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Ed. Bertrand Brasil, 2017 - 434 páginas |
- "Livro que deu origem ao seriado Wire in the Blood. Garotas estão desaparecendo por todo o país, e, aparentemente, não há qualquer ligação entre os desaparecimentos. Cabe à recém-formada equipe de análise do Dr. Tony Hill ir atrás de pistas que estabeleçam padrões ou conexões. Mas, após um subordinado surgir com uma hipótese, um dos membros da equipe aparece morto, e a questão se torna pessoal. Agora, acompanhado de sua colega Carol Jordan, Hill embarca em uma campanha de terror psicológico onde os papéis de caça e caçador podem se confundir com facilidade. Depois de tantos anos investigando as mentes de homicidas insanos, a dupla está prestes a descobrir que homens sãos também matam."
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Ed. Novo Conceito, 2017 - 224 páginas |
- "Recuperando-se do terror que vivenciou nas mãos da máfia, Lumikki tem a chance de deixar a Finlândia, se livrando das roupas pesadas, das lembranças sombrias... e do perigo. Ela só quer ser uma garota normal, misturar-se à multidão de turistas e aproveitar as férias. Quando Lumikki conhece Zelenka, uma jovem misteriosa que alega ter o mesmo sangue que ela, as coincidências são inquietantes. Rapidamente ela se vê envolvida no mundo triste daquela mulher, descobrindo peças de um mistério que irá conduzi-la a uma seita secreta e aos mais altos escalões do poder corporativo. Para escapar dessa trama asfixiante, Lumikki não poderá fazer tudo sozinha. Não desta vez."
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Ed. Seguinte, 2017 - 496 páginas |
- "Amani Al’Hiza mal pôde acreditar quando finalmente conseguiu fugir de sua cidade natal, montada num cavalo mágico junto com Jin, um forasteiro misterioso. Depois de pouco tempo, porém, sua maior preocupação deixou de ser a própria liberdade: a garota descobriu ter muito mais poder do que imaginava e acabou se juntando à rebelião, que quer livrar o país inteiro do domínio do sultão. Em meio às perigosas batalhas ao lado dos rebeldes, Amani é traída quando menos espera e se vê prisioneira no palácio. Enquanto pensa em um jeito de escapar, ela começa a espionar o sultão. Mas quanto mais tempo passa ali, mais Amani questiona se o governante de fato é o vilão que todos acreditam."
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Ed. ALEPH, 2017 - 340 páginas |
- "Nós é um romance distópico escrito entre 1920 e 1921 pelo escritor russo Yevgeny Zamyatin. A história narra as impressões de um cientista sobre o mundo em que vive, uma sociedade aparentemente perfeita, mas opressora, e seus conflitos ao perceber as imperfeições dele, ao travar contato com um grupo opositor que luta contra o 'Benfeitor', regente supremo da nação. O livro só adentrou legalmente a pátria-mãe do autor em 1988, com as políticas de abertura do regime soviético, por estar proibido na então União Soviética devido à censura imperante no país."
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Ed. Essência, 2017 - 256 páginas |
- "Para a adolescente Lucy, nada é mais importante que o balé. A dança a transporta para um mundo onde a dor, as lembranças ruins e a violência não existem. Um mundo só dela. Um dia, porém, aquela garota certinha é obrigada a mudar de escola. E é nesse novo ambiente, repleto de descobertas e Inseguranças, que conhece um garoto que só usa cinza e vive com uma toca de lã na cabeça. Jude, o maior bad boy da escola, é lindo e seria o sonho de toda garota, e talvez até o genro que todo pai pediu a Deus... se não tivesse sido preso várias vezes e não morasse num abrigo para garotos desajustados. Lucy não liga para a opinião dos outros: o mais importante é o que Jude sente por ela. E o rapaz parece disposto a abrir seu coração, ainda que um segredo que assombra o passado e o presente dos dois esteja prestes a estraçalhar essa paixão. “Jude era a doença para a qual eu não via cura. A droga da qual eu não queria me livrar nunca. ” LUCY"
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Ed. Essencia 2017 - 480 paginas |
- "Dennis, um brasileiro alto, bonito, sensual - e safado -, vive na Alemanha onde é professor de matemática. Durante um voo do Rio de Janeiro para Munique, ele se encanta com a ousada Lola. Ele não consegue esquecê-la, porém a exuberante ruiva não lhe deixa nenhuma pista de seu paradeiro. A vida segue e quando Dennis é chamado para dar aulas numa refinada escola britânica, ele percebe que o convite, irrecusável, é uma boa oportunidade de começar uma nova vida, com novas conquistas. Já acomodado em Londres e no novo emprego, o brasileiro se surpreende ao descobrir que Lola é a professora de balé da mesma escola que o contratou. O destino parece decidido a juntar os dois, mas Dennis vai ter que superar inúmeros obstáculos e mudar seu jeito de lidar com as mulheres, se quiser mesmo ter algo mais duradouro com Lola."
