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29.4.19

[Bookserie] Engenharia Reversa: Parte XLIII - O Pacto


Engenharia Reversa

Parte XLIII - O Pacto

Daniel e Soraya chegam ao Laboratório 001, chamando internamente de Lab001, a principal instalação de ciência e tecnologia do Exército Brasileiro. O lugar é imenso, lembra um hangar de naves corporativas, porém, ao invés de veículos aéreos, está repleto de equipamentos, técnicos e cientistas vestidos com macacões de borracha e ampliadores oculares. Grandes guindastes que pendem do teto nas laterais seguram corpos robóticos, Daniel consegue identificar que existem dois tipos de robôs: um militar e outro que aparenta ser voltado para reparos. Além disso, entre os guindastes e os equipamentos onde as pessoas trabalham, existem grandes esferas de metal, cada uma delas com pelo menos três metros de diâmetro.

Daniel também nota que não existem guardas lá dentro, apenas drones que repetem padrões de patrulha, voando lentamente ao redor dos humanos. Então ele vê, bem no centro da instalação e sobre uma pequena elevação, um grande cilindro de vidro cheio de um líquido verde e brilhante e, dentro dele, Bel Yagami flutua.

"O capacete de contenção! Eles conseguiram removê-lo", Daniel comemora ao notar que o equipamento não está mais na cabeça de Bel.

Um tubo vermelho está conectado ao nariz dela, outro ligado ao CND, e muitos elétrodos espalhados pela cabeça. Veste uma espécie de malha de corpo inteiro, prateada e que possui círculos negros em pontos específicos: entre os braços e ante-braços, quatro no peito, formando um retângulo, e mais dois nas pernas, um em cada joelho.

Abaixo do cilindro, vários monitores exibem dados e gráficos, sendo observados por apenas um homem.

- Como ela está?

O homem se assusta ao virar-se e ver Soraya e Daniel atrás dele.

- Tenente, desculpe-me, não percebi sua chegada. Ela está estável. Os níveis de Neutroxina estão bons, de forma que não vamos precisar administrar mais.

- Capitão Daniel ? - o homem diz, quase sorrindo.

- Coronel - corrige Soraya.

- Desculpe-me! Coronel, coronel Daniel!

- Sim?

- É uma honra recebê-lo aqui, senhor - o técnico abaixa a cabeça em sinal de respeito, visivelmente emocionado.

- Claro, claro.

- Não temos tempo para conversa fiada - intervém a tenente. - Coronel, diga logo o que precisa ser feito e o TC 5003 vai executar.

O operador rapidamente volta para sua postura inicial, enrijecendo a coluna na poltrona. Daniel engole em seco, sentindo-se desconfortável por um momento. Ele examina Bel e em seguida olha para os monitores, sua mente está a mil, precisa dar um jeito de tirá-la daquele lugar, mas no momento a prioridade é Thiago.

- Bem, vocês já realizaram uma varredura de hardware nela?

- Sim! Nunca vimos nada tão avançado, exceto, é claro, pelo Invólucro de Contenção.

- Invólucro? - Daniel levanta uma sobrancelha.

O técnico sorri levemente. A lente em seu ampliador ocular gira e aumenta, então, o homem começa a explicar:

- É esse aparelho aqui onde a biocomputador está. Com ele conseguimos monitorar e até controlar vários parâmetros do corpo dela. Tecnologia inimiga, sabe, roubada das malditas corporações.

- TC 5003! Limite-se a obedecer as ordens do coronel! - repreende Soraya, enfática.

O homem empalidece, a lente de seu ampliador gira e retrocede. Daniel aproxima-se dele e espera alguns segundos até o sujetio se recompor.

- Muito bem, é o seguinte: em algum lugar na memória dela existe uma imagem digitalizada, uma consciência humana completa. Preciso que você encontre essa área e copie todos os dados, e então faça a transferência para um corpo robótico.

- O quê? - TC 5003 franze a testa. - Ela é bem mais poderosa do que imaginávamos! Essas células de memória são muito pequenas para tanta informação! - o técnico olha para Soraya. - Tenente, temos que descobrir como eles fizeram isso, qual o material utilizado, qual a calibragem!

- E vamos, mas não agora, agora, você deve se concentrar em atender o pedido do coronel.

- Mas vocês também conseguem fazer isso, transferir consciências, afinal, não transferiram a consciência do Marechal para aquele corpo robótico? - intervêm Daniel.

- Sim, conseguimos - responde a tenente. - Mas é um processo demorado e consome muita energia, e nossas células de memória intermediáreis são imensas.

- Ah claro, porém, no caso do Marechal, era um corpo muito mais complexo, por isso demorou tanto, mas para um Pretoriano ou um Suporte leva um pouco mais do que uma hora - complementa TC 5003.

