que pudessem fazer com que a história se tornasse desagradável.

Outro ponto diferente dos livros anteriores é que nessa história temos capítulos narrados pelo assassino, o que dá mais informações para tentarmos chegar a sua identidade e dá aquele toque de suspense na leitura.

Quem gosta de romances policiais não deve deixar de ler essa série, que não fica devendo nada a outros livros do gênero. É claro que a prerrogativa para gostar do livro é o gosto por romances policiais, com muito mistério.

Dos três livros já lançados, esse foi o que eu mais gostei até agora e não só por causa do mistério, mas porque tem mais informações sobre o passado de Cormoran Strike e da Robin, o que me levou a entender melhor as atitudes deles e até a forma com que eles conduzem as investigações. Apesar de ser bastante controverso, Strike é um personagem muito fácil de se gostar e a gente torce por ele sem nem perceber.

Para mim, foi um daqueles livros difíceis de largar: não queria parar de ler até chegar ao fim! E mesmo com o mistério solucionado, ficou um “gancho” muito interessante no final da história, que já me deixou com muita expectativa para a próxima aventura.

 Cortesia da Editora Rocco
Vanilda Procópio
Paranaense, administradora financeira e mãe. Não consigo imaginar minha vida sem os livros e leio por puro prazer, vivendo histórias e conhecendo novos lugares e pessoas a cada página aberta.
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9.11.15

O Mapa de Vidro, Vol. 1 - Série Mapmakers [S. E. Groove]

O Mapa de Vidro - Mapmakers - S. E. Groove
Ed. Verus, 2015 - 396 páginas:
      Boston, 1891. Sophia Tims vem de uma família de grandes cartógrafos. Desde a Grande Ruptura em 1779, quando todos os continentes foram lançados a uma era diferente - da pré-história a um futuro distante - esses exploradores viajam e mapeiam o que é conhecido como Novo Mundo. Há oito anos, desde que seus pais não retornaram de uma missão urgente, ela vive com seu tio Shadrack, o melhor cartógrafo em Boston. A vida com seu brilhante, adorado e distraído tio, ensinou Sophia a cuidar de si mesma. Quando Shadrack é sequestrado por pessoas que estão atrás de um poderoso artefato, ela é a única que pode salvá-lo. Ao lado de Theo, um refugiado do oeste, ela embarca em uma aventura por cidades secretas e mares desconhecidos baseando-se apenas nos mapas deixados por seu tio e sua intuição. 

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Esse primeiro livro da série Mapmakers foi uma grata surpresa porque traz uma história bem desenvolvida, com um enredo original e que dá aquela vontade de ir avançando página após página para saber mais. Quando comecei a ler, percebi uma grande semelhança com as distopias, aquelas histórias que se passam em uma realidade alternativa, onde os governos submetem a população a seus mandos e desmandos. Esse não é o foco principal do livro, mas conseguimos notar algo no ar.

Em “Mapa de Vidro”, somos apresentados a uma nova realidade, que transformou o mundo a partir de 1799. Os historiadores passaram a chamar o fato de “A Grande Ruptura” porque, a partir de algo que ninguém ainda conseguiu identificar, cada continente do planeta foi transportado para uma era diferente e passaram a existir eras diferentes até mesmo dentro de um mesmo país. Ou seja, alguns locais voltaram para a Idade da Pedra, outros para a Era do Gelo, Idade Média e outros para desconhecidas civilizações do futuro.

A partir do caos instalado por causa dessa mistura de eras, duas categorias de profissionais começaram a se destacar: os exploradores, que saíam mundo afora para averiguar e catalogar essas eras diferentes, e os cartógrafos, responsáveis por colocar em mapas tudo o que os exploradores traziam como informação.

Mas os mapas não eram apenas como os conhecemos hoje, objetos passivos. Não! Conforme o material em que eles eram feitos (sim, um bom cartógrafo conseguia fazer mapas em argila, madeira, vidro e até em água, além do papel, é claro), um mapa podia levar a pessoa a ter a sensação do clima de determinado lugar, ver ruas, construções e florestas como se estivesse visitando o lugar naquele momento e até ter acesso à memória de determinadas pessoas.

Então conhecemos Sophia, uma menina de treze anos que vive com o tio Shadrack, famoso e exímio cartógrafo, desde que seus pais, exploradores, partiram em uma expedição e não voltaram mais. Sophia tem uma peculiaridade: ela tem problemas com o tempo e quando se distrai, pensa ter passado um minuto ou dois, mas na verdade podem se passar horas.

