Cortesia do Grupo Companhia das Letras
Duas coisas chamaram minha atenção em Querido Evan Hansen. Primeiro, o livro é inspirado no premiado musical da Broadway e, depois, a singela capa nacional foi feita por Vitor Martins, autor do excelente Um Milhão de Finais Felizes. Não sabia nada sobre a história quando comecei a ler o livro publicado pela Editora Seguinte.
Título: Querido Evan HansenOnde comprar: Amazon
Autores: Val Emmich com Steven Levenson, Benj Pasek e Justin Paul
Tradutor: Guilherme Miranda
Editora: Seguinte
Gênero: Romance, Young Adult
Páginas: 336
Edição: 1ª
Ano: 2019
O nome completo do nosso protagonista é Mark Evan Hansen. O pai queria que o filho se chamasse Mark e a mãe, Evan. Ele tem problemas de interação social e de ansiedade, principalmente quando se sente inseguro ou sobrecarregado. Para evitar esses momentos e criar uma perspectiva positiva, seu psicólogo sugere um exercício de escrita. Evan deve escrever cartas encorajadoras para si mesmo, começando sempre com:
“Querido Evan Hansen, hoje vai ser um dia bom, e vou dizer por que.”
Evan acaba escrevendo um desabafo pessimista e a carta impressa vai parar nas mãos de Connor Murthy, o encrenqueiro da escola. Dias depois, Connor comete suicídio e Evan se sente culpado achando que tudo aconteceu por causa da sua carta.
“Entendo que quando não estamos com a cabeça no lugar, qualquer besteira pode se transformar em algo insuportável e, de repente, você pega um caminho sombrio e não consegue achar mais o caminho de volta.”
Os pais de Connor encontram a carta no bolso dele e acreditam que ela é uma despedida que o filho escreveu para o querido amigo. Evan nunca foi amigo de Connor, mas ele não consegue desmentir e vai se enrolando cada vez mais nessa mentira.
O livro foi escrito por Val Emmich que também escreveu Os Prós e os Contras de Nunca Esquecer, lançado aqui pela editora Intrínseca. Steve Levenson é o responsável pela peça musical ganhadora de vários Tony Awards que serviu de inspiração para o livro. Benj Pasek e Justin Paul são os compositores da peça e responsáveis pelas trilhas sonoras de filmes como La La Land e O Rei do Show.
O livro é um pouco lento no início, por isso tirei uma estrela da classificação, mas à medida que conhecemos mais o Connor (há capítulos narrados por ele após o suicídio), o livro vai ganhando em dramaticidade.
“Meu nome. Foi a única coisa que escrevi. No gesso de outro garoto. Não foi bem uma carta de despedida. Mas, enfim, deixei minha marca. Em um braço quebrado. Parece certo. Até poético, se parar para pensar.”
Amei o Connor e fiquei triste quando descobri pelo que ele estava passando. Realmente fiquei tocado.
Como já disse antes, a capa é linda e o gesso que o Evan usa após cair de uma árvore tem uma textura que lembra muito a textura de um gesso de verdade. Uma bela edição com páginas amarelas, orelhas e uma diagramação que facilita a leitura. Gosto muito das edições da Seguinte.
A história de Evan Hansen deve ser lida por todos, principalmente pelos jovens que se sentem ou já se sentiram invisíveis assim como o personagem. O livro traz uma mensagem muito importante para os dias atuais. Lembre-se... Hoje vai ser um dia bom, e vou dizer por que. Porque você não está sozinho.
É uma excelente dica de leitura para a campanha do Setembro Amarelo, mês da prevenção ao suicídio. Nada melhor do que um livro para gerar empatia e conscientizar a população sobre temas como saúde mental, bullying e suicídio.
Apesar de tratar de assuntos pesados como suicídio, depressão saúde mental e bullying, Querido Evan tem uma escrita fluida, envolvente que prende o leitor. Arrisco dizer até com um toque de humor.
ResponderExcluirEvan até tem boas intenções ao alimentar essa amizade secreta mas as coisas fogem ao seu controle e tomam uma dimensão enorme.
A mensagem que fica é a de esperança e aceitação.
Disse tudo Chelle!
ExcluirEstou passando por momentos ruins, dias ruins...onde a tristeza vem dominando e hoje mesmo estava pensando sobre Setembro Amarelo. Sei lá, deveria se ter ajuda em todos os meses, em todos os momentos. Não, não estou reclamando e nada, mas parece que há momentos que você pede, pede socorro e ninguém te vê, só por não ser o dia de se fazer o bem.
ResponderExcluirVai entender a humanidade...ou a falta dela.
Quanto ao livro, adorei demais tudo que li acima, sobre culpa, sobre dor, sobre o não falar. Este se calar, não por falta de coragem talvez, mas simplesmente por ser mais cômodo.