- Pretoriano? - diz Daniel.

- Não, não vamos usar o Pretoriano. A consciência será transplantada para um Suporte. Entendo que esteja confuso, coronel. Veja ali - Soraya aponta para os robôs pendurados ao fundo -, Pretorianos são corpos de combate para guerreiros treinados, são a ponta de lança de nossa infantaria. Entendo que seu amigo não é um guerreiro, então, o mais adequado para ele, como hacker, é um Suporte, um técnico especializado. Enfim, vamos começar?

Daniel anui, embora pense que ter Thiago em um corpo Pretoriano seria muito melhor.

- As ordens, Tenente. Iniciando o monitoramento dos bancos de memória - diz o técnico, mexendo nos controles.

Um gráfico em três dimensões surge em todos os monitores. A imagem mostra o corpo de Bel formado por linhas que se cruzam formando uma matriz de retângulos translúcidos. Então ocorre uma aproximação muito rápida, um zoom na região da cabeça, com a câmera entrando por um dos retângulos. Um círculo amarelo aparece na tela, e ao lado dele uma tabela com muitos números e códigos. Os números começam a mudar ao mesmo tempo em que uma região do círculo passa do amarelo para o azul. Segundos depois, uma área que representa mais da metade do círculo está destacada em azul.

- Consegui localizar a região de memória. 128 Zeta Bytes de dados foram alocados para um arquivo chamado 'thiago-sinapses-image', é isso, coronel?

- Sim! É o Thiago!

- Ótimo. Estou começando a cópia. Enquanto isso, vou selecionar o corpo.

O técnico abre uma nova janela dentro do terminal e digita alguns comandos. Imediatamente, um braço mecânico responde no fundo da sala, movendo um robô do tipo Suporte para uma área específica, demarcada no chão através de um quadrado pintado em amarelo. De uma das grandes esferas próxima ao quadrado brotam pares de pernas mecânicas, dois pares de cada lado, dois pares de quatro pernas articuladas e coniformes, e a esfera começa a se mover como uma aranha, produzindo um som agudo de metal chocando-se contra metal e indo na direção do corpo robótico. Ao parar, a 'aranha' abre uma pequena escotilha próxima de sua extremidade superior e por ela sai um cabo prateado e retrátil, que fica mais fino a medida em que se aproxima do robô. Já quase como uma agulha, o cabo se conecta à uma entrada no meio do rosto de metal do Suporte.

- Tudo certo. A transmissão está acontecendo, deve demorar por volta de uma hora e meia.

- Bom trabalho, TC 5003 - elogia Daniel sob um olhar severo da oficial ao seu lado.

- Bem, Coronel, sua demanda foi atendida. Enquanto espera, eu gostaria de atualizá-lo sobre suas atribuições e, principalmente, de como funciona a hierarquia por aqui, porque pelo que pude notar, o senhor ainda parece meio fora de contexto.

- Seria ótimo, tenente. Estou realmente muito curioso sobre esses Pretorianos.

- Me acompanhe, por favor.

Soraya começa a andar apressadamente para fora do laboratório, Daniel a segue, porém, antes de sair da sala dá uma boa olhada em Bel, e depois para o futuro corpo robótico de Thiago, os cabos conectados na aranha estão emitindo pequenas luzes amarelas em sequência, significando que a consciência está sendo transferida.

Escoltado por seus dois Arcanjos, o Marechal adentra o Lab001. Boa parte dos cientistas e técnicos já se foram, restando apenas a pequena equipe do turno da noite. Poucas fontes de luz, provenientes dos monitores, quebram um pouco a penumbra que reina no laboratório. Ao fundo, a aranha já terminou o seu trabalho e o corpo robótico de Thiago está recebendo uma última atualização.

Ao verem o Marechal, os cientistas e técnicos param o que estão fazendo e se ajoelham com os olhares voltados para o chão. O gigante prateado segue imponente entre os homens e mulheres, as luzes dos monitores refletidas em seus músculos esculpidos na couraça. Ele está com os braços voltados para trás, observa os trabalhadores com interesse, nenhum ousa olhar de volta. Embora menores em altura do que o Marechal, os Arcanjos em suas armaduras blindadas e verdes são muito mais encorpados e fazem o chão tremer ligeiramente a cada passada.

A comitiva chega ao Invólucro de Contenção, o Marechal sinaliza para os Arcanjos pararem, enquanto ele se aproxima dos terminais, examinando os muitos teclados e botões. Em sua mente, acessa uma conexão wi-fi e em segundos estabelece um canal com o equipamento, então, olha para cima e vislumbra Bel Yagami flutuando em meio a Neutroxina.

"Bel, pode me ouvir?".

A voz do Marechal invade a mente de Bel, como se viesse de todos os lados e a tira do coma induzido. Dentro do cilindro de viro, seu corpo sofre uma contração e ela assume a posição fetal.