Divertindo-me com... é uma nova categoria que estou iniciando aqui no blog onde pretendo conversar com vocês sobre livros e séries de um mesmo autor.
Para estrear escolhi uma autora nacional, Raiza Varella, que já teve um livro resenhado aqui no blog pela Gabriele Machado, mas que só agora li seus livros e virei fã.
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Ed. Essência 2015 - 440 paginas |
- "A continuação da história da impetuosa de Yanira, e Dylan, já começa com fortes emoções. Do casamento glamouroso, com direito à presença de astros da música pop americana, à sua estreia nos palcos do mundo como uma sensual cantora de soul music apadrinhada por um rapper famoso, nada será trivial e comum na vida de Yanira. Nem mesmo o ciúme que chacoalhará a união aparentemente perfeita que tem com Dylan. Para tentar conter os altos e baixos dessa relação conturbada e balançada pelo assédio da imprensa, ela e o marido buscarão na forte química sexual que existe entre eles — turbinada por fantasias eróticas vividas por Los Angeles e pelas cidades onde a cantora cumpre turnê mundial — um agente reconciliador e apaziguador de seus percalços conjugais. Será que eles conseguirão se entender? Ou a fama de Yanira se tornará um obstáculo para o recatado e enciumado Dylan?"
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Ed. Bertrand Brasil, 2017 - 266 páginas |
- "A vida dos Barrett é virada do avesso quando Marjorie, de 14 anos, começa a demonstrar sinais de esquizofrenia aguda. Depois que os médicos se mostram incapazes de deter os acessos bizarros e o declínio de sua sanidade, o lar se transforma em um circo de horrores, e a família se vê recorrendo a um padre da região. Acreditando que seja um caso de possessão demoníaca, o padre Wanderly sugere um exorcismo e entra em contato com uma produtora que está ávida para documentar tudo. Com o pai de Marjorie desempregado e as dívidas se acumulando, a família hesitantemente aceita, sem imaginar que A Possessão se tornaria um sucesso imediato. Quinze anos depois, uma autora best-seller entrevista Merry, a irmã mais nova de Marjorie. "
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Ed. Rocco, 2017 - 592 páginas |
- "Após onze anos de espera, Jonathan Safran Foer, um dos mais aclamados nomes da literatura deste século, retorna ao romance com Aqui estou. Assim como nos celebrados Tudo se ilumina e Extremamente alto e incrivelmente perto, o autor apresenta uma narrativa que, partindo do doméstico, transborda universalidade ao contar a história de uma família judia em Washington que vive um momento de crise, ao mesmo tempo que um terremoto de grandes proporções atinge Israel, gerando ainda mais instabilidade política e social na região e abalando também as convicções de cada um dos personagens e a própria estrutura familiar. Captando com precisão o espírito caótico de nosso tempo em uma trama pontuada por casamentos em xeque, cidades devastadas e opiniões polarizadas, Foer reflete sobre os conceitos de felicidade, tristeza, vida, morte, amor, intimidade, sexualidade, religião, ceticismo, tradição, tecnologia, cultura, passado, presente e futuro."
