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18.3.12

A Batalha do Apocalipse: Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo [Eduardo Spohr]


Ed. Verus, 2012 - 647páginas:
       Li este livro bem devagar, pois é recheado de detalhes que temos que prestar bastante atenção. “Excelente” é a palavra que eu o caracterizo. Fiquei orgulhosa de ver como os livros nacionais não deixam nada a desejar aos estrangeiros. Não tenho nada a acrescentar a também "Excelente" resenha do Rodolfo. - Gisela Bortoloso

A seção Recomendado pelo Leitor foi criada para  melhorar a troca de informações sobre livros e aqui posto a resenha de um livro indicado por um Leitor participante do blog.
Todo o texto abaixo foi escrito por quem indicou o livro (neste caso o Rodolfo) e portanto o mérito é todo dele.

Quem Indicou: Rodolfo Euflauzino

Nota: 

O ideal acima das coisas mundanas

"Não há na literatura em língua portuguesa conhecida nada que se pareça com “A Batalha do Apocalipse”", assim José Louseiro, escritor e roteirista, inicia seus comentários a respeito desta obra grandiosa e não há como discordar de suas palavras.
Fiquei encantado com A batalha do apocalipse: Da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo desde que coloquei os olhos na capa, um trabalho belíssimo. Depois do sucesso ainda saiu uma edição em capa dura, com organogramas e recheada de ilustrações. Pronto, me apaixonei perdidamente, sem nem ao menos ter lido.
O livro trata de tudo um pouco. Religião, misticismo, história e aventura, muita aventura. Em determinado ponto a narrativa passa a ser em primeira pessoa, mas não perde a fluidez, aliás, fica mais ágil e veloz. Porém, em grande parte do livro, o ritmo é lento, com idas e vindas no tempo, pisadas bruscas no freio, tudo em prol de uma maior concentração de informações. Isso pode tornar a leitura cansativa a quem foi forjado lendo na Internet. Confesso que consultei o apêndice do livro inúmeras vezes, pois ele vem recheado de explicações, mas nada disso me fez desistir, muito pelo contrário, virou meu livro de cabeceira.
Eduardo Spohr nos conta a história de Ablon, um anjo  que ousou desafiar os arcanjos (que invejam o homem por terem alma e serem a mais perfeita criação e desejam a aniquilação da humanidade) e pagou com o exílio, sendo expulso do paraíso, condenado a vagar na Terra até o Dia do Juízo Final, juntamente com outros anjos por ele chefiados. Como se não bastasse, são caçados pelos anjos caídos, sim, os adeptos de Lúcifer. Paraíso e inferno, cada um com seu motivo, a fim de liquidar os renegados.
Tudo isso acontecendo do início da criação, passando pela Babel, Império Romano, Inglaterra medieval, época atual, até o final dos tempos, sem perder a tensão, tudo muito amarradinho. É um banho de história, podem conferir. Permeando a obra temos o entrelaçamento entre Ablon e a feiticeira Shamira, a descoberta de um sentimento que pode alterar todo o curso da história. E uma só palavra: sensacional!
Existem inúmeros trechos dignos de nota, separei alguns um pouco mais filosóficos.

Sobre o que são parábolas:
“– As parábolas não são desprezíveis, mas representam o ápice da comunicação humana. Assim, cabe ao indivíduo interpretá-las. Não há nada mais adequado a uma raça dotada de livre vontade, aberta a encontrar as próprias respostas. As escrituras estão cheias de símbolos que ajudam os homens a entender o significado do cosmo. Mas a verdade perfeita só existe na mente de cada um.”

Sobre a fé:
“...a fé é justamente a propriedade de acreditar no indecifrável.”

A crueldade estampada em um trecho em que Ablon sente o fim da vida de seus amigos humanos:
“Mortos. Estavam todos mortos. Inocentes, infelizes, lançados em uma guerra que nada tinha a ver com seus interessem mundanos. Vítimas da mais terrível maldição imposta aos renegados – a solidão. Era assim que devia ser, para todos os exilados. Tudo e todos à nossa volta sucumbiriam um dia, até que fosse anunciada nossa própria destruição. Era esta minha fortuna: suportar o extermínio de meus amigos e nada poder fazer diante disso.”

