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11.8.16

Voltar Para Casa [Toni Morrison]

Toni Morrison
Ed. Companhia das Letras, 2016 - 135 páginas:
      Quando Frank Money volta da Guerra da Coreia com mais cicatrizes do que as visíveis no corpo, encontra um mundo racista e desfigurado. Durante os anos de sua ausência, sua irmã Ycidra sobreviveu como pôde a uma sociedade machista e opressiva, em que as mulheres são sistematicamente abandonadas pelos maridos e muitas vezes mutiladas sem piedade. Ao se reencontrarem na pequena cidade de Geórgia, onde nasceram, os irmãos revisitam memórias da infância, e Frank retoma sua experiência traumática no campo de batalha para redescobrir a força e a coragem que já não acreditava ter. Um romance estarrecedor sobre a forte ligação entre irmãos, a ressignificação de um passado violento e a volta para casa.


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Toni Morrison é uma autora consagrada, famosa por suas histórias que falam da escravidão e da condição dos negros nos Estados Unidos, com enfoque nas mulheres negras. Só por se debruçar sobre esta temática já me atrai demais, acrescente então um Nobel de Literatura em 1993 e um Pulitzer, dentre outros prêmios... precisamos saber quem é esta mulher, não só pelas conquistas e reconhecimento, mas pelo que vem dizendo ao mundo com sua obra.

Voltar para casa (Companhia das Letras, 135 páginas) é a história dos irmãos Money: Frank e Ycidra, conhecida por Ci. Moram na Geórgia, em meio à pobreza e privação: de comida, de oportunidades, de afeto, de compreensão. Então Frank parte para lutar na guerra da Coreia, afastando-se de sua amada e protegida irmã, mas pensando em dias melhores para ambos.

"Talvez houvesse um nome na medicina para a sua estranheza, para uma memória tão curta que nem um beliscão a fazia lembrar de fechar o galinheiro à noite, ou a não derrubar comida na roupa todo santo dia. "Você tem dois vestidos. Dois! Acha que vou lavar a sua roupa depois de cada refeição?" Só o ódio nos olhos de seu irmão impedia que Lenore a esbofeteasse. Ele estava sempre a protegê-la, acalmando-a como se fosse sua gatinha de estimação."

Até que Frank retorne a Lotus, “a pior cidade do mundo, pior até que o campo de batalha”, em suas palavras, e ainda depois, com os novos fatos, o que teremos, caro leitor, é uma sequência de infelicidades sem trégua. É a década de 50, bem antes do movimento pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Cada componente desta família carrega sua cota de dor, de mágoas e injustiças sofridas. Eles não traçaram seus destinos, são vítimas de uma época de segregação racial e seu arsenal de violência. Como se defendem? Fugindo.

Frank se refugia no álcool e é atormentado por lembranças da guerra. Ci foge com o namorado (e essa garota sofre, meus caros, como sofre na vida!), é abandonada e tem que se virar sozinha – logo ela, que sempre teve a (super) proteção do irmão. Todos os demais personagens têm suas dores expostas, ainda que brevemente descritas. Mas as mulheres que surgirão nessa jornada farão toda a diferença, porque são fortes e semeiam novas esperanças nos corações devastados dos irmãos.

“Olhe para você. Você é livre. Nada nem ninguém é obrigado a te salvar, só você mesma. Plante a sua própria terra. Você é moça e mulher e as duas coisas têm sérias limitações, mas você é uma pessoa também. Não deixe a Lenore ou um namoradinho qualquer e com toda certeza nenhum médico do mal resolver quem você é. Isso é escravidão. Em algum lugar aí dentro de você está essa pessoa livre de que eu estou falando. Encontre ela e deixe ela fazer algum bem neste mundo”

O livro não tem uma estrutura linear: Frank vai narrando o presente enquanto lembranças em fluxo permeiam os acontecimentos. A alternância entre a voz em terceira pessoa e Frank interrompe o que o personagem está vivendo para trazer à tona a dor que ele carrega, suas motivações, facilitando a compreensão do ambiente psicológico em que os personagens estão inseridos.

Não se engane, o texto é denso, parece que um grande sofrimento foi compactado em pouco menos de 150 páginas, mas conservou seu poder de arrancar lágrimas, de até ensaiar alguma desesperança, ainda que torçamos pelos personagens. E que personagens! Principais e secundários, todos brilham em cena! Não, não é sobre o sofrimento que a autora nos convida a refletir, mas sobre a força que encontramos na fraternidade, quando temos alguém que amamos por perto. O que posso adiantar é que há firmeza nessas linhas, encantamento, denúncia, surpresas. Há amor e decepção, tentativa e esperança. O que Frank Money e Ci Money fazem o tempo todo é tentar sobreviver.