Shadrack começa a iniciar Sophia no estudo dos mapas, já que pretendem sair em busca dos pais dela, agora que o governo anunciou que fecharia a fronteira para viajantes, mas tudo muda quando ela chega em casa, um dia, encontra tudo revirado e seu tio desaparecido. E é precisamente aí que passamos da história descritiva ao início da aventura propriamente dita porque Sophia sai atrás de seu tio, munida de seu conhecimento, sua coragem e de um amigo pouco convencional.

Temos uma protagonista bastante madura para seus treze anos e extremamente inteligente e perspicaz. A história se desenvolve em um bom ritmo, com bastante aventura, suspense e um quê de mistério e mesmo sendo o primeiro livro de uma série, a história tem um fim, tem seus principais mistérios resolvidos e fica um pequeno gancho para o próximo volume que, espero, não demore a ser lançado.

Apesar de estar na categoria dos infanto-juvenis, acho que os adultos que gostam desse estilo de aventuras e mundos novos vão se divertir bastante com a história e ficar se perguntando: e se isso realmente acontecesse? Seria mesmo possível ocorrer uma “grande ruptura” desse tipo? E se tivéssemos acesso a esses mapas incríveis?

Recomendo o livro aos aventureiros e exploradores de todas as idades e faço um parêntese aqui à bela edição da Verus Editora, que traz, logo no início, os mapas desse mundo com tantas eras diferentes e ajuda o leitor a ir se situando e explorando junto com Sophia.

 Cortesia da Editora Record
Vanilda Procópio
Paranaense, administradora financeira e mãe. Não consigo imaginar minha vida sem os livros e leio por puro prazer, vivendo histórias e conhecendo novos lugares e pessoas a cada página aberta.

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7.9.15

Tocando as Estrelas [Rebecca Serle]

Ed. Novo Conceito, 2015 - 224 páginas:
      Quando Paige Townsen deixa de ser uma simples aluna do ensino médio para se tornar uma celebridade, sua vida muda do dia para a noite. Em menos de um mês, ela troca as ruas da sua cidade natal por um set de filmagem no Havaí e agora está conhecendo melhor um dos homens mais sexies do planeta segundo a revista People. Tudo estaria perfeito se o problemático astro Jordan Wilder não fincasse o pé em uma das pontas desse triângulo cinematográfico. E Paige começa a acreditar que a vida, pelo menos para ela, imita a arte. 


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O livro aborda um tema que deixa muitos leitores com o pé atrás: a adaptação de uma obra literária de sucesso para as telas do cinema.

Afinal, que leitor não ficou com o coração na mão ao saber que seu livro preferido ganharia “vida” em um filme?

“Tocando as estrelas” conta a história de Paige Towsen, uma adolescente que tenta conseguir realizar seu sonho de ser atriz. Quando sua amiga Cassandra descobre que farão testes para o papel principal da adaptação do famoso livro “Locked”, ela convence Paige a participar da seleção e ela acaba ganhando o papel. É a partir daí que temos todo o desenrolar da história: a mudança de cidade, a rotina de gravação, os embates com o diretor, a equipe técnica e os demais atores.

“Locked”, o livro no qual o filme é baseado, é um romance com um toque sobrenatural e que envolve um triângulo amoroso e Paige, com sua pouca experiência em atuar, acaba misturando realidade e ficção e também surge algo mais entre ela, Rainer e Jordan, os atores protagonistas.

O livro tem pouco mais de duzentas páginas, é fácil de ler e a história ganha em agilidade, mas por outro lado senti falta de uma profundidade maior em alguns momentos e até de saber mais sobre as características dos personagens.

Por outro lado, é bem interessante acompanhar as mudanças que acontecem quando alguém se torna uma celebridade: seu relacionamento com família, amigos. A dificuldade por trás de uma grande produção, os detalhes e a incerteza de conseguir agradar os leitores fanáticos pela obra que está sendo adaptada.

“Tocando as estrelas” faz parte de uma trilogia e sinceramente, acredito que se a história fosse melhor desenvolvida, talvez pudesse terminar em um único livro mais completo e interessante. Não sei o que virá pela frente nos dois livros seguintes, já que o primeiro livro deixa poucas pontas soltas, mas espero que não se torne algo repetitivo.

Indico o livro para aqueles que gostam de um romance leve e despretensioso. Deve ser uma leitura sem compromisso e sem esperar fatos muito mirabolantes porque é um livro sobre e para entretenimento. Nesse quesito, “Tocando as estrelas” cumpre bem sua função.