Discurso inflamado rumo à batalha do apocalipse (Armagedon):
“– Rebeldes! ... Escutem-me agora os que têm bravura no coração e fidelidade no espírito. Escutem-me os que são honrosos e sábios, e os que acreditam no poder da justiça... Vocês são um exército do bem, e tenho o prazer de liderá-los na derradeira batalha. Daqueles que aqui estão, sigam-me só os que não temem a morte, os guerreiros arrojados, os fortes e os temerários. Quando a peleja estalar e todos os seus companheiros tiverem tombado, vencerá o persistente, o corajoso, o que carrega a causa mais gloriosa. Que me acompanhem os que adoram o Altíssimo, os que respeitam a legalidade de sua obra e os que estão o assassinato dos homens. Esta noite, lutaremos até o último soldado!”

Sábias palavras do Arcanjo Gabriel:
“– Todos nós aspiramos ao inalcançável, e essa angústia é a centelha que acende o calor da existência. Quando todas as questões são respondidas, perde-se também o estímulo da vida.”

Deus é:
“A realidade, definida pelo Mensageiro (Arcanjo Gabriel), era absolutamente clara e singela. Deus é a totalidade do universo, e a compreensão do infinito. Ele é a pura bondade, o amor irrestrito e a aceitação do desigual. Na ciranda dos sentimentos, o amor é o mais grandioso, porque reúne uma mistura de sensações convergentes, tais como a paixão, a amizade e o respeito.”

Enfim, o livro é indicado a todos aqueles que acreditam na justiça e que abrem mão de vantagens para enfatizar o amor e a virtude. E também àqueles que acreditam que acordar todo dia já é o maior milagre. O livro é 5 estrelas e está sintetizado na frase: “Acreditar no impossível é a chave para entender os segredos do universo”.

19 comentários em "A Batalha do Apocalipse: Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo [Eduardo Spohr]"

  1. Esse é um livro que surpreendeu bastante. Quando li ele tinha acabado de ser lançado e não tinha tanto auê ainda. Gostei banstante do livro, e a surpresa está no fato que poucos autores brasileiros tem o tipo de narrativa do Spohr. Já dei ele de presente para vários amigos e sempre recebi elogios sobre o livros.

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  2. O assunto tratado no livro me interessa bastante. Ainda não li A Batalha do Apocalipse, mas tenho como uma leitura futura, sem dúvida. O fato do autor ser brasileiro aumenta minha curiosidade com relação à abordagem do tema. Todas as resenhas que li sobre ele até hoje sempre foram positivas. Boa indicação.

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  3. Ah, já ouvo falar muito deste livro, tanto de forma positiva, quanto apontando falhas.
    Não posso dizer que tenho vontade de ler, mesmo gostando muito de autores nacionais. O que acontece é que o tema não é exatamente meu preferido. Batalha entre anjos e domônios, armagedon, sempre me causaram certa apreensão. Não curto nem filmes com esta temática.
    Entendo que, para quem gosta, deve ser um prato cheio. O subtítulo é muito interessante: "Da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo" - 'é tempo pracarama!rs'.
    Mas,receios à parte, gostei de saber que há um verdadeiro banho de história... sou fã de livros que agregam conhecimentos e nos enroquecem culturalmente. vindo de um autor brasieltiro, ainda, e merecem 5 estrelas, é algo que nos enchede orgulho!
    Parabéns pela resenha, Rodolfo, e parabéns para Gisela, por ceder seu lindo espaço aos seus leitores =). Deu até vontade de fazer uma resenha e participar também! huauhhuauh
    Bjussssssss

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  4. Caras Mariska e Vanilda, é realmente difícil vermos indicações negativas sobre este livro, na verdade eu li apenas uma com ressalvas. Gostei demais da leitura e aconselho a todos que o deem de presente sim, farão novas amizades sem dúvida e fortalecerão as já existentes.
    Cara Soninha, fiquei feliz em saber que te deu vontade de fazer uma resenha rs, que bom tê-la aqui conosco. Mas suas palavras me fizeram refletir e deixar aqui opiniões que não teci na resenha. Spohr não tem personagens King'ianos, explico: quem está familiarizado com o universo do mestre King sabe que um personagem que amamos, pode até ser o principal terá grandes possibilidades de não sobreviver ao final. Inúmeras reviravoltas acontecem com Ablon e em algumas delas percebemos uma certa forçada para que ele nunca pereça. Porém, isso não tira o brilho da narrativa viu. Obrigado por suas palavras e perca este medo de livros-catástrofe, você irá se divertir com esta aventura.