"Eu sinto que o medo cresce em você, não tema, estou aqui para ajudá-la".

"Quem... quem é você? Exijo que me tire daqui imediatamente!".

"Calma, isso poderá acontecer, mas antes preciso lhe contar, ou melhor, lhe mostrar uma coisa. Saiba que eu sou um amigo, talvez seu único amigo no mundo".

"Desgraçado! Você é o maldito contratante, não é? Aquele que pagou para Maestro e Davi me sequestrarem!".

"Vou repetir: Não sou seu inimigo, sou aquele que salvou você da escravidão. Que salvou você de uma vida inteira a serviço das corporações que destruíram o mundo, que criaram a sua espécie e depois a exterminaram sem piedade".

Mil lembranças invadem a mente de Bel. O Marechal sente a mudança nela, sente o ódio aflorar.

"Sim, o grande Alfa Um, único de seu tipo, seu progenitor, exterminado como uma ameaça que ele nunca foi. Isso, lembre-se de seus irmãos assassinados a sangue frio, perfeito, minha cara, deixe a raiva fluir por suas veias".

Os monitores sinápticos registram picos de atividade mental em Bel, ondas Theta explodindo em números sobre-humanos. Os lábios prateados esboçam um pequeno sorriso.

"O que os livros de história chamam de o 'O Expurgo Sintético' foi um crime sem precedentes na história da humanidade, exterminaram uma nova espécie inteiramente por medo. Agora, veja isso".

Um arquivo de video é enviado para o cérebro bio-eletrônico de Bel e se auto-reproduz. Ela vê as imagens de uma reunião. Uma senhora, estranhamente muito parecida com ela, conduz o encontro com um grupo de hologramas. Palavras são destacadas: Protocolo Omêga, EBC-25, Terroristas, Maestro, Brasil.

"Esses são seus verdadeiros inimigos, você sabe o que é o protocolo Omêga? É claro que sabe. Vetrusa Yagami é sua mãe humana, Alfa Um criou você a semelhança dela. Vetrusa Yagami é a líder do Círculo Interno da GFA, ela é a mulher mais poderosa do planeta; e ela assinou a ordem para que você fosse caçada e exterminada."

Bel não responde, sua mente está envolta em uma tempestade de sentimentos conflitantes, mas a raiva se sobressai a todos eles, explodindo por todas as sinapses, nervos e circuitos digitais.

"Vou repetir: sua mãe assinou uma ordem para que você fosse exterminada. Sua mãe".

Então a imagem nas retinas de Bel muda para uma operação militar. Dezenas de soldados atirando em crianças, homens e mulheres, matando sem piedade, sem testemunhas, até que eles param subitamente, deixando vivas apenas cinco crianças, dentre elas, a própria Bel.

Depois, cenas de protestos ao redor do mundo, pessoas tomadas pelo ódio atacando e destruindo robôs operários,pessoas atacando e trucidando outras pessoas. Aviões lançando bombas em cidades indefesas, animais sendo mortos por esporte ou para consumo, chaminés despejando toneladas de resíduos tóxicos na atmosfera. Cogumelos nucleares varrendo do mapa cidades chinesas, cogumelos atômicos transformando cidades norte-americanas em pó. As retinas de Bel são inundadas por morte, destruição e sofrimento. Então ela lembra de tudo que presenciou até o momento, das mortes no deserto, das mortes em Vix, da trilha de corpos que deixou pelo caminho.

"Morte, é só isso que os humanos fazem. Eles matam por lucro, matam por ódio, matam por prazer".

"Entendo, entendo muito bem, mas quem é você para julgar sua própria espécie?"

"Não sou mais humano. Abdiquei de meu corpo de carne e osso e de meus pensamentos destrutivos. Hoje, sou algo diferente, sou um ser artificial, como você."

A imagem do Marechal aparece nas retinas de Bel.

"Sim, eu já fui como eles, eu já fui um soldado, um patriota que viu seu país ser destruído pela ganância de políticos corruptos e por revolucionários sem escrúpulos, e que jurou vingança e matou sem nenhum remorso. Mas eu aprendi, e hoje tenho um ideal".

"Você tem um ideal, certamente: trazer mais morte e destruição para esse mundo".

O rosto do Marechal é tomado pela seriedade.

"Morte, provavelmente, mas eu diria que o termo correto para o que busco é vingança. Serei muito claro, Bel Yagami: eu lhe trouxe aqui para que, juntos, possamos restabelecer a paz no planeta, e infelizmente isso só será possível através da guerra, da guerra contra as malditas corporações que exterminaram sua raça e que agora controlam o meu país; foram elas que fomentaram a revolução que matou milhões de brasileiros, que encheu essa terra antes linda e majestosa de sangue e caos, portanto, minha cara, eu lhe faço uma proposta".