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Ed. Verus, 2017 - 476 páginas |
- "Briana Pinheiro sabe que não é a pessoa mais sortuda do mundo. Sempre que ela está por perto algo vai mal, especialmente no trabalho. Por isso é tão difícil manter um emprego. E a garota realmente precisa de grana, já que a pensão da família não anda nada bem. Mas esse não é o único motivo pelo qual Briana anda perdendo o sono. Quando a noite cai e o sono vem, ela é transportada para terras distantes: um mundo com espadas, castelos e um guerreiro irlandês que teima em lhe roubar os sonhos... e o coração. Depois de ser demitida — pela terceira vez no mês! —, Briana reúne coragem e esperanças e sai em busca de um novo trabalho. É quando Gael O’Connor cruza seu caminho. O irlandês de olhar misterioso e poucas palavras lhe oferece uma vaga em uma de suas empresas. Só tem um probleminha: seu novo chefe é exatamente igual ao guerreiro dos seus sonhos."
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Ed. Record, 2017 - 364 páginas |
- "Nos dias que antecederam sua morte, Nel ligou para a irmã. Jules não atendeu o telefone e simplesmente ignorou seu apelo por ajuda. Agora Nel está morta. Dizem que ela se suicidou. E Jules foi obrigada a voltar ao único lugar do qual achou que havia escapado para sempre para cuidar da filha adolescente que a irmã deixou para trás. Mas Jules está com medo. Com um medo visceral. De seu passado há muito enterrado, da velha Casa do Moinho, de saber que Nel jamais teria se jogado para a morte. E, acima de tudo, ela está com medo do rio, e do trecho que todos chamam de Poço dos Afogamentos…"
Engenharia Reversa
Parte XXXIII - A Queda do Gavião
Um silêncio sepulcral toma conta da sala de controle no Ninho do Gavião. Impotentes, os técnicos e soldados apenas observam nos monitores as imensas naves planarem no ar sobre o que restou do outrora poderoso exército de Nova Esperança. Igualmente abalados, os Regentes parecem estar congelados, de olhos fechados, recebendo e processando centenas de milhares de dados que chegam de todos os pontos da cidade.
As câmeras urbanas mostram multidões correndo pelas vias públicas. Milhares de pessoas carregando seus pertences e fugindo em direção aos limites da cidade. Entre as massas, grupos de expurgados atacam cidadãos enquanto outros grupos investem contra os comércios, invadindo estabelecimentos e pilhando. O sistema de comunicação caiu e os guardas abandonaram seus postos, deixando o caos dominar.
Vendo tudo aquilo, os soldados que ficaram na sala de controle revoltam-se. Tentando acalmar sua tropa, o sargento Nunes, deixado no comando pelo coronel Fabrício, dirigi-se aos Regentes:
- Sharem, o que devemos fazer? Quais são suas ordens? - clama o sargento.
Mas os regentes permanecem em silêncio, causando ainda mais inquietação na tropa.
- A culpa é toda deles! - intervém um jovem, apontando para Maestro, Bel e Davi. - Devemos matá-los aqui e agora - exige o rapaz.
Cruzando olhares com o jovem, Bel levanta-se, aproveitando que os soldados baixaram a guarda.
- Eu sinceramente lamento pela cidade de vocês e por seus amigos, mas se os regentes tivessem nos libertado, se o coronel Fabrício tivesse me ouvido, nada disso teria acontecido.
Enfurecido, o rapaz aponta seu rifle para Yagami. Os outros homens, bastante assustados, ficam sem reação. Maestro coloca-se de pé entre Bel e o revoltado, encarando-o:
- Não faça nenhuma besteira, garoto. Já houve muito derramamento de sangue.
- Cabo Edson, abaixe essa arma! - ordena o sargento, aproximando-se do subordinado.
Maestro percebe o suor no rosto do rapaz, que, confuso, olha para os lados esperando pelo apoio de seus camaradas, que hesitam.