 Cortesia da Editora Novo Conceito
Vanilda Procópio
Paranaense, administradora financeira e mãe. Não consigo imaginar minha vida sem os livros e leio por puro prazer, vivendo histórias e conhecendo novos lugares e pessoas a cada página aberta.
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10.6.15

Bangalô 2 – Hotel Beverly Hills [Danielle Steel]

Ed. Record, 2015 - 352 páginas:
      O agente literário de Tanya Harris liga com uma notícia bombástica: um famoso produtor de cinema quer que ela escreva o roteiro de seu próximo filme. E mais: a proposta inclui trabalhar hospedada no exuberante Bangalô 2 do Hotel Beverly Hills. De uma hora para outra Tanya precisa escolher se vai continuar com a rotina perfeita de escritora freelancer, dona de casa, esposa dedicada e mãe de família em São Francisco, ou se vai aceitar o convite e passar vários meses em Los Angeles, longe do marido e dos filhos, desestruturando a vida familiar para realizar um antigo sonho. Relutante e dividida, Tanya acaba aceitando o desafio. Ao chegar a Hollywood, Tanya é envolvida por um mundo novo e intoxicante, e mergulha em um trabalho que exige mais dela do que poderia imaginar. Inevitavelmente, vai se afastando da família, que começa, aos poucos, a se desintegrar, e seu sonho se transforma em seu pior pesadelo.  

Onde comprar:

Quando eu era mais jovem, li muitos livros da Danielle Steel e era apaixonada pela forma como ela escrevia. Ela faz aquele estilo “novelão”, com drama e tudo muito focado em sentimentos e relacionamentos. Mas fazia muito tempo que não lia nada da autora e o "Ler Para Divertir" me deu a oportunidade de me reencontrar com ela.

Nesse livro temos a história de Tanya Harris, uma dona de casa com cerca de quarenta anos, casada e mãe de três filhos jovens. Nas horas de folga, quando não está cuidando do bem-estar da família, Tanya escreve contos, inclusive já tendo publicado livros e roteiros para novelas de TV. Ela considerava ter a vida perfeita, mas quando seu agente apresenta a ela uma proposta para escrever um roteiro de um filme para um grande produtor de Hollywood, sua vida fica de cabeça para baixo pois ela teria que viver em Los Angeles até a conclusão do trabalho.

Com o apoio do marido e de dois de seus filhos, ela encara e aceita o desafio.

A história toda é focada nessa escolha de Tanya e em todas as consequências que acaba trazendo para ela e sua família e em como isso afeta a convivência com o marido os filhos. Os personagens são muito detalhados a ponto de não deixar dúvidas sobre as características de cada um e acabamos tendo um vislumbre dos bastidores de uma produção do cinema.

Mas um ponto negativo é que a autora reforça certas situações de forma muito repetitiva, por exemplo, quando conta como a vida da protagonista é perfeita e como tem dúvidas se fez a escolha correta ao ir para Hollywood. Temos esses fatos repetidos à exaustão, o que torna a leitura arrastada em alguns momentos.

A história não tem um grande impacto, então fiquei com aquela sensação “morna” ... é um livro que pode ser lido em qualquer lugar, parar a leitura e retomar depois de algum tempo porque não deixa muito espaço para expectativas.

Para quem não conhece o trabalho de Danielle Steel, não recomendo que comece com esse livro porque ela tem outros muito mais elaborados e interessantes. Para quem já a conhece, talvez se decepcione um pouco como eu, que esperava um pouco mais da trama.

Bangalô 2 Hotel Beverly Hills é uma história sobre escolhas e suas consequências, com personagens que nos agradam mais e outros menos, mas que não me marcaram da forma como eu esperava.

Cortesia da Editora Record

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14.5.15

Uma História de Amor e TOC [Corey Ann Haydu]

Corey Ann Haydu
Ed. Galera Record, 2015 - 320 páginas:
      Bea foi diagnosticada com transtorno obsessivo-compulsivo. De uns tempos pra cá, desenvolveu algumas manias que podem se tornar bem graves quando se trata de garotos! Ela jura que está melhorando, que está tudo sob controle. Até começar a se apaixonar por Beck, um menino que também tem TOC. Enquanto ele lava as mãos oito vezes depois de beijá-la, ela persegue outro cara nos intervalos dos encontros. Mas eles sabem que são a única esperança um do outro. Afinal, se existem tantos casais complicados por aí, por que as coisas não dariam certo para um casal obsessivo-compulsivo? No fundo, esta é só mais uma história de amor e TOC. 