"Diga".

"Junte-se a mim, assuma o posto de líder suprema das tropas brasilianas, ajude-nos a reconquistar o Brasil, em troca, você poderá vingar-se da VNR e de todas as outras malditas corporações. Você tem o poder para colocar a GFA de joelhos e trazer, enfim, paz e justiça para o planeta. O que me diz?".

"Tenho apenas uma condição ".

"Pode pedir o que quiser".

"Eu decido quem deve morrer".

O Marechal franze a testa, dá de ombros e caminha pela sala, então se volta para Bel:

"Aceito. Temos um pacto?".

"Primeiro, tire-me daqui".

Bel sente seus movimentos pouco-a-pouco serem restabelecidos. A Neutroxina começa a ser drenada de dentro do cilindro, em segundos sente o chão frio do cilindro sob seus pés descalços. O vidro se retrai para os lados, e o Marechal estende a mão para ela, que aceita o gesto e então começa a andar para fora do cilindro.

"Sim, Marechal, temos um pacto, agora, quero ver Maestro".

"Ótimo, Yagami, é muito bom tê-la ao nosso lado, e pode ter certeza: somos iguais".

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14 comentários em "[Bookserie] Engenharia Reversa: Parte XLIII - O Pacto"

  1. Pelo jeito, lá vem uma nova história a seguir! Já que esta acima me soou mais como um grande diálogo! Aliás, estava lendo e vendo nitidamente esta conversa sendo feita, em volta de uma grande sala de vidro, e lá dentro, tubos, aparelhos, sons...e pouca vida.
    Mas que com o decorrer das linhas, vão ganhando novos ares e oh, esta descoberta será crucial para que o enredo para o outro lado da trama!!!!
    Eba!!!
    Aguardar as próximas páginas!!!
    Beijo

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  2. Que capítulo foi esse!?!?!? OMG André!!!
    Como disse no capítulo anterior cheguei faz pouco tempo mas já estou completamente ligada a história.
    Vê se posta o próximo logo ou vou morrer de ansiedade.

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  3. Realmente o próximo capítulo promete. Esse cenário de ficção científica é perfeito. A narrativa consegue nos inserir nesse universo e imaginar cada detalhe. É muito bom quando nós leitores nos sentimos parte da trama, como se estivéssemos presenciando cada acontecimento.

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  4. Olá!
    O capitulo está incrível e estou bem ansiosa pro próximo capitulo, muita coisa estar por vir né..
    Estou ansiosa para saber o que irá acontecer e o desenrolar de tudo.

    Meu blog:
    Tempos Literários

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  5. Olá André!
    Sinto cheiro de vingança no ar. Pelo visto o marechal conseguiu fazer uma lavagem cerebral em Bel. Apesar de não ser muito fã de ficção científica estou criando afeição pelos personagens dessa série.
    Beijos

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  6. Oi, André!!
    Mas um capitulo maravilhoso!! Preciso ler com urgência os capítulos anteriores para acompanhar direitinho a história!!
    Bjos

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  7. Olá, André
    Nossa esse capítulo foi demais, cheio de surpresas.
    Esse acordo entre os dois promete quando a Bel fala eu decido quem vai morrer.
    Ansiosa para ter a continuação, beijos!

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  8. Uau!
    A maneira que conta essa história fisga o leitor e deixa um gostinho de quero mais.
    Muito bom!

    Beijos

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  9. Olá André!
    Dá pra perceber que essa parceria entre Bel e o Marechal vai dar o que falar nos próximos capítulos, né? Esse clima de conspiração para deter o avanço das corporações só eleva a ansiedade por mais ação, porém acredito que esse desejo de vingança do Marechal pode alterar um pouco a sua concepção de sensatez. Só resta aguardar pra ver no que vai dar.
    Beijos.

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  10. Olá! O capítulo sempre nos surpreende com muitas reviravoltas! O final nos deixa ansiosos pela continuação.

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  11. And´re!
    Achei o máximo essa sua ideia de criar uma máquina que pode 'scanear' a mente e descobrir coisas que estão bem no inconsciente.
    Muitas surpresas, quero mais...
    cheirinhos
    Rudy

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  12. Eita, e agora como vai ser depois desse pacto que Bel fez com o Marechal?! Pelo menos ela conseguiu que sua condição fosse aceita...
    Ansiosa para ler os próximos capítulos! Bjos!

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  13. Não tinha lido antes, mas já vou procurar os outros capítulos, porque parece ser muito bom! Parabéns.

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  14. Passei tanto tempo longe do blog que eu nem sabia que estava rolando essa bookserie. Achei interessante a proposta dele mas eu vou correr e procurar os episodios anteriores

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