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24.7.18

Deuses Caídos [Gabriel Tennyson]

Gabriel Tennyson
Ed. Suma de Letras, 2018 - 288 páginas
- "Um serial killer com poderes paranormais está assassinando evangelistas famosos — e os vídeos de cada um deles sendo torturados ganham cada vez mais público na internet. O assassino se proclama o novo messias, e os pecadores devem temer sua justiça. O que a Sociedade de São Tomé teme, no entanto, é que ele acabe com o trabalho de séculos de manter o sobrenatural bem afastado da consciência da população, embora seres mágicos povoem o submundo da cidade. Para garantir que o assassino seja capturado e o máximo de discrição mantida, a Sociedade convoca Judas Cipriano — um padre indisciplinado, descendente de são Cipriano e herdeiro de alguns poderes celestiais. Veterano nesse tipo de caso, o padre é enviado para trabalhar como consultor da Polícia Civil e fica responsável por apresentar à jovem inspetora Júlia Abdemi o lado místico da cidade.Para resolver o caso — e sobreviver —, os dois precisarão de toda ajuda que puderem encontrar... O que inclui se unir a uma súcubo imortal, um dragão chinês traficante de armas mágicas e um gárgula que é a síntese da sociedade carioca."

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Olho por olho

Se você deseja aventura, horror e uma paulada literária dessas de deixar qualquer um com vertigens, Deuses caídos (Suma, 288 páginas) de Gabriel Tennyson é a escolha certa. As descrições são grotescas, o linguajar é cru e real e pode desgostar aos mais puristas e puritanos, mas sem sombra de dúvidas é um texto forte e sincrético que nos desafia a pensar sobre religião, mesmo sendo um livro que privilegia o sofrimento, a repulsa e o pânico. O livro é gore, tremendamente gore.

São Cipriano
Com um prólogo que se ligará a uma das personagens principais, o livro tem abertura ímpar e já nos enlaça pela qualidade de impactar rapidamente.

"Antes de ser violentado por três homens em uma cela em Bangu I, César foi um dedicado professor. Mas isso foi em outra vida, quando não carregava a acusação pelo estupro de uma criança. Seu inferno não veio com fogo ou enxofre, mas no gosto azedo dos detentos, nas surras diárias que lhe custaram os dentes, nas tentativas de voltar à carreira, apesar da ficha criminal. Após cumprir pena, César conquistou o sonho de liberdade para dormir no cimento áspero das calçadas da Vila Mimosa."

Uma entidade inominável surge nas ruas da cidade sangue quente — Rio de Janeiro — para disparar o processo que fará com que os pecadores temam por suas vidas e, pior, por suas mortes.
"Em grande velocidade, filamentos brotaram daquela espinha e começaram a recriar um esqueleto. O crepitar das calcificações misturou-se ao borbulhar da medula que preenchia os ossos. Nervos, veias e artérias se alastraram feito trepadeiras, enquanto na caixa torácica, órgãos inflaram para bobear sangue e enzimas — tudo nascido a olho nu —, revelando que a natureza gestava uma abominação dentro de um útero invisível."

Gárgula
Esta entidade é um matador voraz com poderes sobrenaturais que sai à caça de famosos religiosos que pecaram. Cabe à Sociedade de São Tomé, ligada ao Vaticano, de alguma maneira abafar o caso, capturando tal criatura sem criar pânico na cidade que dorme sem saber que seu submundo está repleto de seres fantásticos, distante da explicação racional que conhecemos e nos mantém sãos.

O indicado para esta missão é um descendente direto de São Cipriano com poderes celestiais, Judas Cipriano, padre indisciplinado, homossexual e avesso aos dogmas da Igreja, veterano em casos extraordinários.

"Além das iniciais no nome, Judas Cipriano compartilhava a santidade com Jesus Cristo. O nazareno era filho de Deus e repudiava o comércio da fé; o outro prostituía milagres ao Vaticano e fazia questão de ser um filho da puta. (...) O corpo era ornado por cicatrizes e as costas tatuadas com um Homem Bode — símbolo de sua família."

Cramunhão
Judas Cipriano consegue enxergar o que ninguém vê, o que há por baixo do véu que separa o mundo conhecido do invisível.