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  5. Ouço falar bastante desse livro e do autor, mas ainda não tive oportunidade de ler esse e nem o outro livro dele, embora tenha muita vontade! A batalha do apocalipse parece mesmo ser um livro muito bom, só tenho um pouco de preocupação nessa parte que torna a leitura um pouco cansativa, mas acho que o resto compensa né?!

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  6. Caro Fellipe, cada autor tem seu estilo próprio, Spohr é detalhista e confesso que adoro livros que nos enchem de informação. Mas tem gente que não gosta e pula tudo. É uma questão de ponto de vista. Ainda assim recomendo fácil fácil.

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  7. drogaaaaaaa, outro livro que eu tenho heim!! huehuaehueehehhhahue, ainda nao tive a oportunidade de ler, ganhei ele em um sorteio ( a versão normal) a um tempo já, mas como eu comentei no post do senhor dos anéis, eu vi que tem uns nomes "difíceis" e tal, ai já sabe como eu fiquei neh, com aquele pézao pra tras, mas já que ta ali, eu vou ler qualquer hora, ultimamente estou lendo muito literatura brasileira, acho que o nivel ta aumentando consideravelmente ^^ miuto bom mesmo. Eu lembro que eu vi uma entrevista do Eduardo a um tempo atras no jô soares, foi bem legal. Meu cunhado adoooooooora esse tipo de livro gente hueaheuheuheea

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  8. Olha ai, imaginei que o Rodolfo ia recomendar algo desse tipo, uma leitura incrível!

    Ganhei esse livro de presente, e é incrível, como Eduardo Spohr soube transmitir tudo de uma forma inacreditavel, é sensacional o quanto esse livro me alegrou, foi uma descoberta que sempre vou levar comigo. *-*

    Gostei de tudo que o Rodolfo escreveu ai, parabéns, ficou show em \o/

    Quero muito ler o outro livro do Eduardo, acho que o Rodolfo já leu, não é?

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  9. Olá!

    Esse livro faz mto meu gênero. Na verdade, é a minha cara. Mas mesmo assim, não sei porquê mas não me sinto tentada a correr atrás do meu. Se eu tiver oportunidade, lerei feliz. Mas se eu não tiver, acho que acabarei esquecendo, sabe... Não sei explicar mto bem o que se passa comigo. Sei que é bom e q provavelmente eu iria amar, mas ainda não me empolguei mto.

    BjoO
    Pri
    Entre Fatos e Livros

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  10. Cara Sra.Bates (putz fiquei com medo do sobrenome, será por quê? rs) não fique com o pé atrás não, o livro é muito bom.
    Caro Ander, estamos em sintonia então. Estou acabando de ler o primeiro livro de Filhos do Éden e posso afirmar com certeza que Spohr desenvolveu seu estilo, está mais dinâmico, estou gostando muito.
    Querida Pri, muitas vezes me sinto assim com um livro, nem sei bem o porquê, apenas falta empatia, até o dia em que algo desperta e a gente fica com uma vontade incontrolável de ler e fica se amaldiçoando por não ter lido antes. rs.

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  11. Ótima dia Rodolfo, adorei! *-*
    Tenho mta curiosidade em ler este livro.

    Beijocas
    Rapha ~Doce Encanto ♥

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  12. familia Bates malévola heuaehueauaae

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  13. EU ADORO ESSE ESCRITOR QUERO ESSE LIVRO E AMEI A RESENHA DO LIVRO!!!!!1

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  14. eu ja li o livro e otimo leiam tambem os herdeiros de atlantida que e do mesmo autor!!!

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  15. Esse livro parece ser realmente muito bom , vi uma entrevista com o autor e ele disse que se surpreendeu com a aceitação do leitores, que ele inicialmente achava que o livro era voltado para o publico adolescente e masculino ,mas que acabou sendo aceito por todas as idades e sexo . Bem legal. A historia de como o livro foi lançado e a dificuldade para arranjar uma editora também é muito legal.

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  16. Eu terminei de ler esse livro semana passada. eu o consegui através de uma troca pelo Skoob. Nem preciso dizer que amei cada pedacinho dele. Me parece que há continuação, não tenho bem certeza, mas se tiver, quero ler. Gostei muito da sua resenha.

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  17. tem sim e o herdeiro de atlantida

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  18. quero mto ler esse livro. É ótimo termos autores nacionais de talento como Eduardo

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