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24.8.20

Terror a Bordo [Stephen King e Bev Vincent]

Stephen King e Bev Vincent

Estatísticas de voo

Não me apego a estatísticas. Podem me chamar de temente, incrédulo e cético, não tem problema. Sou alguém que tem "medo" e ponto final. Claustrofobia e acrofobia fazem parte de meu dia-a-dia. Não em doses cavalares que me deixem em pânico, mas se houver escolha não entro em lugares apertados e fechados, não chego perto de janelas em prédios muito altos, tenho horror a roda gigante, montanha russa então, para mim, é coisa demoníaca.

Sei que o medo é importante, deixa-nos alerta para situações perigosas, é condição sine qua non para a sobrevivência. Quem diz não sentir medo coloca tudo a perder e digamos que tenha um pezinho na mitomania. Então faço parte daqueles que afirmam categoricamente que sentem "medo".

Isso posto, entremos de corpo inteiro em Terror a bordo (Suma, 288 páginas), livro editado por Bev Vincent e o mestre Stephen King (alguém que além de medroso de carteirinha sabe como nos meter medo também), que nos convida a belos passeios em que o recheio principal é, pasmem, o "medo". Confesso que nunca entrei dentro de um avião e penso que seria como entrar dentro de uma lata estupidamente pesada que alçará voo a alturas estratosféricas unindo meus dois medos em um só. Mas há quem diga (estudiosos e estatísticos) que o avião é o meio de transporte mais seguro que existe.

Terror a Bordo
Título: Terror a Bordo
Autor: Stephen King e Bev Vincen
Tradutor: Regiane Winarski
Editora: Suma
Gênero: Horror | Ficção
Páginas: 288
Edição:
Ano: 2020
Onde comprar: Amazon

O homem é um animal eminentemente terrestre, portanto temos os pés arraigados ao chão. Utilizando-me de um pouco de silogismo: se sou homem e o homem é animal terrestre devo ficar preso ao chão e isso não se discute. Caso contrário podemos embarcar na Aerofobia, isso mesmo, medo de voar. Assim como outras fobias, acarretam sintomas tais como falta de ar, tontura, enjoo, sudorese, aperto no peito, entre outras. Quero distância disso, já tenho transtornos de ansiedade para esta e para vida seguinte.

Apesar desse discurso de "medo", mais uma vez me entrego a um livro de King, impossível para um fã-colecionador deixar algo dele sem leitura. Não sou muito entusiasta dos contos de King e neste livro há um conto dele e também do filho Joe Hill. Toda coletânea, salvo raras exceções, tem qualidade heterogênea, esta não é diferente. Se o conto for bom ele me abraça e se for quente me carrega com ele até o fim, caso contrário fica um gosto estranho na boca. Não vou me ater a todos os 17 contos, mas vou pincelar aqueles que mais me deixaram atormentado.

"A carga" é um conto de E.Michael Lewis, em que entre a tripulação há passageiros vivos e outros nem tanto. É construído em cima do fato real do massacre de Jonestown, em que o líder Jim Jones obrigou todos os seus seguidores a tomarem cianureto, adultos e crianças.

“— Sargento Davis! Mudança de planos! — gritou ele por cima do barulho da empilhadeira.
Ele me entregou outra lista.
— Mais passageiros?
— Novos passageiros. A equipe médica vai ficar.
Ele disse alguma coisa ininteligível sobre a missão ter mudado.
— Quem são essas pessoas?
Mais uma vez, tive dificuldades de ouvir. Ou talvez eu tenha ouvido direito e, com o estômago embrulhado, quis que ele repetisse. Eu queria te ouvido errado.
— Registro de óbitos — gritou ele.”

Um dos passageiros começa a ouvir o som de crianças e o som vem dos caixões transportados. É um belo conto para se abrir uma coletânea. Estaria louco o passageiro? E se mais alguém começar a ouvir o som de crianças brincando? E como seria viajar com passageiros mortos, crianças que talvez não saibam que estão em outro plano?

O conto "Lúcifer!" de E.C.Tubb é o conto que mais mexeu comigo, a ponto de eu sair em busca de mais informação e escritos deste autor (nem sempre os autores mais consagrados são os que mais nos agradam em uma coletânea).

“Tente prender a respiração por esse tempo. Tente deixar a mão sobre o fogão quente por metade desse tempo. Em um minuto, dá para andar cem metros, correr quatrocentos, cair três vezes. Dá para conceber, morrer, se casar. Cinquenta e sete segundos é tempo suficiente para muita coisa.”

O que você faria se soubesse estar próximo do fim e tivesse o poder de alterá-lo? Seria como na música "O último dia" do talentoso Paulinho Moska? Seria um desbunde? Enterneceria seu coração? E se você fosse obrigado a repetir este círculo interminável (57 segundos) de quase morte dentro de um avião, voltando ao instante final sempre e sempre para não morrer de fato?