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Talvez fosse mais correto chamar o livro de “Uma história de TOC e amor” porque o foco central é o Transtorno Obsessivo Compulsivo e o romance entre dois jovens com TOC é apenas mais um tema abordado pela autora.

Impossível não lembrar de “A culpa é das estrelas” pelo fato de grande parte da trama se passar em meio à terapia de grupo mas as coincidências terminam por aí.

A história é narrada por Bea, de 16 anos, que depois de casos de ansiedade foi diagnosticada como portadora de TOC e sua terapeuta recomenda a terapia em grupo. Nesse grupo, formado por jovens, ela reencontra Beck, um garoto bonito que ela já tinha encontrado em uma festa da escola.

A aproximação entre os dois é inevitável, mas eles têm que lidar com situações incômodas, como o fato do menino lavar as mãos oito vezes seguidas e ser viciado em exercícios físicos, o que torna os encontros um tanto tensos.

Por sua vez, Bea tem problemas em dirigir e volta inúmeras vezes ao mesmo lugar, para averiguar se não atropelou ninguém. Só que as coisas começam a ficar mais complicadas quando ela começa a seguir um casal e acha que algo de muito ruim pode acontecer (com ela, com eles, com o mundo!) se ela não verificar constantemente se eles estão bem.

Em certos momentos a leitura fica angustiante porque sentimos a agonia de Bea em saber que está exagerando mas por outro lado, não conseguindo evitar a compulsão de fazer determinadas coisas.

Apesar de não ter origem física, o TOC acaba tendo reflexos físicos, como a automutilação, em maior ou menor grau e todos do grupo sentem isso.

É uma boa história que se fixa principalmente na terapia de grupo, nos momentos em que Bea está com Lisha, a melhor amiga e na narração dos momentos de compulsão, propriamente ditos.

Não tem qualquer traço de humor na história mas também não é nada muito dramático. Angustiante seria uma boa palavra para descrever o livro porque vemos a luta dos personagens para superar suas compulsões.

É uma leitura rápida e recomendo para aqueles que gostam do estilo, mas sem esperar grandes reviravoltas ou um foco mais intenso no romance.

Cortesia da Editora Record

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5.5.15

Garota Online [Zoe Sugg]

Zoe Sugg
Ed. Verus, 2015 - 308 páginas:
      Com o nickname 'Garota Online', Penny escreve um blog no qual desabafa seus sentimentos mais íntimos sobre amizade, meninos, os dramas do colégio, sua família maluca e os ataques de pânico que começaram a dominar sua vida. Quando as coisas vão de mal a pior, sua família a leva para Nova York, onde ela conhece Noah, um garoto lindo que toca guitarra, e com quem ela parece ter muito em comum. De repente, ela percebe que está se apaixonando - e escreve sobre cada momento dessa história em seu blog, de maneira anônima. Só que Noah também tem um segredo, que ameaça arruinar o disfarce de Penny para sempre.

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A autora de “Garota Online”, Zoe Sugg é uma blogueira (e vlogueira) do Reino Unido. Confesso que ainda não tinha ouvido falar sobre ela, mas pesquisando um pouco percebi que ela é bem conhecida no meio. Inclusive, acho que está se tornando uma tendência o fato de blogueiros estarem se aventurando no mundo literário e espero que surjam bons nomes nessa área.

Quanto ao livro, temos uma boa história, embora simples quanto ao enredo e à construção dos personagens, mas mesmo assim gostei muito de ler.

Penny é uma adolescente comum, desajeitada, cuja melhor amiga é a garota mais popular da escola. Por achar difícil mostrar-se como realmente é para todo mundo, ela acaba criando um blog, o Garota Online, que funciona como uma espécie de diário virtual, onde, de forma anônima, ela fala sobre tudo e onde se sente livre para ser ela mesma. Para sua surpresa, acaba ganhando muitos seguidores e simpatizantes, que se identificam com suas postagens.

O livro, narrado em primeira pessoa, se alterna entre a narração de Penny e as postagens do blog, o que dá um diferencial à história. Apesar de se achar carregando o peso do mundo nas costas (como a maioria dos adolescentes), Penny não é dramática e sua vida é bem equilibrada, com pais presentes, um irmão querido e um melhor amigo todo estiloso.

