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15.6.20

O Lado Bom do Lado Ruim [Daniel Martins de Barros]


Olá pessoa! Para que não me conhece, começo dizendo que sou ouvinte de rádio de notícias. Faz alguns anos que descobri esse meio para me manter atualizada, enquanto faço outras atividades. Um colunista que conheci e passei admirar ao longo desses anos, foi o médico Daniel de Barros. Assim, ao saber do lançamento desse livro a vontade de ler ficou ainda maior.

Título: O Lado Bom do Lado Ruim
Autor: Daniel Martins de Barros
Editora: Sextante
Gênero: Motivacional
Páginas: 165
Edição:
Ano: 2020
Onde comprar: Amazon

Devo confessar que o princípio do livro foi o fator decisivo para leitura. Que toda emoção existe por uma razão, sendo essa agradável ou não, e que mesmo as emoções negativas têm papel fundamental em nossas vidas. E o que achei mais interessante, são frutos do nosso desenvolvimento como seres humanos racionais, então nosso corpo responde a esse aprendizado evolutivo milenar e que aprender a entender essa resposta pode ser a chave para ser uma pessoa melhor e mais feliz.

O livro tem uma narrativa muito gostosa. Longe de um tom professoral ou acadêmico o autor nos dá a sensação de dividir conosco a sala de estar de nosso lar, e travar uma conversa (ainda que unilateral) com quem lê. Algumas reações minhas foram de responder a algo em voz alta durante a leitura, ou começar o diálogo com alguém da minha casa sobre algo.

E aviso que diferente de um livro de autoajuda, esse é um livro de conhecimento, sendo assim um convite para o aprendizado. Por exemplo: aprendi sobre a expressão japonesa tsundoku – que significa: comprar livros e deixá-los empilhados junto de outros livros comprados e não lidos – provavelmente você como eu acabou de dizer, culpada(o) quando leu isso, rs. Então, não faça pré-julgamento ao conteúdo sem ler. Outro elogio é o fato do autor não jogar o conteúdo, além de explicar a base que usou para o mesmo, ainda leva em conta a inteligência do leitor.

“Ficamos frequentemente à mercê das ondas, sendo jogados pra lá e pra cá, com dificuldade para dizer exatamente o que estamos sentido. E, perdidos, ficamos confusos, sem saber como seguir em frente. ”

Mais um ponto delicioso desse livro foram as situações e referências a autores ou personagens que amo. Desde usar o Sheldon Cooper e Spock como exemplos, a citar Douglas Adams ou CS Lewis para exemplificar buscas pelo conhecimento das emoções além dos já conhecidos filósofos clássicos que por vezes mesmo sem termos os lidos, sabemos quem são, como Descartes.

O ponto de partida é a identificação das emoções primárias, aquelas que antes mesmo de nos darmos conta do que sentimentos acontecem de forma mais automática. Aquelas que independem de fatores culturais ou necessidade de serem aprendidas. Essas são os pontos de referências que ajudam a sair do caos para quem não consegue lidar com tudo que está sentido.

E a medida que vamos lemos somos levados a constatar que as emoções negativas são predominantes no grupo das emoções tidas como básicas, independente do estudo. E esse livro tem como convite principal, aprender a lidar com essa infeliz predominância. Eu entendi durante a leitura, que foi mais que um convite a ver o “copo meio cheio” e sim a ter a clareza para lidar com qualquer que seja a quantidade de água dentro do copo.

“Quando percebemos que as emoções negativas têm um papel fundamental em nossa vida (não é à toa que são maioria), passamos a compreende-las melhor, a interpretar seus sinais, a ouvir suas mensagens. E fazer isso é a melhor forma de encara-las.”

A mensagem de que todas as emoções existem por algum motivo, ter consciência desses motivos não só nos ajuda a ver a emoções não como intrusas, mas como mensageiras, que na realidade ao serem compreendidas nos ajudarão a tomar decisões mais racionais e assertivas e nos poupar de sofrimentos desnecessários. E assim a cada capítulo é um convite a sair da zona de conforto da alegria e fazer um caminho completo por todos os sentimentos mais básicos e ver assim que mesmo o lado bom tem um lado ruim, e que talvez ao fim do livro vejamos que o oposto também se aplica.