"No bar da esquina, as sombras de bêbados se agitaram, revelando os parasitas espirituais que compartilhavam de seus cigarros e cervejas. Incapaz de resistir aos próprios vícios, uma das sombras se desprendeu do hospedeiro e veio rastejando pela rua no movimento de um cardume que deslizava sob o asfalto. A massa de trevas parou na esquina, ao lado de Cipriano, e ergueu-se em uma espiral. A erva daninha que brotava no cimento rachado começou a ressecar. Ratos e baratas saíram dos bueiros, fugindo de um predador que não devorava carne, mas energia vital. Trevas pulsantes ganhavam volume conforme drenavam a vida ao redor."

O padre é enviado para colaborar nas investigações do Polícia Civil que estão a cargo do delegado Silveira que por ordens superiores é obrigado a colocar no caso a jovem inspetora Júlia Abdemi. Ela possui habilidades que não consegue explicar racionalmente e acha ser genético, tais como comunicar-se com máquinas, facilidade em lidar com armas e imunidade ao fogo. Cabe a Cipriano, como tutor, mostrar-lhe o inexplicável.

Súcubo - Jezebel
O primeiro a morrer é o apóstolo evangélico corrupto e estelionatário Teodomiro Santana. O mesmo é torturado e a transmissão via internet viraliza em pouquíssimo tempo. Ao final do vídeo cabe ao público votar pela salvação ou condenação do pecador. A pena capital é a mais votada.

"Enquanto aguardava o táxi, tentou se distrair imaginando que tipo de entidade torturara o Apóstolo Santana. O criminoso era fluente no idioma angelical e falava com dezenas de vozes diferentes. Será que Jezebel estava enganada? Seria o próprio Legião ou outra falange de anjos caídos? Nesse caso, por que atacar um pastor corrupto, se Santana prestava um belo serviço aos senhores do inferno?"

Cipriano tem um cramunhão, mas é pouco e terá que se aliar a muita gente, tais como um gárgula, uma súcubo, um traficante chinês de armas mágicas, uma fada do dente (isso mesmo, pode parecer anticlimático, mas esperem pra ver que não há doçura na personagem), entre outros, todos viventes do submundo.

E a caçada aos pecadores continua, cada vez mais incomum. Dessa vez a vítima é a falsa médium Verônica Posse, promotora de curas espirituais. O modus operandi é o mesmo, tortura transmitida via internet para que os internautas decidam o veredicto. Os investigadores conseguem chegar ao local com a vítima viva, mas antes estivesse morta.

"Ainda paralisado, o exorcista notou a lasca de cerâmica ensanguentada em uma das mãos da médium; na outra, um pedaço de carne sangrenta. Cipriano pensou em chamar uma ambulância, mas não faria sentido; a mulher não podia estar viva — não depois de tamanha brutalidade.
Até que Verônica enfiou a telha na gengiva e aumentou o próprio sorriso."

Fada do Dente
O que vale é a Lei de Talião: “olho por olho, dente por dente”. O enredo caminha para o embate entre a criatura que se intitula o Novo Messias e Judas Cipriano. Seus aliados não são confiáveis, suas escolhas não são as melhores, mas lidar com as questões que sempre o atormentaram fere mais que lâminas. Cipriano não está lidando com um caso comum de possessão, está lidando com alguém que possui o poder de um deus e que está sendo adorado por milhões – “a fé alimenta os deuses”.

"Como escravos de suas respectivas religiões, os deuses entraram em guerra para disputar a fé dos povos. Sendo projeções de crenças que se manifestavam fora da realidade temporal, eles nasciam em dimensões em que passado, presente e futuro fluíam simultaneamente — era um clássico paradoxo do ovo e da galinha: os humanos criaram as divindades que os criaram antes daquilo que era conhecido como o tempo. Quanto maior o número de crentes, maior a capacidade de um deus em interferir no mundo físico. Muitas deidades tinham perdido sua influência na Terra porque seus cultos desapareceram, mas outras não deixaram isso acontecer."

Enfim, não quero mais falar deste enredo mirabolante, nem das bárbaras descrições deste sonho insano de Tennyson. Há coisas que me incomodaram sim, mas são irrelevantes. A diferença é que aqui as coadjuvantes não estão no enredo por estar, não há enrolação, e aí Tennyson ganha muitos pontos. Principalmente pelas questões aventadas.

" (...) Por que alguém evitaria o pecado em um mundo em que os pecadores estão no topo da cadeia alimentar?"

São inúmeras referências bíblicas e históricas, totalmente antenadas com a atual produção literária. Sou a favor de um livro que se feche em si mesmo; ando cansado de tantas continuações que na maioria das vezes nem são lançadas em sua totalidade. Mas quero abrir, aqui, uma exceção — desejo estes personagens de volta, quero mais histórias de Judas Cipriano e sua galera, já me sinto saudoso. Daria um filme excepcional se este livro fosse lançado nos EUA, podem apostar.