As coisas começam a ficar mais interessantes quando Penny vai aos Estados Unidos com a família e conhece Noah, um garoto misterioso por quem ela acaba se apaixonando.

É, sim, uma história cheia de clichês, mas toca em pontos interessantes como a síndrome do pânico e o que achei mais relevante, fala sobre a responsabilidade que todos devemos ter ao postar algo na internet, mesmo que seja um simples comentário. Tanto no mundo real quanto no virtual, devemos ter cuidado com que falamos/escrevemos e levar em consideração que existe uma pessoa de verdade do outro lado.

Quando eu era adolescente, se quisesse me manifestar a respeito de algo que eu não concordava em qualquer veículo de comunicação, eu precisava escrever uma carta, enviar pelo correio e na maioria das vezes nem ficava sabendo se alguém havia lido a minha opinião. Hoje, tanto as notícias quanto os comentários são em tempo real, com todo mundo querendo dar seu ponto de vista sobre tudo. Até aí, tudo bem, mas não podemos perder a medida do bom senso com ataques gratuitos e ofensas. E tenho visto tanto disso por aí ... é imprescindível que saibamos fazer bom uso dessas ferramentas de comunicação que temos ao nosso dispor.

E, ao tratar desse assunto, o livro me ganhou! Como eu disse, é uma história simples, que não vem com a pretensão de mudar vidas, mas principalmente para os mais jovens, acho que a leitura é muito válida e com certeza vai agradar, até porque fala sobre esse mundo virtual, onde acabamos inseridos de uma forma ou de outra.

Cortesia da Editora Record

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8.1.15

O Bicho-da-Seda, Vol. 02 - Série Cormoran Strike [Robert Galbraith]

O-Bicho-da-Seda-Robert-Galbraith
Ed. Rocco, 2014 - 464 páginas:
      Dessa vez, o veterano de guerra terá que solucionar o brutal assassinato de um escritor. Quando o romancista Owen Quine desaparece, sua esposa procura o detetive particular Cormoran Strike. Incialmente, ela pensa apenas que o marido se afastou por alguns dias como fez antes e quer que Strike o encontre e o leve para casa. Mas, à medida que investiga, fica claro para Strike que há mais no sumiço de Quine do que percebe a esposa. O escrito acabara de concluir um livro retratando maldosamente quase todos que conhece. Se o romance fosse publicado, a vida deles estaria arruinada - assim, muita gente pode querer silenciá-lo. E quanto Quine é encontrado brutalmente assassinado em circunstâncias estranhas, torna-se uma corrida contra o tempo entender a motivação de um assassino impiedoso, diferente de qualquer outro que Strike tenha encontrado na vida.  

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Mais um caso para o detetive Cormoran Strike, que depois de desvendar o mistério que envolvia a morte de Lula Landry (“O Chamado do Cuco”) passou a ser mais conhecido e com isso vieram mais clientes em busca dos seus serviços. Agora, Cormoran foi procurado por Leonora Quine, relatando o desaparecimento do marido, o escritor Owen Quine.

Seguindo sua intuição, Strike aceita o caso e mergulha no intrincado mundo editorial de Londres, conhecendo escritores, editores e agentes literários, cada qual com suas motivações. O autor nos mostra as disputas pelos melhores escritores, a falta de escrúpulos em alguns casos e até a luta dos aspirantes a escritores para conseguir um lugar nessa área tão concorrida.

Nesse livro, a assistente Robin segue com seu sonho de se tornar também detetive e assim poder participar mais ativamente da solução dos casos. Se comparado ao livro anterior, notei mais agilidade no enredo, que apesar de continuar bem detalhista e descritivo, tem mais ação e o ritmo é mais acelerado.

Na mesma linha da história investigativa do livro anterior, O Bicho-da-Seda nos faz acompanhar os detalhes do caso junto com Strike e confesso que não consegui chegar ao culpado antes do final do livro. Tudo foi muito bem engendrado e conduzido de tal forma que queremos ler rápido para chegar à conclusão.

Cormoran Strike continua quase como um anti-herói, mas é extremamente perspicaz e não há como não criar uma empatia com ele e seu jeito diferente.

Diálogos bem elaborados, descrições de locais em Londres tão específicos que temos a impressão de estar pessoalmente em cada um deles e tudo isso aliado a um enredo instigante, faz com que O Bicho-da-Seda agrade em cheio aos leitores que gostam do estilo policial e investigativo.