“Elas (as emoções negativas) podem ser muito uteis, mas não deixam de ser desagradáveis.”

Fica o alerta que não existe no livro em momento algum uma tentativa de que alguém sempre triste seja algo bom, aprender a “ouvi-las” não quer dizer quere-las por perto. O aprendizado que vai permitir ao leitor identificar os sinais de alerta, aprender as dicas para perceber quando determinada emoção esta saído do controle e levando a pessoa em direção ao adoecimento. Causado pela sinalização descontrolada de uma ou mais das emoções negativas.

Agora, talvez, ao terminar essa resenha você perceba que não fiz um breve resumo do que é tratado no livro. Mas espero de todo coração que tenha despertado seu desejo e curiosidade em ler essa história que não é um manual de respostas e sim um grande portal para novas perguntas, que tem em suas próprias essências a resposta.

Sobre a edição. O livro físico está impecável quanto a diagramação e revisão. Em determinados momentos existe o uso de imagens, que são muito importantes para o entendimento do conteúdo e exercício proposto. Em folhas amarelas e fonte agradável a leitura e notas de referências.

25 comentários em "O Lado Bom do Lado Ruim [Daniel Martins de Barros]"

  1. Já tinha visto um vídeo no Youtube eu acho, com o doutor. Por isso, precisei dar uma explorada na memória para me lembrar de onde já tinha visto o nome. rs
    Não conhecia o livro,mas adorei tudo que li acima, ainda mais por não ser um livro considerado como auto ajuda(gênero que não sou muito fã),mas sim como que pequenos ensinamentos, colocados, explicados e sim, que precisam ser sentidos.
    Com certeza, nesse tempo sombrio que estamos vivendo, ler um livro assim, deve aquecer o coração e já quero muito!
    Listinha de desejados!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  2. Olá Elisabeth!
    Provavelmente o melhor aspecto do livro é a forma com a qual Martins dialoga com o leitor. Apesar de abordar as emoções de uma forma bem aprofundada, tudo é feito de uma maneira que nos permita a construção de um raciocínio fácil de interpretar, ainda mais com essas referências bastante populares que são inseridas no texto.
    Além disso, o livro conta com as próprias contribuições do leitor para abordar a identificação dos tipos de emoções e como essas tendem a se manifestar. Dessa forma, temos uma leitura que beira mais a prosa e se distancia bastante da auto-ajuda (que como mencionado na resenha não é a categoria na qual o livro está inserido).
    Beijos.

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  3. Gostei da proposta do livro, também curto muito quando há interação com o leitor, isso permite mais intmidade. Mesmo, sendo de um gênero que pouco leio, espero demais tirar minhas proprias conclusões sobre a obra.

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  4. Concordo que todas as emoções são importantes e fazem parte de nós. Já quero conhecer e sair da minha zona de conforto, pois parece ser uma leitura boa. Descarte estou aprendendo agora com as aulas kkkk e já amei o pensamento dele. Também sou dessas pessoas que falam alto quando estamos lendo, ou quando o autor ou até mesmo os personagens fazem perguntas eu respondo em alto e bom som kkkkk amo quando isso acontece.

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  5. Oi Elizabeth,
    Enquanto lia a resenha, me veio à cabeça o filme Divertidamente.
    Todas as emoções são importantes, elas apesar de serem taxadas de ruins, influenciam nosso comportamento.
    Já li Pílulas do Bem Estar e foi uma excelente leitura.