Em "A quinta categoria" o autor Tom Bissell trata ficcionalmente uma mancha grave do Exército americano – as torturas infligidas em prisioneiros de guerra de Abu Ghraib.

“John entendia que seus argumentos eram controversos e, às vezes, até repulsivos, mas eram legais, não julgamentos morais. John não elaborou políticas nem planejou que formas o "interrogatório aprimorado" tomava. Só mediu a legalidade em relação a estatutos relevantes. Seus memorandos abordavam dezoito métodos e eram divididos em três categorias. A primeira categoria era limitada a duas técnicas: gritos e subterfúgios. A segunda categoria envolvia doze: posições de estresse, isolamento, ficar de pé à força por até quatro horas, exploração de fobias, documentos falsos, retirada de locais padrões de interrogatório, interrogatórios de vinte e quatro horas de duração, variação alimentar, retirada de roupas, banhos forçados, privação de luz e música alta. A terceira categoria, para ser usada só nos casos mais severos, se dividia em quatro técnicas: contato físico leve, cenários que ameaçavam o interrogado ou alguém de sua família de morte, exposição extrema aos elementos da natureza e afogamento simulado. Havia também uma quarta categoria, sobre a qual, felizmente, nunca lhe pediram para escrever. A quarta categoria era a mais solitária. Sua única técnica: extradição extraordinária.”

John, um burocrata do governo, criou o protocolo acima contendo 4 categorias que justificariam a barbárie da tortura. Ao retornar em um voo em que fizera uma palestra, após uma soneca, descobre que a passageira que estava a seu lado sumiu e após uma análise mais detalhada que todos os passageiros sumiram em pleno voo. O feitiço parece virar contra o feiticeiro e ele está prestes a conhecer uma categoria superior às quatro que ele mesmo criou.

Em "Vocês estão liberados" de Joe Hill, há parágrafos de escrita poética que nos tira um sorriso dos lábios e a certeza de que o futuro do terror está em boas mãos.

“No solo, a aluna de linguística evolucionário do MIT bota sua fé no que pode ser provado, registrado, aprendido e estudado. Mas agora, ela está no ar e se sente mais receptiva. O 777 — todas as trezentas toneladas — segue pelo céu, carregado por forças imensas e invisíveis. Nada carrega tudo nas costas. É igual com os mortos e os vivos, o passado e o presente. O agora é uma asa e a história está por baixo, sustentando-a...”

Em uma viagem corriqueira diferentes visões e temperamentos se digladiam em pleno voo após sofrerem uma turbulência e observarem caças passarem por eles indicando o holocausto. E a frase que não me saia da cabeça era "Nada carrega tudo nas costas" e isso me remeteu ao avião cheio de passageiros, mas também ao acaso, como se nosso destino fosse regido pelo acaso — o nada rege tudo. Não há como controlar nosso destino.

No conto "Eles não vão envelhecer" o autor Roald Dahl (ele mesmo, de "A fantástica fábrica de chocolate") traz a poesia e a fatalidade de se morrer jovem.

“(...)Por um momento, sua aeronave seguiu em frente, reta e plana, e delicadamente, como uma águia moribunda, baixou uma asa de mergulhou para o mar. Fiquei olhando seu progresso; vi a trilha fina de fumaça preta que deixou no céu e, enquanto olhava, a voz de Fin soou novamente no rádio, clara e lenta.
— Sou um filho da mãe sortudo — disse ele. —Um filho da mãe muito sortudo.”

Todos os pilotos sabiam que Fin havia morrido porque ele não voltará à base em 2 dias e não haveria combustível suficiente para ele ficar tanto tempo no ar. Fin fora abatido. Mas para a surpresa de todos ele volta com uma história desconexa e fantástica: a morte é bela.

Há que se fazer menção honrosa ao conto "A máquina voadora" de genial Ray Bradbury que, assim como em Frankenstein, alegoricamente nos questiona: somos responsáveis pelo que criamos? E há como descriar caso der problema?

Enfim, é um livro cheio de questionamentos e que nos testa a todo momento, colocando-nos no lugar de passageiros indefesos diante da queda e do imponderável. E na voz de um personagem do próprio King:

“Tudo ficaria bem. Sempre ficava bem.
Mas, em momentos como aquele, esperando a merda acontecer, esse pensamento não tinha poder. O que era, obviamente, o que o tornava bom no trabalho.
Trinta e quatro mil pés. Um longo caminho até o chão.”