Com certeza, o livro vai agora para a lista dos mais desejados.
Beijo
Buscar ajuda é sempre importante. Seja com um familiar, amigo ou centro de ajuda que funcionam o ano todo. Fico feliz que tenha gostado da resenha e espero que goste do livro.
ExcluirOi André,
ResponderExcluirA história aborda temas bem profundos e que mexem com o leitor, só por isso já carrega um enorme peso de conseguir passar a mensagem desejada. Até que ponto uma mentira pode ser considerada inocente? Evan tem um papel muito importante nessa história, que vai além da sua própria. A confusão que a carta gera trás um bem maior para a família de Connor, mas considerando todos os problemas que Evan sofre será que ele não vai ser o único prejudicado nessa história? Gostei muito de receber essa indicação, pois mesmo que eu não leia muitos livros com essa temática é um assunto que me interessa.
Oi Gislaine, se chegar a ler não deixe de dizer pra gente o que achou. Beijos.
ExcluirOlá André,
ResponderExcluirConfesso que se fosse somente pela capa, eu nunca iria ter vontade de ler esse livro
Mas depois de ler sua resenha, eu fiquei bem empolgada e já adicionei na minha lista. Parece ser um livro com uma temática bem pesada, mas mesmo assim quero ler.
Espero que goste. Apesar de tratar de temas pesados, a leitura é bem tranquila.
ExcluirEu amei esse livro!
ResponderExcluirA mensagem que ele traz é muito necessária, né? E Val mostrou isso lindamente, fiquei com o coração na mão com as decisões de Evan.
E a textura do gesso ficou legal, a capa toda ficou.
Beijos
Olá André!
ResponderExcluirO suicídio é um tema complexo que exige cuidado ao ser abordado, contudo, aparentemente Emmitch sabe exatamente como introduzir o assunto, canalizando-o numa história delicada e comovente. Assim como Connor, muitas pessoas, por falta de ajuda ou até mesmo atenção, perdem o desejo de viver até chegaram a um ponto sem volta. Nessa forma, obras que promovem a conscientização acerca do assunto são uma ferramenta poderosa, e Querido Evan Hansen não deixa a desejar.
Beijos.
Falta tanta empatia e tanto amor para as pessoas hoje em dia. Livros assim nos mostram que sempre alguém pode precisar de um ouvido amigo para desabafar. Acho importante esse tipo de leitura, principalmente para quem está sofrendo com algum desses males do século, depressão, ansiedade, bullying. Eu também quero ler e muito, principalmente para, quem sabe, aprender a detectar algum problema.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirLivros assim, sobre suicídio me deixa bastante tocada porque é algo que queremos ajudar o personagem pelo que está passando. Adorei muito a trama e me deixou bem curiosa por querer ler e conhecer mais o pequeno personagem.
Meu blog:
Tempos Literários
Oi André,
ResponderExcluirO tema é forte, mas o enredo parece conduzir bem o drama e levar uma mensagem.
É legal o livro trazer esses contatos, saúde mental é prioridade!
Olá André!
ResponderExcluirDesde que foi lançado esse livro está na lista de leituras pois me comovo muito com histórias assim. Eu concordo com você que o tema deve ser explorado delicadamente e isso nos ajuda a ficar atentos para detectar se as pessoas ao nosso redor (ou nós mesmos) precisam de ajuda. Não sabia que era uma peça teatral, e achei bem bacana a textura da capa.
Beijos
Quando vi a capa do livro de alguma forma de outra eu pensei que ele fosse um livro LGBT Porém quando eu vi a temática dele sobre depressão e ansiedade e transtorno de fobia social identifiquei muito com o protagonista ponto final eu não sabia que era inspirada em um musical Mas eu conheço e lustrador fez essa capa linda Afinal sou uma grande fã do Victor Martins
ResponderExcluirOi, André
ResponderExcluirMuito interessante um livro ser inspirado de uma peça da Broadway.
Gostei muito da premissa e o cuidado que os autores tiveram por abordar o suicídio. Uma realidade que se aplica aos jovens do mundo todo.
Temos que ter cuidado com nosso próximo não sabemos o fardo que aquela pessoa carrega, seus sentimentos enfim temos que ter muito cuidado e respeito. E sempre procurar ajudar, mas nem todas as pessoas aceitam ajuda.
A capa feita por Victor Martins está lindíssima!
Quero muito poder ler o livro
Oi, André!!
ResponderExcluirAcho que esse livro deveria ser lido por todos principalmente por que os temas abordados nesse livro são importantes e necessários serem discutido pois a depressão e o suicido está cada vez mais ocorrendo em todas as classes sociais.
Bjs