O sargento avança contra o soldado. Em um movimento rápido, puxa o rifle das mãos do jovem e rotaciona a arma, então atinge a testa do subordinado com o cabo do rifle. O pancada desequilibra o rapaz, que cai levando as mãos ao rosto.
- Eu mandei você abaixar a arma. Insubordinação não será tolerada! Não é porque nossa cidade foi invadida que vamos abandonar nossos princípios! Somos soldados da Divisão Gavião, e assim seremos até o fim! - diz o sargento encarando o cabo Edson e em seguida voltando-se para a tropa. Alguns soldados, com expressões impetuosas nos rostos, respondem enfaticamente:
- Senhor, com o todo o respeito, a cidade foi perdida.
- Sargento Nunes, temos que sair daqui e proteger nossas famílias!
- Não temos mais nada para defender!
O sargento, um homem bem corpulento, parece crescer ainda mais diante da tropa, encarando um a um com um olhar severo, transmitindo força e decepção.
- Nossa primeira obrigação é para com os regentes! - vocifera Nunes. - Devemos defendê-los até o fim! Vocês são a guarda do Ninho do Gavião, vocês nasceram para isso.
Alguns soldados não gostam da resposta, iniciando uma discussão, mas outros concordam com o sargento, confrontando os revoltosos. Logo, dois grupos conflitantes emergem, sendo o maior formado pelos homens leais. Nunes rapidamente impõe-se, assumindo a liderança:
- Eu entendo vocês, acham que também não tenho família? Acham que também não estou preocupado com eles? Mas vejam, olhem essas imagens - ele aponta para os monitores - nossa sociedade caiu, e a única coisa que pode salvá-la somos nós, nosso ideais, nossa disciplina. Se perdemos isso, a derrota será completa.
Vários opositores gritam contra Nunes, fazendo com que os homens do lado do sargento apontem suas armas contra eles. O sargento coloca-se entre os dois grupos, pedindo calma.
Vendo o tumulto, Davi vagarosamente aproxima-se de Bel e Maestro.
- Pessoal, acho que é nossa chance, nossa última chance de fugir. Se eles brigarem, podemos aproveitar a confusão e dar o fora daqui! É certo que em breve Amanda vai entrar por aquela porta. Mas uma vez lá fora, não faço ideia do que vamos fazer.
- Davi, concordo plenamente. Escute: Bel contactou o Brasil, eles vão enviar uma nave para nos resgatar, uma vez lá fora, só vamos precisar ganhar tempo.
- Finalmente uma boa notícia! - responde Davi, sem querer subindo o tom.
- Ei, cuidado! - diz Bel, olhando séria para o biohacker.
- E por que você não invade logo esses sistemas e causa uma pane? Assim cria uma distração e aí a gente escapa - diz Davi.
- Pensamos em fazer isso, mas eles estão armados, nós não - responde Maestro.
- Mas, Bel, você não consegue destrancar a porta?
- Não dá, Davi, ela é isolada do resto dos sistemas, sem nenhum tipo de conexão. Eu sondei tudo aqui.
Um dos soldados olha de relance para os prisioneiros, notando a conversa, ela aponta a arma para os três cativos movendo-se na direção deles.
-Ei, vocês aí, o que estão tramando? Fiquem quietos! - grita o soldado, atraindo a atenção dos demais, já contidos pelo sargento.
Então, subitamente, um rangido de metal invade a sala. O corpo cilíndrico de Sharem ergue-se no ar. Com seus olhos leitosos e inexpressivos, ela encara os militares, serpenteando de um lado para o outro, sua mera visão faz o tumulto cessar. A voz metálica e gutural vibra pelo ar :
- Bravos filhos de Nova Esperança, seus irmãos honrosamente lutaram para salvar nossa cidade, contudo, perante um inimigo maligno, como heróis pereceram. Agora, a esperança do futuro em vocês reside. Sargento Nunes, eu o promovo a comandante do último comando da Divisão Gavião, e, como única e valorosa missão, para o Marco você deve levar o saber acumulado, o saber reunido desde a primeira geração, e lá uma nova linhagem você deve fundar.