"Venha aqui, menina, não chore", Frank sussurrou. " Por que não? Eu posso ficar triste se eu quiser. Você não precisa tentar fazer passar. Não vai passar. É muito triste de verdade e eu não vou me esconder do que é verdade só porque dói."

O que o título sugere? Nossos protagonistas estão voltando para casa. Mas para Frank e Ci, assim como para nós, este retorno é uma ideia subjetiva, completamente embebida em sentimento. Mia Couto, um dos meus escritores favoritos, nos conta que “o importante não é a casa onde moramos, mas onde, em nós, a casa mora.” E traduz: “a casa é o lugar onde mora o coração”. É assim que Frank e Ci encontrarão o acolhimento que tanto precisam e que lhes foi negado na infância: no apoio que um oferece ao outro.

Como em seus outros livros, as mulheres são as estrelas da trama, ainda que o foco recaia sobre Frank. Adoro personagens femininas fortes! (Que leitora não?). Porém confesso: nutri altas expectativas para este primeiro contato com sua obra, esperava algo mais de Morrison e sei exatamente o quê. Mais páginas! Creio que o livro curtinho atrapalhou um pouco o esperado arrebatamento, queria mais dessas personagens incrivelmente humanas e tão vivas, psicologicamente tão ricas e profundas. O dobro de páginas seria, talvez, a medida perfeita para esta linda história.

Toni Morrison é uma autora que merece cinco estrelas e continuará entre os meus interesses, anseio especialmente pelos aclamados livros Amada e Compaixão.

É em textos assim que gosto de ver o saldo da vida – e sou repetitiva, porque vez ou outra estou citando isso em minhas impressões sobre as leituras. A trajetória dos personagens, especialmente quando a passagem do tempo é larga, mostra que a vida é mesmo feita disso: lutas, dores, lágrimas e instantes de alegria. E de encontros, destaco. Mas, sobretudo, de uma “guerra” que travamos conosco, quando nos cabe sempre uma escolha nova. Que disposição te(re)mos para a busca, os desafios, os enfrentamentos? Resta saber se lá nos últimos dias de vida Frank, Ci, eu e você, se fecharemos o filme de nossas vidas em meio a lágrimas e/ou arrependimentos ou lançando um último olhar para a câmera... com um sorriso.

Link do livro no Skoob: https://www.skoob.com.br/voltar-para-casa-573078ed588668.html

 Cortesia da Editora Companhia das Letras
Manu Hitz
Cearense, fisioterapeuta e mãe. “Eu não tenho o hábito da leitura. Eu tenho a paixão da leitura. O livro sempre foi para mim uma fonte de encantamento. Eu leio com prazer. Leio com alegria.” Ariano Suassuna.
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41 comentários em "Voltar Para Casa [Toni Morrison]"

  1. Olha Manuh, não conhecia esta autora ainda e antes que comece a me achar que moro numa bolha, tbm não conhecia Mia Couto. Kkkk, o motivo não sei dizer ao certo com precisão ou algo concreto. Estou me dedicando a novos autores agora, depois que olhei pra minha estante minuciosamente. Me acostumei com alguns autores e acabei esquecendo outros. Quero tentar todo mes ler sempre algo diferente, buscar um novo autor e tudo mais. Toni Morrison aparenta ser aquilo que procuro. Tbm senti isso, o fato der poucas páginas, pelo que eu li são muitos acontecimentos, acontecimentos que requerem ate um olhar diferente em virtude da guerra. Por mais que o livro possa trazer essas questões e nos trazer tbm personagens fragilizados, requer um maior desenvolvimento e até certo cuidado. O que quero dizer é que talvez eu acho que talvez a autora não tenha conseguido fazer isso, desenvolver seus personagens mais profundamente. Mesmo assim preciso ler para saber. A dica já está anotada, assim como Mia Couto , não pra não later nenhum livro desse autor.
    Belíssima resenha Manuh. Abraços.