Muitas vezes a morte não redime e o quem vem depois dela é bem pior que a vida que levamos.


Rodolfo Luiz Euflauzino
Ciumento por natureza, descobri-me por amor aos livros, então os tenho em alta conta. Revelam aquilo que está soterrado em meu subconsciente e por isso o escorpiano em mim vive em constante penitência, sem jamais se dar por vencido. Culpa dos livros!
Cortesia do Grupo Companhia das Letras
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36 comentários em "Deuses Caídos [Gabriel Tennyson]"

  1. Oi, Rodolfo,

    Acredito que o autor foi bem ponderado e genial nessa junção de elementos, mescla sobrenatural e referências voltadas às nossas terras brasileiras.

    O que não torna o desenvolvido da história evasiva, e a molda de forma única e criativa e fora de comum. É um bom meio de prender o leitor.

    No entanto, confesso que eu achei a premissa bem doida...

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    1. cara Daiane, Gabriel sabe como mesclar cultura pop, folclore, religião e ocultismo, tudo muito bem dosado. sua escrita é saborosa. talvez minha resenha tenha ficado mais doida ainda, de qualquer forma espero que leia também. bjos

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  2. Achei o enredo chocante, mortes transmitidas onde a audiência vota pela morte ou não do torturado é bem forte, e apesar de ter gostado da resenha e achado interessante a questão de nos fazer refletir sobre religião não me vejo lendo e gostando de uma história assim. Fui pesquisar o que era Gore e achei que é caracterizado pela presença de cenas extremamente violentas, com muito sangue, vísceras e restos mortais de humanos ou animais, então Rodolfo vou te dizer que a resenha tá ótima, mas que o gênero infelizmente não me prende mas acho que deve ter um público cativo e o mesmo deve gostar bastante desse livro.

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    1. cara Lili, é chocante sim, próprio do sub-gênero "gore" (se querem sangue, aqui tem sangue). que triste este livro não lhe chamar a atenção. ainda assim obrigado pelas palavras. bjos

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  3. Mesmo sendo muito avessa a historias que misturem religião, fantasia e isso de bichinhos chifrudos, gostei do que li acima.
    Gosto muito disso de gore não..rs mas pelo que entendi, em tudo há um fundamento, então isso se aplica ao sangue também.
    E sabe, sendo literatura nacional a gente precisa sim, tirar o chapéu e dar uma bela chance! Ainda mais com isso de que este enredo lá fora, valeria um bom filme!!
    Se puder, quero muito ler!!!
    Beijo

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    1. minha cara, você pensa como eu - temos que acabar com este preconceito absurdo para com a literatura nacional. tenho certeza de que se este livro fosse editado fora já teria se tornado um filmaço. o enredo é veloz e cinematográfico. leia também depois me diga o que achou.

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  4. É uma história que tem uma mistura de vários elementos e acho que esse foi o acerto do autor. O sobrenatural sempre deixa o leitor grudado nas paginas querendo saber o que vai acontecer e acho que esse livro não poderia ser diferente disso.
    Não é uma leitura que eu faria porque não gosto do gênero mas a premissa é sem duvidas muito boa.

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    1. cara Luana, esta miscelânea dá um ótimo caldo, Gabriel acertou a mão. pena você não gostar do gênero, mas dê uma chance para este livro nacional cheio de surpresas boas. bjos

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  5. Rodolfo!
    Apesar de não ler o gênero há algum tempo sempre que me deparo com esses livros que abordam o tema já me prende atenção e o enredo parece ter sio bem desenvolvido, já qro ler!
    Bjs!

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    1. cara Aline, que delícia saber que você dará uma chance ao autor nacional. Gabriel é um cara tremendamente imaginativo e capaz. bora ler mesmo. bjos

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  6. Li o livro e amei! As trezentas páginas prenderam o meu fôlego numa leitura bastante fluída. É um livro que dará orgulho de oferecer a oportunidade de conferir um exemplo de literatura nacional de qualidade. Uma narrativa fluída, repleta de cenas de ficarmos boquiabertos!