O sargento ajoelha-se, emocionado; técnicos e soldados encaram-se, perplexos. O chão começa a tremer e a base de ferro onde os corpos dos regentes são fixados eleva-se, liberando uma forte luz azul; jatos de fumaça saem por debaixo da estrutura. Os corpos de Baltazar e Gotlieb perdem sustentação e despencam contra o chão. O rosto de Sharem começa a murchar, e seu corpo cilíndrico balança, ameaçando cair.
A base eleva-se ainda mais, ficando a quase um metro do chão, uma plataforma retangular projeta-se para fora dela e, sobre a mesma, um cubo de cristal do tamanho de um tijolo erradia uma luz verde.
- Eis o Datacrys, onde todo o nosso saber reside. Proteja-o com sua vida, comandante Nunes.
Boquiabertos, os técnicos e soldados observam o artefato. Nunes aproxima-se dele, contemplando as luzes.
- Um cristal de dados! - sussurra Bel. - Ainda são utilizados na indústria, podem guardar informações para sempre.
- Fascinante, Bel, mas em que isso pode nos ajudar a fugir? - Diz Davi.
Os soldados fazem um círculo ao redor do sargento e do Datacrys.
- Venerável, eu não entendo, como vamos chegar nesse Marco? Como vamos extrair o conhecimento desse Datacrys? - questiona Nunes.
- Latitude: -19.36168051, Longitude:-48.18122864, Elevação:779 m - responde Sharem, a voz cada vez mais fraca.
Repentinamente, um alarme dispara dentro da sala. Os técnicos correm para os consoles, pressionando botões e checando listagens que deslizam nas telas de alguns monitores.
- O perímetro da fortaleza foi invadido! - grita um dos técnicos.
Os soldados entram em posição de alerta, empunhando seus rifles e mirando nas janelas. O comandante Nunes joga-se sobre o Datacyrs, agarrando-o com força.
- Cabo Edson, rápido, me dê sua mochila! - ordena o comandante.
Num piscar de olhos, invasores vestidos em armaduras negras com detalhes cromados arrebentam as janelas e entram no centro de comando. Um grupo de técnicos corre para atacá-los, mas são rapidamente dominados. Em segundos, os invasores assumem uma formação de ataque e disparam suas armas. Munição sônica produz rastros brancos no ar, formando uma teia volátil. Vários disparos acertam o corpo metálico de Sharem, atravessando-o facilmente e derrubando um punhado de soldados do outro lado. Bel joga-se ao chão, seguida por Maestro e Davi.
-Fogo de cobertura! - vocifera Nunes.
Três soldados se lançam na frente do comandante, protegendo-o e disparando contra os invasores. Por sua vez, Nunes agarra o Datacrys e o coloca na mochila, então, levanta-se e corre para a grande porta de metal, passando por cima dos prisioneiros.
Os invasores avançam, cada disparo eliminando um soldado inimigo. A pequena tropa resiste como pode, descarregando pentes e atirando contra as cabeças dos invasores, porém, as armas da Divisão Gavião são inúteis contra as armaduras cromadas, que recocheteiam os tiros. Escoltado por seus últimos quatro homens, o comandante Nunes insere seu cartão de acesso no leitor da grande porta. Os soldados, desesperados, avançam contra os atacantes numa tentativa de ganhar tempo para o comandante, mas são trucidados por rajadas sônicas. Nunes vira-se para os atacantes, saca sua pistola, mas é alvejado por vários disparos que perfuram seu peito; ele cai de bruços ao lado de Davi. Em apenas alguns segundos os invasores dominaram o centro de controle.
Com armas em punho, os agentes da VNR aproximam-se dos prisioneiros, fazendo um círculo ao redor deles. O líder do grupo agacha-se ao lado de Bel, escaneando-a.
"Bel, você não consegue derrubar esses caras?" - pergunta mentalmente Maestro.
"Não dá! Essas armaduras... de alguma maneira estão completamente isoladas!"
- Alvo localizado e subjugado. Comando, quais as ordens? - diz o líder dos agentes.
- Tragam-nos para cá, imediatamente.