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  2. Resenha linda Manu, como sempre.
    Confesso que não conhecia a autora, mesmo sendo Nobel, me sinto uma herege, rs. Esse universo literário é tão rico, não? quantas obras e autores por conhecer, tanta coisa para ler... maravilhoso ser uma leitora apaixonada e ter tantas excelentes opções. E a cada belíssima resenha que você produz, minha lista de futuras leituras fica mais convidativa, obrigada por isso! Aprecio ler os calhamaços, mas por conta da escassez de tempo tenho procurado leituras assim, bons livros, poucas páginas. Sabendo da qualidade de suas leituras, acredito que irei apreciar muito "Voltar para casa". Gratidão por compartilhar sua resenha. Bjs

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  3. ahhhh querida Manuh, estes livros que você nos traz têm sempre algo especial, emotivo e visceral. de cara a capa me ganhou, é pura poesia.
    daí, fui lendo suas palavras doloridas e fui sendo tomado pela fraqueza, por uma necessidade de sair do lugar sem conseguir, os pés cimentados ao chão. a inércia vencendo lentamente a necessidade de agir, a letargia cruzando a linha de chegada.
    isso tudo acontecendo na década de 50 e se repetindo e repetindo, infinitas vezes, moto perpétuo, aqui perto da gente, o vizinho ao lado vitimado e a gente lá sem se mexer.
    desculpe-me, talvez eu não esteja sendo coerente e não haja coesão no que digo, afinal de contas estou expondo sentimentos e os escrevo da forma que sinto, da forma em que se apresentam à minha alma.
    algumas vezes a leitura faz isso comigo, mas suas resenhas, sem dúvida, sempre conseguem gerar uma avalanche sinestésica que me afoga, lava de vulcão. já pensou em escrever algo seu, com este teor de sentimentalidade? pois deveria tentar, já tem em mim um fã.
    guerra e escravidão reunidos num mesmo livro é dose cavalar, overdose, o mais alto grau da estupidez humana. e por que fui tomado por tantas palavras? certamente por não saber como agir, as coisas passam pela mente e pelo corpo, mas continuam estanques em mim, suplicando para que eu faça algo ou, no mínimo, diga algo. de certa forma isso me machuca. não acredito que isso seja covardia, a violência não me atrai, mas a leitura das mazelas do homem-monstro sim. quero entender como raciocina a besta e de que forma um dia reagirei ao mal.
    espero que no apagar das luzes o meu e o seu saldo sejam positivos e que arranquem sorrisos e lágrimas saudosas de alguém, senão nossa passagem terá sido em vão.
    amei a resenha, suas palavras, o drama contido no livro traduzido por seu olhar. não sei se conseguiria ler uma história assim, é preciso coragem, é preciso formação sólida, consistência emocional. evidentemente eu não conseguiria captar tantas nuances. por isso leio e releio o que você escreve, porque consegue tocar meu coração sem que eu tenha que me colocar a descoberto. obrigado!

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  4. Manuh,

    Que resenha linda e profunda! Não conhecia a autora, mas só de ler a sua resenha, pude sentir a densidade das personagens e eu amo livros assim. Com certeza, é mais uma de suas valiosas dicas de leitura que vai para minha lista de desejados. Obrigada!

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  5. Oi Manuh, o livro com certeza seria daqueles que me agradaria, a proposta que você narra além de emocionante é triste, sublime e encantadora!
    prometehttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  6. A história que esse livro conta parece ser muito interessante e profunda. Não conhecia a autora, mas agora já estou curiosa pelos trabalhos dela. Acho ótimo ler livros em que a mulher é a principal, que é uma personagem forte e importante. O livro vai pra minha lista de desejados com certeza, adorei a resenha.

    Abraços :)

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  7. Oi Manuh!
    Incrível como em apenas 135 páginas, a autora conseguiu extrair de vocês essa linda resenha.
    Isso prova que se não tiver o dom da escrita, pode escrever 400, 500 páginas, mas não surtirá efeito na vida do leitor.
    Nós lemos para sermos confrontados, acalentados, sacudidos, enfim, queremos sentir várias emoções ao passar das páginas e, pelo visto, essa autora é mestra em envolver o leitor.
    Bjs!

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    1. Vc tem toda razão, Gladys. Escrevendo bem a história está contada e ficamos felizes. Dá um gostinho que quero mais, mas ficamos bem com o autor. Obrigada por estar aqui comentando. Beijão p vc e Heleninha.

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  8. Eu não conhecia o livro mais adicionei na lista de desejados, pois preciso conhecer esta obra um dia.
    O tema me agrada bastante e é difícil eu ler um livro que aborde este tema.

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  9. Oii Manu! Uaaal que resenha é essa!!! Que livro!!!
    Sinceramente me convenceu á ler, eu até pensei em dar uma chance pela capa, mas lendo sua resenha....Me convenci q o livro realmente é mto bom Manu...
    Qro conferir com tda ctz, apesar de td achei um pouco realista, qrendo ou não ainda existe machismo nesse mundo doido...
    Qro ler em breve!
    Bjs!