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  6. Elisabete!
    Um livro que nos auxilia a descobrir e melhorar vários pontos psicológicos que nos abatem no dia a dia, mesmo que não seja um livro de auto conhecimente ou auto ajuda, é uma daquelas leituras que terminamos com um sorriso nos olhos.
    cheirinhos
    Rudy

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  7. Só de ler o título e a frase da capa já da pra perceber que é um livro interessante. Que legal você ouvir rádio! Tentei me adaptar aos podcasts, não deu muito certo, mas não posso dizer que insisti o suficiente. Irei tentar novamente, o máximo que ouço de rádio é enquanto estou no carro, de manhã notícias e voltando do trabalho sobre futebol, pois ouço com meu pai e até que gosto. Não conhecia esse médico. Também não conhecia a expressão e sou culpada sim, infelizmente haha. Parece ser um livro bem gostoso de ler e completo, com certeza eu adoraria, pensei em presentear meu pai e pegar o livro emprestado, pois ele tem um monte desses. Tenho muito interesse por livros desse tipo, apesar de não ser o gênero que escolho para ler com frequência. Adorei os quotes, inclusive, pareceu sim que você fez um resumo do que o livro fala, apesar de não ter lido ainda, a resenha pareceu bem explicativa.

    Beijos,
    Amanda Almeida

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  8. Olá, Elisabete

    Eu, esses dias, estou procurando muitos livros para aumentar meu conhecimento.
    Então fiquei bem empolgada para ler esse ai.
    Acho que a gente tende a renegar os sentimentos ruins, e não tentar descobrir de onde eles aparecem.
    Acredita que nunca fui de ouvir rádio? Mas confesso que estou me rendendo aos podcasts.

    Beijos

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  9. Olá! Olha que eu costumo usar um ditado parecido com o título do livro no meu dia-a-dia, “olhar o copo sempre meio cheio” para que possamos tirar algo positivo de qualquer situação (por mais negativa que ela pareça naquele momento), por isso tenho certeza que vou curtir bastante essa leitura.

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  10. ola sou do tempo que ouvia radio hoje já não ouço mais tanto ,mas gosto Esse livro
    parece um bate papo bem gostoso ,levando -nos a conhecer mais a nós mesmos e situaçoes que nos cercam .
    nós aprendemos diaramente ,sempre tem uma liçao ,um aprendizado que podemos tirar diante das coisas que acontecem na vida seja coisa negatica ou positiva .
    gostei da parte que fala sobre pessoas que compram livros e deixam pilhados perto de outros livros culpados ,sou assim e não entendo o porque
    se tiver oportunidade leio sim

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  11. Olá! Eu não costumo ler muitos livros do gênero, mas confesso que O lado bom do lado ruim me atiçou. Faz um tempo que venho convencendo meu cérebro a ler mais livros de não ficção e esse com certeza entrou pra lista. Adorei sua resenha e de como o autor trata muitas das coisas na narrativa com embasamento, além de ótimas referências e expressões.

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  12. Olá Elisabete!
    Olha, o título desse livro me chamou bastante a atenção pois não costumo ser uma pessoa positiva na maioria das vezes. Acho muito importante a gente saber lidar com as emoções negativas e gostei do autor ser sincero e admitir que elas são desagradáveis mesmo. Se tem uma coisa que gosto bastante é quando o livro dialoga com a gente pois nos deixa mais próximo do texto e podemos compreendê-lo melhor. Preciso urgentemente enxergar o copo meio cheio rsrs.
    Beijos

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  13. Oiii ❤ A proposta que o autor traz no livro é ótima, gostei que não se trata de um livro de auto-ajuda e que é como se o autor estivesse conversando com o leitor durante a leitura, gosto bastante de livros que dão essa sensação.
    É interessante que o autor fala sobre as emoções negativas e mostra como perceber se a emoção está saindo do controle.
    Parece uma ótima leitura, gostaria de ler essa obra.
    Beijos

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  14. Sim, você conseguiu despertar meu interesse.
    Eu não sou fã de autoajuda, mas me chamou atenção o tom intimista da narrativa e o fato de focar no autoconhecimento.
    Eu gostei da proposta.
    Parece ser uma leitura com muito a ensinar.

    Beijos

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  15. Oi, Elizabeth
    Faz um tempinho que não leio livros de auto ajuda, mas esse já me cativou pela capa.
    Gostei da forma que o autor escreveu como se estivesse batendo um papo com o leitor.
    Quero muito poder ler, beijos.