- Perfeitamente, venerável Seiji Nakashima.
https://www.facebook.com/engenhariareversalivroAs câmeras urbanas mostram multidões correndo pelas vias públicas. Milhares de pessoas carregando seus pertences e fugindo em direção aos limites da cidade. Entre as massas, grupos de expurgados atacam cidadãos enquanto outros grupos investem contra os comércios, invadindo estabelecimentos e pilhando. O sistema de comunicação caiu e os guardas abandonaram seus postos, deixando o caos dominar.
Vendo tudo aquilo, os soldados que ficaram na sala de controle revoltam-se. Tentando acalmar sua tropa, o sargento Nunes, deixado no comando pelo coronel Fabrício, dirigi-se aos Regentes:
- Sharem, o que devemos fazer? Quais são suas ordens? - clama o sargento.
Mas os regentes permanecem em silêncio, causando ainda mais inquietação na tropa.
- A culpa é toda deles! - intervém um jovem, apontando para Maestro, Bel e Davi. - Devemos matá-los aqui e agora - exige o rapaz.
Cruzando olhares com o jovem, Bel levanta-se, aproveitando que os soldados baixaram a guarda.
- Eu sinceramente lamento pela cidade de vocês e por seus amigos, mas se os regentes tivessem nos libertado, se o coronel Fabrício tivesse me ouvido, nada disso teria acontecido.
Enfurecido, o rapaz aponta seu rifle para Yagami. Os outros homens, bastante assustados, ficam sem reação. Maestro coloca-se de pé entre Bel e o revoltado, encarando-o:
- Não faça nenhuma besteira, garoto. Já houve muito derramamento de sangue.
- Cabo Edson, abaixe essa arma! - ordena o sargento, aproximando-se do subordinado.
Maestro percebe o suor no rosto do rapaz, que, confuso, olha para os lados esperando pelo apoio de seus camaradas, que hesitam.
O sargento avança contra o soldado. Em um movimento rápido, puxa o rifle das mãos do jovem e rotaciona a arma, então atinge a testa do subordinado com o cabo do rifle. O pancada desequilibra o rapaz, que cai levando as mãos ao rosto.
- Eu mandei você abaixar a arma. Insubordinação não será tolerada! Não é porque nossa cidade foi invadida que vamos abandonar nossos princípios! Somos soldados da Divisão Gavião, e assim seremos até o fim! - diz o sargento encarando o cabo Edson e em seguida voltando-se para a tropa. Alguns soldados, com expressões impetuosas nos rostos, respondem enfaticamente:
- Senhor, com o todo o respeito, a cidade foi perdida.
- Sargento Nunes, temos que sair daqui e proteger nossas famílias!
- Não temos mais nada para defender!
O sargento, um homem bem corpulento, parece crescer ainda mais diante da tropa, encarando um a um com um olhar severo, transmitindo força e decepção.
- Nossa primeira obrigação é para com os regentes! - vocifera Nunes. - Devemos defendê-los até o fim! Vocês são a guarda do Ninho do Gavião, vocês nasceram para isso.
Alguns soldados não gostam da resposta, iniciando uma discussão, mas outros concordam com o sargento, confrontando os revoltosos. Logo, dois grupos conflitantes emergem, sendo o maior formado pelos homens leais. Nunes rapidamente impõe-se, assumindo a liderança:
- Eu entendo vocês, acham que também não tenho família? Acham que também não estou preocupado com eles? Mas vejam, olhem essas imagens - ele aponta para os monitores - nossa sociedade caiu, e a única coisa que pode salvá-la somos nós, nosso ideais, nossa disciplina. Se perdemos isso, a derrota será completa.
Vários opositores gritam contra Nunes, fazendo com que os homens do lado do sargento apontem suas armas contra eles. O sargento coloca-se entre os dois grupos, pedindo calma.
Vendo o tumulto, Davi vagarosamente aproxima-se de Bel e Maestro.