Um longo caminho até o chão... isso me remete a uma conversa entre minha tia e uma amiga que tentava fazer com que ela se acalmasse antes de um voo. A amiga dizia: "Não tenha medo, além de muito seguro você vai chegar rapidinho. Ninguém passa para o outro lado antes da hora. Cada um tem seu dia." E minha tia, no alto de sua sabedoria: " Mas e se for o dia do piloto?"

Eu tenho "medo"!

18 comentários em "Terror a Bordo [Stephen King e Bev Vincent]"

  1. Olha rs Humanos foram feitos para o chão, onde assina??
    Eu afirmo que nunca subirei em sã consciência em um avião, mesmo falando que também não faria isso num barco e tá, fui numa espécie de balsa e sobrevivi.
    Mas aviões me dão medo e como sou do interior, quando vi um bichinho desses de perto, olhando ali admirada aquele tamanho todo, aí que disse que nunca mesmo subiria naquilo.
    Brincadeiras à parte, eu namoro esse livro há um tempo, não por ser de contos, mas por trazer King rs e eu amar o autor. O livro não foi muito bem recebido pelos fãs não, já li algumas resenhas bem negativas, sobre a falta de medo, do pânico e tudo mais, mas mesmo assim, quero muito ter esse livro em mãos!!!
    E oh,fiquemos no chão!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  2. Oi Rodolfo, que angustiante esses teus temores. Não tenho medo disso n]ao, mas vejo e entendo claramente quem tem, afinal ninguém criou asas ainda né, cair dali é um passo pra morte certeira. Eu tenho aracnofobia, só de imaginar já me dá uma agonia enormee!
    O sonho da minha mãe é viajar num avião. Nunca parei pra pensar nisso, mas sei que vou fazer em algum momento, já que tenho vontade de fazer cursos fora do Brasil ou até uma voagem de férias mesmo. Mas imagino que pra você seja a visão do inferno, né?!
    Realmente, o King faz a gente pensar que perderemos alguma coisa se não ler seus livros.Confesso que fiquei com medo de vários contos, chega arrepiei. Fiquei super curiosa e adorei a dica, já coloquei aqui na minha lista :)
    Adorei sua resenha super completa! Até mais.

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  3. Oi Rodolfo,
    Pra mim viajar é tranquilo. Mas ler King e outros contos de terror ..... não é comigo não.
    Mesmo assim acho a ideia do livro fantástica

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  4. Texto maravilhoso!

    Eu ainda não tive a chance de conhecer a escrita do King, evito tudo relacionado a terror e que possa me causar medo haha. Então eu já sei que esse livro não é pra mim, mas foi interessante saber desses contos.
    Parece ser uma leitura que desperta muitos sentimentos. Eu gosto dos questionamentos.

    Abraços

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  5. Sim, todos temos medos e isso é o que nos mantém vivo. AMOO os livros do King e já quero me aventurar nesse com outros contos de autores, mas sei que se ler será uma leitura densa e psicológica. Parece ser de deixar o cabelos em pé. Tenho muita vontade, um sonho na verdade, de andar de avião. Mas confesso que tenho medo. Também tenho um sonho de andar de navio/cruzeiro, mas também tenho medo. O medo vem tanbemude muitas coisa que lemos e assistimos, como avião caindo, navios afundando e isso influencia muito também. Adorei o post

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  6. Sou doida para ler um livro do King, mas sou muuuito medrosa, aí acabo deixando para lá. Sobre aviões, também nunca andei, então não sei se tenho medo, mas altura não é algo que me agrada, então.. Essa do "e se for o dia do piloto?" é clássica hahah. Não sabia que era um livro de contos, ainda mais com outros autores, além dos dois da capa.
    Beijos

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  7. Olá, Rodolfo

    Me senti super representada por você falando sobre os seus medos KKKKKKK Não tenho medo de viajar de avião, mas tenho de várias outras coisas...
    Nunca tive coragem de ler nada do Stephen King, porque sou muito medrosa mesmo, mas queria ler algo dele, já que só vejo todo mundo falando super bem.
    Não conhecia o Bev Vicent.

    Beijos

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  8. Olá Rodolfo!
    Não posso dizer que tenho medo de aviões pois nunca passei por essa experiência, mas é impossível não ter um pouco de receio quando se para pra pensar que estamos dentro de uma caixa metálica no ar, rsrsrs.
    Como a obra em questão conta com King, já sabemos que o autor vai mostrar pra gente diversos tipos de pânico e as reações a este. Sem contar que temos outros autores cujos contos nos prendem, e, evidentemente, causam uma sensação de desconforto.
    O conto de Joe Hill, em especial, aparenta ser incrível. Não tive contato com a escrita do autor, mas uma história curta é a melhor forma de fazê-lo.
    Beijos.