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  16. Oi, Elisabete!
    Sim, eu sou culpada por comprar livros e deixá-los empilhados junto de outros livros comprados e não lidos rsrsrs...
    Em relação a O Lado Bom do Lado Ruim, não o conhecia mas já estou adicionando na minha lista de leitura, apesar de não fazer o meu gênero de leitura achei interessante a forma como o autor conduz a narrativa, interagindo e dialogando com o leitor.
    Valeu pela dica! Abraços.

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  17. Parece ser um òtimo livro e ja ouvi falar do autor, porém é um gênero que não leio com frequência, meu estilo são os romances, dificilmente leio outro gênero, o que pode mudar futuramente.

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  18. Oi Elisabete,
    Quando vejo a recomendação de um livro de auto ajuda, já fico com um pé atrás, pois é um gênero que não leio. Mas nos últimos anos tenho visto lançamentos de obra do gênero que trazem conteúdos que acho interessantes e prometem uma narrativa mais “descontraída”. O Lado Bom do Lado Ruim me parece ter bem essa proposta. Trabalhar com as emoções sempre pode ser um desafio, tanto para quem precisa aprender a lidar com elas tanto para aquele que ensina. Acho que por isso o livro já chama atenção, pois trata de um tema que faz parte do ser humano por natureza e muitos levam uma vida inteira tentando compreende-lo. O autor aqui tem um propósito bem claro e gostei como você descreve a narrativa do livro, algo leve mas que traz reflexão e aprendizado. As referências que Daniel de Barros usa na obra são uma ótima forma de se aproximar dos leitores e fazer com que a leitura seja agradável. Acho que é uma boa recomendação do gênero e se em algum momento eu estiver atrás de algo diferente para ler, O Lado Bom do Lado Ruim seria uma ótima opção.

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  19. Olá! ♡ Ainda não conhecia esse livro, nem o autor, mas depois de ler essa resenha, estou morrendo de vontade de fazer essa leitura!
    Achei muito interessante a proposta do livro, ao abordar a predominância das emoções negativas e nos mostrar como lidar com elas e a perceber quando estão saindo de controle, um tema muito necessário, de fato.
    Obrigada pela indicação, é o tipo de leitura que estou precisando no momento.
    Beijos! ♡

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  20. Apesar de não ler muito esse tipo de livro, me interessei muito ao ler sua resenha. Preciso ler mais livros que passam certo aprendizado, estou precisando disso nesse momento. Amei saber que trazem algumas referências, gosto muito do CS Lewis, espero poder ler em breve!!

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  21. Não sabia que existia esse gênero literário. Pelo nome, pensei que era auto ajuda.
    Achei a capa bem fofa e a permissa bem interessante, tendo em vista que traz informações que os leitores irão, talvez, levar para a vida. 📚
    Gostei bastante da foto e do post, depois vou pesquisar mais sobre a obra. 📚

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  22. Hahaha que eu sempre vou lembrar dessa palavra (tsundoku) quando for comprar livros! Eu gostei bastante da proposta do livro e já me identifiquei com algumas passagens, nos tempos atuais é necessário muita sabedoria para lidar com o lado bom do lado ruim.

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  23. Oi, Elisabete
    Não conhecia o livro, mas achei ele superdiferente e inteligente!
    Um livro que com certeza nos faz pensar, aprender e refletir.
    Em tempos difíceis como o atual, estamos precisando mesmo.
    Vou ler!
    Bjs

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  24. Recentemente tentei fazer a leitura de alguns livros de não-ficção, e o resultado foi sempre o mesmo: não estava conseguindo dar continuidade na leitura, até que chegou um momento que tive que abandonar as leitura. Então não acho que essa leitura funcionaria comigo, pelo menos não nesse momento, mesmo com o enredo parecendo ser super interessante.

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  25. Não sou muito fã de livros de auto ajuda então sempre corro desse tipo de leitura. Sempre que tento começar eu acabo desistindo. Mas valeu a sugestão

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