- Pessoal, acho que é nossa chance, nossa última chance de fugir. Se eles brigarem, podemos aproveitar a confusão e dar o fora daqui! É certo que em breve Amanda vai entrar por aquela porta. Mas uma vez lá fora, não faço ideia do que vamos fazer.
- Davi, concordo plenamente. Escute: Bel contactou o Brasil, eles vão enviar uma nave para nos resgatar, uma vez lá fora, só vamos precisar ganhar tempo.
- Finalmente uma boa notícia! - responde Davi, sem querer subindo o tom.
- Ei, cuidado! - diz Bel, olhando séria para o biohacker.
- E por que você não invade logo esses sistemas e causa uma pane? Assim cria uma distração e aí a gente escapa - diz Davi.
- Pensamos em fazer isso, mas eles estão armados, nós não - responde Maestro.
- Mas, Bel, você não consegue destrancar a porta?
- Não dá, Davi, ela é isolada do resto dos sistemas, sem nenhum tipo de conexão. Eu sondei tudo aqui.
Um dos soldados olha de relance para os prisioneiros, notando a conversa, ela aponta a arma para os três cativos movendo-se na direção deles.
-Ei, vocês aí, o que estão tramando? Fiquem quietos! - grita o soldado, atraindo a atenção dos demais, já contidos pelo sargento.
Então, subitamente, um rangido de metal invade a sala. O corpo cilíndrico de Sharem ergue-se no ar. Com seus olhos leitosos e inexpressivos, ela encara os militares, serpenteando de um lado para o outro, sua mera visão faz o tumulto cessar. A voz metálica e gutural vibra pelo ar :
- Bravos filhos de Nova Esperança, seus irmãos honrosamente lutaram para salvar nossa cidade, contudo, perante um inimigo maligno, como heróis pereceram. Agora, a esperança do futuro em vocês reside. Sargento Nunes, eu o promovo a comandante do último comando da Divisão Gavião, e, como única e valorosa missão, para o Marco você deve levar o saber acumulado, o saber reunido desde a primeira geração, e lá uma nova linhagem você deve fundar.
O sargento ajoelha-se, emocionado; técnicos e soldados encaram-se, perplexos. O chão começa a tremer e a base de ferro onde os corpos dos regentes são fixados eleva-se, liberando uma forte luz azul; jatos de fumaça saem por debaixo da estrutura. Os corpos de Baltazar e Gotlieb perdem sustentação e despencam contra o chão. O rosto de Sharem começa a murchar, e seu corpo cilíndrico balança, ameaçando cair.
A base eleva-se ainda mais, ficando a quase um metro do chão, uma plataforma retangular projeta-se para fora dela e, sobre a mesma, um cubo de cristal do tamanho de um tijolo erradia uma luz verde.
- Eis o Datacrys, onde todo o nosso saber reside. Proteja-o com sua vida, comandante Nunes.
Boquiabertos, os técnicos e soldados observam o artefato. Nunes aproxima-se dele, contemplando as luzes.
- Um cristal de dados! - sussurra Bel. - Ainda são utilizados na indústria, podem guardar informações para sempre.
- Fascinante, Bel, mas em que isso pode nos ajudar a fugir? - Diz Davi.
Os soldados fazem um círculo ao redor do sargento e do Datacrys.
- Venerável, eu não entendo, como vamos chegar nesse Marco? Como vamos extrair o conhecimento desse Datacrys? - questiona Nunes.
- Latitude: -19.36168051, Longitude:-48.18122864, Elevação:779 m - responde Sharem, a voz cada vez mais fraca.
Repentinamente, um alarme dispara dentro da sala. Os técnicos correm para os consoles, pressionando botões e checando listagens que deslizam nas telas de alguns monitores.
- O perímetro da fortaleza foi invadido! - grita um dos técnicos.
Os soldados entram em posição de alerta, empunhando seus rifles e mirando nas janelas. O comandante Nunes joga-se sobre o Datacyrs, agarrando-o com força.
- Cabo Edson, rápido, me dê sua mochila! - ordena o comandante.