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    1. caro Ycaro, que legal. são 300 páginas que passam tão rápido que já quero mais e mais de Judas Cipriano. vamos fazer pensamento positivo pra que Gabriel nos presenteie com mais um livro deste personagem arrebatador. abraços

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  7. É uma história que tem uma mistura de vários elementos e acho que deu super certo. Pela resenha deu para perceber que tem muita aventura e fantasia,E e muito bom uma leitura assim brasileira.Mostra que não deixamos nada a dever aos internacionais.Gostei...

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    1. cara Ana Lucia, bota mistura nisso. tem tudo isso que você falou e muito mais. a literatura nacional é uma luz que não se apaga e Gabriel é a prova disso. fico feliz que tenha gostado, leia também! bjos

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  8. Rodolfo!
    Como você acho uma raridade livro único e com final fechado e esse é o primeiro motivo que me atrai a fazer a leitura.
    Depois gosto demais de livros que trazem uma abordagem religiosa embasada e mesmo tendo uma linguagem crua, sem rodeios (outro aspecto que me atrai), acho pertinente essa forma de colocar os fatos, afinal, mostra o que realmente aconteceu pela visão do autor.
    Vejo que é um livro rico em conhecimento e claro que quero ler.
    “O homem está sempre disposto a negar tudo aquilo que não compreende.” (Blaise Pascal)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA JULHO - 5 GANHADORES - BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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    1. cara Rudynhaaaa, que bom que não estou sozinho nesta luta por livros que terminem em si mesmo e não se tornem caça níquel. este livro tem mesmo sua cara, cheio de ligações que lhe trarão satisfação na leitura sendo você conhecedora e apreciadora do sobrenatural. nem preciso dizer que espero sua leitura pra gente prosear. bjos

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  9. Olá!
    Não tinha imaginando que esse livro teria esse tipo de historia, pensei em coisas mitologia grega, já pelo nome do livro fala de Deuses Caidos, mas gostei dessa premissa. A trama é bem interessante e tem uma historia bem chamativa..

    Meu blog:
    Tempos Literários

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    1. cara Lily, Gabriel manda muito bem, conhece do que escreve e este já é um bom caminho. além do mais é um cara antenado com uma escrita moderna e ágil. gostei bastante e recomendo. bjos

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  10. Eu não conhecia o livro. O enredo em si parece bem interessante; serial killer, crimes, internet, fanatismo. Já li livros com trechos pesados, mas não algo que parecesse ter tanta ênfase em cenas assim. Não sei como eu reagiria. Só lendo pra saber. Gostei da trama ser bem finalizada, também estou um pouco cansado das continuações que deixam a estória pelo meio do caminho. Acho que cada livro deve se fechar em si, deixando simplesmente uma abertura para o próximo.

    Evandro

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    1. caro Evandro, que bom que este livro lhe chamou a atenção porque ele é bom demais no que se propõe a fazer que é nos imergir num universo sobrenatural. gostei muito, ainda mais por ser de um autor brasuca. a literatura de horror está muito bem representada na figura de Gabriel Tennyson, guarde este nome. abraços

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  11. Não conhecia o livro, mas gostei toda essa premissa bem sobrenatural.
    E ainda estou mais empolgada ainda por ser autor brasileiro.
    É o tipo de trama que me prender completamente com várias referências históricas e com uma dose de fanatismo.
    Já até adicionei na minha lista.

    beijinhos
    She is a Bookaholic

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    1. cara Nicole, que notícia boa querida. temos que nos ater a autores daqui sim, sempre, porque a concorrência é desleal, há inúmeros livros ruins com propaganda massiva e quando a gente lê é decepcionante. quanto ao livro de Tennyson você irá se surpreender positivamente pela qualidade. leia sim! bjos

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  12. Oi Rodolfo,
    Não conhecia esse autor nacional, legal ver por aqui.
    Bem punk esse livro, só pelos trechos dá pra sentir que as descrições são vívidas.
    Olha, minha preferência também está caminhando para histórias únicas, mas quando os personagens conquistam a gente e clamam por continuações, é muito bom!

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    1. cara Helen, você disse tudo: "quando os personagens conquistam a gente e clamam por continuações"... adorei. leia também querida. bjos

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  13. Olá! Uau que resenha, fiquei bem curiosa para conferir o livro, o enredo parece ser muito interessante e bem dinâmico, cheio de ação e mistério. Muito bom saber que é livro único, mas ao mesmo tempo com personagens tão bem trabalhados que ficamos com vontade de ler uma nova história deles.