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    1. Sim, Aline, é bem realista. Imagine o Sul dos EUA nos anos 50, os negros não tinham qualquer direito ou garantia. É toda uma situação que envolve preconceito, machismo, essas violências das quais ainda não nos livramos tantas décadas depois... Fico feliz que tenha gostado. Beijo.

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  10. Olá, Manu.
    Conhecia o livro apenas de capa, mas agora fiquei muito animado para conferir a leitura. Adoro tramas não lineares, onde o fluxo temporal é permeado por lembranças das mais diversas.
    Ademais, por ser passar em um perído turbulento, pode trazer críticas bem interessantes.
    Ótima dica.

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    1. Sim, o momento é difícil. Os trechinhos de guerra são de partir o coração. Apesar do contexto histórico, o foco é mesmo o psicológico dos personagens. Obrigada pelo coment.

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  11. Hello, tudo bom?
    Gostei da resenha, ainda não tinha ouvido falar do livro, e ele pelo visto é carregado de sentimentos, gosto muito de ler coisas que falem de uma época que era difícil para os negros, e para as mulheres, tenho certeza de que vou gostar do livro, espero ter a oportunidade de ler em breve.
    Beijos *-*

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    1. Oi, Camila, eu tb adoro livros que falem desses temas! Acho que vc vai gostar da Invenção das Asas, da Sue Monk Kidd. Belíssimo e com personagens reais. Obrigada pelo coment. Bj

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  12. Olá, Manu! Não conhecia o livro e que bela resenha, que maravilha ser apresentada à obra através do seu relato. Chamou minha atenção a forma como vc destacou a capacidade da autora em construir personagens e a profundidade como ela desvenda a alma dos mesmos, expondo os conflitos psicológicos e dramas humanos vividos por eles. Isso é magnífico, pois contribui para que o leitor consiga estabelecer uma conexão emocional com a trama. Com certeza ganhou um lugarzinho entre os meus desejados.

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    1. Ah, Larissa, obrigada pela generosidade das palavras! Sim, Toni é uma escritora que sabe mexer com o leitor, por isso mesmo quero ler todos os outros dela. Adoro livros que abrem feridas psicológicas, rs, aprendemos com personagens assim, de uma ou outra maneira. Fico feliz que tenha gostado.
      Beijo!

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  13. Olá!
    Não conhecia o livro e nem o trabalho do autor. Mas depois de sua ótima resenha, tão bem elaborada, clara e detalhada sobre a obra em questão, fiquei com vontade de me aprofundar nessa leitura. Um livro repleto de sentimentos, reflexão e rico culturalmente, sempre traz muitos pontos para a bagagem da gente. Com certeza dica anotada. Parabéns por suas palavras. Beijos.

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    1. É isso mesmo, Márcia, muito rico em sentimentos e em lições, faz a gente refletir, sabe? E se indignar, especialmente. Obrigada pelo carinho. Bj

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  14. Amei seu texto e acredito que Voltar para casa seja um grande livro para quem gosta do gênero, eu particulamente confesso que não curto, prefiro livros com enredos simples, sem dramas, nada de livros onde os personagens sofre o pão que o diabo amassou como é o caso do Frank e da Cin, por isso esse é um livro que eu não leria.

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    1. COmpreendo, Any! Ainda assim, obrigada pela gentileza de suas palavras, continue firme nas leituras! Bj

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  15. Ah, Manuh, eu tenho uma falta muito grande de não ter lido nada ainda da Toni,um premio Nobel!Leio muito mais mulheres e ela será mais que um privilegio com certeza. Tenho "Amada" e este que tu resenhastes com muita perfeição. Sei que ela é uma escritora incrível,retrata com perfeição o sofrimento dos negros americanos e que suas personagens femininas são fortes e batalhadoras. Fiquei com muita vontade de lê-la. Obrigada pelo convite, adorei.

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    1. Puxa, Sylvia, fico tão feliz por ter "lembrado" a vc de mais uma autora maravilhosa que precisamos conhecer! Ela já estava na minha mira há um tempo, mas os livros dela são difíceis de encontrar e nada baratos. Estreei com este e quero todos os outros. Se puder indicar outra autora encantadora que achei muito a linha de Morrison, é Sue Monk Kidd, no belíssimo A Invenção das Asas. Apesar de Toni ir além, um tanto mais profunda. Leia sim, Amada é o mais aclamado dela. Obrigada por vir aqui comentar. Beijo!