Num piscar de olhos, invasores vestidos em armaduras negras com detalhes cromados arrebentam as janelas e entram no centro de comando. Um grupo de técnicos corre para atacá-los, mas são rapidamente dominados. Em segundos, os invasores assumem uma formação de ataque e disparam suas armas. Munição sônica produz rastros brancos no ar, formando uma teia volátil. Vários disparos acertam o corpo metálico de Sharem, atravessando-o facilmente e derrubando um punhado de soldados do outro lado. Bel joga-se ao chão, seguida por Maestro e Davi.
-Fogo de cobertura! - vocifera Nunes.
Três soldados se lançam na frente do comandante, protegendo-o e disparando contra os invasores. Por sua vez, Nunes agarra o Datacrys e o coloca na mochila, então, levanta-se e corre para a grande porta de metal, passando por cima dos prisioneiros.
Os invasores avançam, cada disparo eliminando um soldado inimigo. A pequena tropa resiste como pode, descarregando pentes e atirando contra as cabeças dos invasores, porém, as armas da Divisão Gavião são inúteis contra as armaduras cromadas, que recocheteiam os tiros. Escoltado por seus últimos quatro homens, o comandante Nunes insere seu cartão de acesso no leitor da grande porta. Os soldados, desesperados, avançam contra os atacantes numa tentativa de ganhar tempo para o comandante, mas são trucidados por rajadas sônicas. Nunes vira-se para os atacantes, saca sua pistola, mas é alvejado por vários disparos que perfuram seu peito; ele cai de bruços ao lado de Davi. Em apenas alguns segundos os invasores dominaram o centro de controle.
Com armas em punho, os agentes da VNR aproximam-se dos prisioneiros, fazendo um círculo ao redor deles. O líder do grupo agacha-se ao lado de Bel, escaneando-a.
"Bel, você não consegue derrubar esses caras?" - pergunta mentalmente Maestro.
"Não dá! Essas armaduras... de alguma maneira estão completamente isoladas!"
- Alvo localizado e subjugado. Comando, quais as ordens? - diz o líder dos agentes.
- Tragam-nos para cá, imediatamente.
- Perfeitamente, venerável Seiji Nakashima.
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André Luis Almeida Barreto
Aspirante a escritor, inquieto por natureza, ainda tenho vontade de mudar o mundo ou pelo menos colocar um monte de gente para pensar. Viciado em livros, games, idéias loucas e sempre procurando coisas que desafiem minha imaginação.
Esperamos que gostem dos lançamentos de Julho! Confiram os 5 lançamentos de romances que a editora Harlequin preparou para tornar o seu inverno mais quente:
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Ed. Companhia Das Letras, 2017 - 96 páginas |
- "Após o enorme sucesso de Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com quinze sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista. Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos. Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, Adichie oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa."
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Ed. Rocco, 2017 - 400 páginas |
No segundo volume da série Bone Season, uma fantasia distópica com toques paranormais, Paige Mahoney escapou da colônia penal Sheol I e é a pessoa mais procurada de Londres. Ela é uma andarilha onírica, um dos tipos mais raros de videntes, que são uma realidade na Inglaterra em 2059, mas nem por isso deixam de ser marginalizados e perseguidos pela sociedade. Com a comunidade clarividente dividida por segredos obscuros e ameaçada pelos Rephaim, Paige deve seguir em frente, até que o destino de Scion, e o seu próprio, seja decidido.
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Ed. Novo Conceito, 2017 - 288 páginas |
- "Campbell tem 17 anos. Ela não acredita em Deus. Muito menos em milagres. Cam sabe que tem pouco tempo de vida, por isso quer viver intensamente e fazer tudo o que nunca fez, no tempo que lhe resta. Mas a mãe de Cam não aceita o fato de perder a filha, assim, ela a convence a fazer uma viagem com ela e a irmã para Promise um lugar conhecido por seus acontecimentos miraculosos. Em Promise, Cam se depara com eventos inacreditáveis, e, também, com o primeiro amor. Lá encontra, finalmente, o que estava procurando mesmo sem saber. Será que ela mudará de ideia em relação à probabilidade de milagres?"
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