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    1. cara Elizete, que delícia que a resenha lhe abriu o apetite. espero que você também leia este livro, Tennyson vai decolar. bjos

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  14. Olá Rodolfo!
    Uma mistura de Dan Brown com um pouco de fantasia, achei sensacional!
    Envolver religião em uma história tem dois lados, ou conquista, ou não, como se trata de algo não romântico, e com conteúdo real, eu gostei, gostei de como usaram a tecnologia, de como mostrou quer ser o grande "juiz" ao apontar o dedo, todos os artifícios usados foram bons!
    Quando aos pequenos pontos que incomodam, bem, nem sempre encontramos uma história perfeita não é?
    Beijos!

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    1. cara Vitória, novamente você tem toda razão quando aos pequenos pontos, mas no geral é um livro sensacional, coisa louca um autor brasuco tão imaginativo. gostei demais. não sei se seria como Dan Brown, com seus ganchos e mais ganchos. de qualquer forma ele consegue nos prender a atenção do começo ao fim e se você gosta do sobrenatural e temas controversos este livro será ideal, se não gostar poderá se deliciar com uma ótima aventura. bjos

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  15. Oi, Rodolfo!!
    Que história mais sensacional, acho que essa palavra define a obra desse autor. Achei muito interessante a forma que o autor, Gabriel Tennyson, coloca elementos sobrenaturais na história, só pelos trechos descasos da para perceber como é maravilhoso esse livro.
    Bjos

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    1. cara Marta, bota sensacional nisso. é livro de terror e nacional (muito importante frisar). nossa literatura de horror tem mais um representante de peso e está no caminho certo. quero mais livros dele e espero que você também o leia. bjos

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  16. O livro mistura tudo mesmo, serial killer, religião, sobrenatural, policial... Achei interessante saber que o autor é brasileiro. Gostei dos trechos, apesar de não ler muitos livros nessa temática mais fantasiosa. Imagino que tenha mesmo muitas referências bíblicas e históricas, até porque só pela sinopse pude perceber que existem vários detalhes e personagens na história e pelo visto foram bem trabalhados.

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    1. cara Mariana, não é um serial killer qualquer, o danado é mais que isso. são tantas referências que valeria um estudo (fui me guiando pelo google mesmo e tudo tem um porquê). o enredo é veloz e nos traz uma leitura saborosa. leia também. bjos

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  17. Oi Rodolfo,
    Já tinha visto a capa deste livro, mas não sabia que se tratava de uma obra nacional. Os elementos que você apontou no início da resenha fazem total sentido ao entender a proposta desta trama. Se o autor queria chocar a comunidade leitora ele conseguiu, mas também conseguiu surpreender (pelo menos a mim). Trabalhar com religião de uma forma nada tradicional e ressaltando tudo que for contra ela é muito corajoso e ousado, mas como você mesmo falou não irá agradar a todos, pelo contrário, muitos se sentirão incomodados e até ofendidos. Um ponto que se destaca (não necessariamente de uma forma positiva) é o fato de que a sociedade aqui é quem decide a condenação daqueles marcados. gora imagina o mesmo cenário na nossa realidade. Em uma mistura de realidade com elementos de fantasia, Gabriel Tennyson soube inovar e, me parece, extraiu ao máximo sua proposta para este livro.

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    1. cara Gislaine, sou muito sensível a capas, compro muitos livros por elas. o livro é chocante e cada cena dá pra ser imaginada e relembrada (principalmente quando escurece o dia). e já que você tocou no assunto da decisão pela net, é possível hoje em dia observarmos que é por ela que temos o pior tribunal porque não há rostos, apenas opiniões raivosas. não é difícil imaginar isso acontecendo hoje em dia em "snuff". a loucura está em toda parte. é um gore, então muita gente se escandaliza, mas a realidade pode superar a fantasia. bjos

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  18. Olá, Rodolfo
    Nossa vi muita propaganda da editora a repeito desse livro, mas resenha foi a primeira que li.
    Que enredo fico imaginando como é a mente desse autor para criar essas coisas, quero ler porque fiquei muito curiosa.
    Como nos dias de hoje amamos algum livro, mas sempre tem algo que nos desagrada, frustra durante o livro.
    Beijos

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    1. cara Luana, muitas vezes vejo propaganda massiva de livros vindos de fora, por isso louvo a iniciativa de se promover um autor nacional. quanto ao autor, vale muito a pena, o cara é super talentoso, fôlego novo na literatura de horror da terrinha.leia também pra gente falar mais a respeito, podermos ver prós e por que não contras dessa aventura. bjos

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