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  16. Nunca li nada sobre escravidao e tals, mas de uns tempos pra ca, tenho tido mta vontade de ler livro desse tipo e de decadas passadas. Acho q é importante vc ler livro desse tipo, ainda que n seja seu gebero. As vezes faz bem sair da zona de conforto, sabe? Eu sempreblia so ramance, romance, romance.. Ai eu percebi que tinha uns tomances que eu lia e era muito clichê. Me interessei muito por esse libri, gostaria muito de ler. 😙

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    1. Que bom, querida, fico feliz. Realmente ler um bom romance com um fundo histórico que nos ensine une as duas coisas: prazer e aprendizado. Saímos diferentes da leitura. Indico a vc A Invenção das Asas, que tb fala da escravidão nos EUA e é muito bonito, com personagens femininas muito fortes e reais. Bj

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  17. Sim,menos de 150 páginas,ficou compacto.
    Não conheço a autora,pela resenha a trama tem uma carga emocional forte,bem intenso nos desafios reais da vida,trazendo personagens fortes.
    Gostei desse quote:
    "Venha aqui, menina, não chore", Frank sussurrou. " Por que não? Eu posso ficar triste se eu quiser. Você não precisa tentar fazer passar. Não vai passar. É muito triste de verdade e eu não vou me esconder do que é verdade só porque dói."

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    1. Helen, este trecho é um dos mais significativos do livro! Bela escolha. Bj

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  18. Oi, Manu!
    Que resenha instigante é essa?! Não conhecia o livro nem a autora, mas você conseguiu despertar meu interesse. Gosto de leituras que nos faz refletir. Acho incrível que um livro com tão poucas páginas conseguiu transmitir tanta coisa. Parece uma leitura com carga emocional muito grande. E aborda um tema um tanto delicado. Certamente se um dia tiver uma oportunidade adoraria conferir essa leitura.
    Abraço!

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  19. Oi,Vânia, vc está certíssima. É tudo isso que vc falou. Espero que vc aprecie a leitura e agradeço a gentileza de suas palavras. Bj

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  20. Oi.
    Eu adorei a premissa do livro, adorei todos os personagens e seus problemas, apesar do livro ter poucas páginas tenho certeza que também irá me arrancar lágrimas, enfim amei.
    Boa Tarde.

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    1. Que bom, Marlene! As poucas páginas nos deixam com saudades dos personagens e da escrita elegante de Toni Morrison. Espero que vc goste do livro. Bj

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  21. Manu!
    Fico sempre bem extasiada com suas resenhas, porque trazem uma opinião sincera e não apenas sobre o livro, mas sobre o impacto que causou em você.
    É o tipo de leitura que gosto, porque mostra como tudo fica guardado em nossa memória, as coisas boas e as ruins e como isso afeta em nossas vidas.
    “O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?” (Clarice Lispector)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de agosto com 3 livros 3 ganhadores, participem!

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    1. Rudy, querida, fico tão feliz com suas palavras! Realmente é difícil ser imparcial quando me apaixono por uma história. A resenha se torna uma coisa complicada, as palavras faltam... E sobram sentimentos. Eis o caso.
      Beijo grande p vc.

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  23. Oi tudo bem ..
    Nao conhecia nada da autora e nunca tinha lido nada desse livro,mas confesso que depois da sua resenha fiquei bem curiosa.
    Amo esses tipos de temas sobre amor incondicional entre irmãos,mesmo sendo triste também faz com que o livro seja envolvente e nos faz refletir sobre a vida e o amor,adorei sua resenha ja quero ler o livro e saber o final dos irmãos Money.
    Um abraço e muito sucesso :)

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    1. Obrigada, Andrea. Realmente é uma leitura que taz surpresas e emoções.

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  24. Oi Manu
    Como sempre belíssimas palavras, principalmente porque sempre tratam de histórias fortes, que mexem com nossos sentimentos. Mas você sabe colocar as palavras de maneira certa, que emocionam os leitores de sua resenha. E esse sentimento de "quero mais", quando a narrativa do autor te toca fundo é muito gratificante, o livro acaba mas carregamos suas palavras dentro de nós por muito tempo.
    Obrigada por nos brindar com mais este emocionante resenha.
    abraços
    Gisela

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    Respostas
    1. Gisela, querida, a sensação é essa, como vc disse: carregamos dentro de nós as palavras. Fiquei assim, saudosa, indignada com a força de muitas passagens, pensando em como não posso dimensionar a dor de quem vive essa forma de preconceito, pq não estou no lugar... Enfim, são várias reflexões.
      Vc é sempre gentil comigo, obrigada por comentar e me fazer mais feliz!

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