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  9. Rodolfo querido!
    Jamais imaginei que fosse tão medroso...kkkk
    Quando leio livros de contos, intercalo com outras leituras e vou lendo um conto a cada dia ou dois.
    Gosto de contos!
    Gosto de terror!
    E imagino que gostarei de contos sobre aviões, voos, etc… ainda mais por ter sido organizado pelo mestre King.
    E ainda tem dois contos extras, sensacional.
    cherinhos
    Rudy

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  10. ola
    não tenho medo de andar de avião já tive a opotunidade de andar e foi tranquilo ,alias sou fascinada por aviões ,medo mesmo eu tenho é de cobras .
    terror não é um genero que eu costumo ler ,ainda não li nada desse autor ,mas quem sabe um dia eu venha a conhecer a escrita dele

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  11. O medo é um instinto preventivo do ser vivo, sem ele sabe lá o que seria de nós, pois com certeza ele nos ajudar a sobreviver.
    Tenho medo de várias coisas, uma dela altura, e como foi dito o humano é um animal terrestre, então quando algo nos tira do chão com certeza isso pode causar um certo desconforto. Confesso que sonho viajar para outros países, mas que com toda certeza terei medo do avião.
    Sobre o livro, eu não gosto do gênero terror, mesmo as pessoas falando positivamente do autor, mas não é algo para mim, mas ele parece causar aquilo que propõe.

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  12. Oi, Rodolfo!
    Não pretendo entrar/voar em um avião na minha vida, prefiro navegar pelos mares, e olha que quando penso em navegar me lembro do Titanic, pra você ver o meu medo de voar rsrs... Não me convenço que o avião é o meio de transporte mais seguro que existe, mesmo estudiosos e estatísticos afirmando isso, penso que se forssemos nascidos para voar teriamos asas...
    Em relação a Terror a Bordo, gosto de contos, mas não curto o gênero terror, só de ler seus comentários sobre os contos, principalmente sobre o conto A Carga, me deu um certo pavor ao imaginar viajar com passageiros mortos que não sabem que estão mortos rsrs.
    Mas enfim, amei sua resenha, e concordo completamente com a sua tia, "Mas e se for o dia do piloto?" Por via das dúvidas é melhor ficar com os pés no chão... Bjos!

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  13. Olá! Ahhh que foi impossível não soltar uma gargalhada por aqui lendo a resenha (em minha defesa, sou daquelas que começa a rir nos piores momentos possíveis), me identifiquei demais com esses “medos”, a parte da roda gigante e montanha russa então... e aviões só por Goku (a mão da minha irmã que o diga, pois aperto ela até o fim da tortura... ops do voo), e sabe mais uma coisa que me dá arrepios são os livros de terror, em especial dessa turma (muito boa por sinal), mas que sem dúvida conseguem me deixar com os dois pés atrás em relação a leitura, ainda mais unindo tantos medos de uma vez só, não tem coração que aguente não.

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  14. Olá Rodolfo!
    É por ter tanto medo que nem me arrisco a ler histórias de terror, mesmo que sejam tão bem escritas como essas. Cada conto parece ser mais interessante que outro, e a coletânea nos permite conhecer vários autores de uma vez, e como vc mesmo disse, não apenas os autores conhecidos tem talento. Também nunca entrei num avião, nem sei dizer que reação teria, mas confesso que sinto um certo desconforto quando estou a mais de 2 metros do chão rsrs. A história que mais me chamou a atenção foi o conto das criancinhas no caixão, muito sinistro.
    Beijos

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  15. Normalmente eu não tenho medo de avião, mas acredito que ler histórias tão macabras que têm como pano de fundo esse meio de transporte certamente me deixaria um tanto quanto ressabiada, achei todas as histórias bem assustadoras e não sei se teria coragem de encarar a leitura.

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  16. Oi, Rodolfo
    Também tenho meus medos, todo ano fazer ressonância pra mim é uma tortura. Mas é uma tortura necessária.
    Nunca viajei de avião, porém tenho medo de altura. Logo não seria uma viagem tão tranquila.
    Esse livro de contos que se passam dentro de avião, mesmo que dê medo nos leitores é um livro interessante que envolve demais nos sentimentos dos personagens.
    Estou curiosa para ler.
    Adorei a resposta da sua tia, beijos.

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  17. Oi, Rodolfo
    Aii kkk concordo com sua tia, e tenho medo também kkk tanto de avião, quanto de livros de terror.
    Mas gostei da sua resenha, deu pra ver que é um livro muito bem escrito e interessante.
    Cada autor usou o terror no avião de uma forma inteligente e que nos refletir e se assustar.
    Quero ler mais do King e do Joe Hill, além de conhecer os outros autores.
    Vai pra lista!
    Bjs

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  18. Caramba, King é uma dos meus autores preferidos desde a adolescência. E esse livro esta na minha lista ha algum tempo, ainda nao pude comprar, mas nao vejo a hora.

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