Outra vez J. K. Rowlling, escrevendo sob o pseudônimo de Robert Galbraith, nos oferece uma história interessante, escrita com elegância e que faz valer a pena cada página lida, acompanhando as investigações de Cormoran Strike e seu estilo peculiar.

Cortesia da Editora Rocco

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3.11.14

Ladrões de Sonhos, Vol. 02 - A Saga dos Corvos [Maggie Stiefvater]

Ladrões-de-Sonhos-A-Saga-dos-Corvos
Ed. Verus, 2014 - 431 páginas:
      Ao lado de Blue, os garotos corvos — o privilegiado Gansey, o torturado Adam, o espectral Noah e o sombrio e perigoso Ronan — continuam sua busca pelo lendário rei galês Glendower. Mas suas explorações enfrentam um duro contratempo conforme segredos, sonhos e pesadelos começam a enfraquecer a linha ley — um canal invisível de energia que conecta lugares sagrados e que pode levá-los até o rei. Será por isso que a floresta mística de Cabeswater sumiu inexplicavelmente? Quem é o misterioso Homem Cinzento e por que ele está procurando o Greywaren, uma relíquia que permite tirar objetos de sonhos? E o que isso tem a ver com o indecifrável Ronan? Conforme Blue e os garotos corvos procuram respostas a essas e outras questões, o perigo que os envolve se torna cada vez mais real, e será preciso apostar todas as fichas nessa aventura enigmática. 

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Esse é o segundo livro da chamada “Saga dos corvos”, que se iniciou com o livro “Os Garotos Corvos”. Apesar do título, a história não tem nenhum metamorfo ou algo parecido. Os garotos, protagonistas da história, são chamados assim por estudarem na Escola Aglionby, cujo uniforme tem a figura de um corvo.

Quatro estudantes, Gansey, Ronan, Adam e Noah, apesar de aparentemente terem pouca coisa em comum, se juntam em torno de um objetivo: encontrar o lugar onde supostamente estaria enterrado um rei galês chamado Glendower e que, segundo a lenda, se encontrado, realizaria qualquer desejo daquele que o encontrou.

A essa turma de meninos, se junta de forma inusitada uma garota chamada Blue, que mora com a mãe em uma casa repleta de mulheres onde todas são médiuns, cada uma com seu estilo. Blue não foi agraciada com o dom da mediunidade, mas atua como uma catalisadora, aumentando a “visão” das outras médiuns. Além disso, desde que nasceu sempre fizeram a mesma profecia para ela: se Blue beijar seu verdadeiro amor, ele morrerá.

Todo ano, na véspera do dia de São Marcos, as médiuns têm visões sobre quais pessoas vão morrer nos próximos doze meses e dessa vez, Blue vê um menino com o uniforme da Aglionby e não se conforma com esse destino para alguém tão jovem. Ela acaba encontrando o garoto, Gansey e torna-se amiga da turma, ajudando na busca pelo tal rei galês.

Se no primeiro livro somos apresentados a todos os personagens e conhecemos Gansey mais de perto, em Ladrões de Sonhos o foco é Ronan e uma capacidade extraordinária, que ele descobre ter herdado do pai. Além dele, novos e misteriosos personagens são acrescentados ao enredo.

Apesar de ser uma história na qual os personagens principais são adolescentes, muitas vezes me peguei lendo como se se tratassem de adultos, tal a forma como a autora conduz os sentimentos de cada um. Há muita maturidade, muito sofrimento e muita reflexão, mesmo em pessoas tão jovens.

O texto é muito bem escrito, com um vocabulário bem rico. Quem leu “Os lobos de Mercy Falls”, da mesma autora, sabe que em muitos momentos o enredo é bastante introspectivo.

A história em si é muito interessante, a fantasia é bem dosada e há um pequenino vislumbre de romance, que pode acontecer ou não. O clima é sombrio e misterioso e nada é entregue ao leitor de uma só vez: vamos descobrindo as coisas pouco a pouco, junto com os personagens.

Para quem gosta de fantasia, mas com um lado emocional mais elaborado, personagens profundos e bem desenvolvidos e uma narrativa bastante rica, a saga dos Garotos Corvos não deixa nada a desejar, exceto que o lançamento dos demais volumes não demore a acontecer.


Cortesia da Editora Record

Paranaense, administradora financeira e mãe. Não consigo imaginar minha vida sem os livros e leio por puro prazer, vivendo histórias e conhecendo novos lugares e pessoas a cada página aberta.

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